quinta-feira, 15 de julho de 2021

POR QUE O INSTESTINO TEM EFEITO NAS TOMADAS DE DECISÕES NA VIDA DOS SERES HUMANOS?

 “Ah, entranhas (intestinos) minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. Jeremias 4:19

Todos os seres humanos em algum momento da vida, quer seja de forma consciente ou não, já passou por alguma situação positiva ou negativa, que causou um certo desconforto no seu intestino. Isso serve para corroborar com as contribuições que, a ciência está apontando como um órgão que tem uma participação direta no comportamento humano.

Como o nosso intestino pode ter autonomia para tomadas de decisões?

Segundo a Dra. Megan Rossi, especialista australiana em saúde intestinal, relatou a BBC que, hoje devemos prestar mais atenção às nossas barrigas. Aqui, apresentamos alguns fatos surpreendentes sobre o nosso “Segundo cérebro”. ele tem mais neurônios que a espinha dorsal e agem independentemente do sistema nervoso central. Esse cérebro “independente” em nossas entranhas e sua complexa comunidade microbiana influenciam o nosso bem estar geral.

Além disso, os médicos acreditam cada vez mais que a função do nosso sistema digestivo, vai muito além de simplesmente processar a comida que ingerimos. Isto é, existem pesquisas que estão investigando se ele poderia ser usado para o tratamento de doenças mentais ou do sistema imunológico.

Diferentemente de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem sua própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer. Se você teme os possíveis efeitos de determinado alimento, mas o consome mesmo assim, é possível que desenvolva sintomas intestinais. O que “governa” o intestino é do chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma “sucursal” do sistema nervoso autônomo do corpo, ou seja, o responsável por controlar diretamente o sistema digestivo. Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos neurais. Embora funcione de forma independente, ele se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático. Nos seres humanos 2.70% das células do sistema imunológico vivem no intestino. De acordo com a Dra. Rossi, isso torna a saúde do nosso intestino a chave para nossa imunidade às doenças. Investir em uma dieta diversificada ajuda a melhorar o micro bioma intestinal. Isso significa que não são apenas restos de comida: aproximadamente metade das nossas fezes são formadas por bactérias. Muitas dessas bactérias são boas, logo terá como utilidade nos transplantes de fezes que podem se tornarem uma forma de tratamento vital, para alguns pacientes com um micro bioma intestinal debilitado. O normal para ir ao banheiro seria de 3 vezes ao dia ou até 3 vezes por semana.

Se você tem apresentado problemas intestinais, algo fundamental que você precisa fazer é, observar o quanto de estresse você está submetido. De acordo com a Dra. Rossi, na minha prática clínica eu sempre digo aos pacientes que façam 15 ou 20 minutos por dia de meditação. Depois de fazer isso todos os dias durante quatro semanas, e transformar em hábito, vejo que apenas com isso os sintomas já melhoram.

Também é importante pensar que a maior parte da serotonina do corpo, estima-se que uma proporção de 80% a 90%, são encontradas no trato gastrointestinal. A serotonina é um neurotransmissor que afeta muitas funções corporais, como o peristaltismo intestinal. Isto é, o movimento involuntário que o intestino faz para empurrar o bolo alimentar e permitir que a digestão aconteça no lugar certo. Ela também está associada a muitos transtornos psiquiátricos. Sua concentração pode ser reduzida pelo estresse e influência o humor, a ansiedade e a felicidade. Vários estudos com seres humanos e animais têm mostrado evidências sobre diferenças encontradas no micro bioma intestinal dos pacientes com transtornos mentais, como a depressão. Por isso, uma área incipiente de investigação psiquiátrica tem a ver com a prescrição de “psicobióticos”: em essência, um coquetel probiótico de bactérias saudáveis, para melhorar a saúde mental.

Sendo assim, existem várias recomendações para nós mantermos os nossos intestinos funcionais de forma equilibrada e eficiente.

Primeiro: ingerir alimentos mais naturais possíveis como os cereais, frutas frescas, legumes. Evitar ou diminuir o consumo das carnes, principalmente a vermelha devido a demora que pode chegar até 10 horas para fazer a digestão e eliminação dos resíduos; açúcar refinados que são um dos principais causadores das inflamações e das renites; queijos curados devem ser evitados, dando preferência aos queijos frescos.

Segundo: ingerir água (H2O) de acordo com a sua necessidade diária. Ela facilita a hidratação da mucosa intestinal, absorção dos nutrientes, bem como as distribuições desses nutrientes obtidos dos alimentos, através da circulação sanguínea, emoliente do bolo fecal para facilitar a eliminação evitando uma possível hemorroida.

Terceiro: exercício físico que pode ativar as substâncias promotora do bem estar como a serotonina. Diminuição do estresse, ansiedade e controle da depressão.

Quarto: evitar o consumo das bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos foram da indicação médica. O álcool promove uma desidratação, devido o excesso de estímulo renal causado pelas bebidas que tem efeitos diuréticos. As pessoas não consomem água e acabam perdendo o excesso de líquidos sem reposição adequada. 

Fonte: www.bbc.com/Acesso: 14.07.2021.   

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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