quinta-feira, 10 de junho de 2021

A HARMONIA MENTAL NO PROCESSO DA RESTAURAÇÃO DO ESPÍRITO, ALMA E CORPO


“Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível”. Ellen G. White

PARTE I

A busca pelas conquistas dos bens materiais tem cobrado um preço bem alto, para os homens e as mulheres que desejam estar no topo da pirâmide do sucesso, bem como das pessoas que desejam conquistar os suprimentos das suas necessidades básicas da vida. Entretanto, o grande problema não estar nas conquistas, mas no preparo das nossas mentes para saber lidar com os obstáculos que teremos que encararmos no dia a dia.

A mente e o corpo há um relacionamento admirável e misterioso. Eles reagem um sobre o outro de uma forma muito inteligente. Logo, manter o corpo em estado sadio, a fim de que desenvolva a força, para que cada uma das partes dessa bela máquina viva possa agir harmoniosamente, deve ser o estudo prioritário ao longo das nossas vidas (Ellen G. White).

Além disso, negligenciar a forma como o corpo e a mente funcionam podem acarretarem sérios prejuízos para o desempenho das nossas atividades em todas as áreas da vida. Levando ao estado de doenças e enfermidades. Porém, para compreendermos melhor qual a diferença entre doenças e enfermidades, vou relatar de forma bem breve. A doença ela tem sua origem em uma disfunção orgânica, isto é, pode ser causado por um acidente, contaminação por uma substância tóxica, vírus, bactérias, fungos e, assim por diante. No entanto, para o desenvolvimento de uma enfermidade, já está diretamente ligado a desorganização do espírito com a alma, ou seja, existem barreiras que impedem uma atividade psíquica, juntamente com as ações divina, que para a nossa compreensão será sobrenatural. Esse tipo de enfretamento é necessário conhecimento prévio da nossa relação com aquilo que é espiritual. Mas, para ficar mais claro, devo exemplificar como os desejos carnais muitas vezes querem sobressair aos desejos do espírito. Isto é, eu quero praticar um tipo de violência, mas o espírito diz que devo ter uma paz interior que possa ajudar a reorganizar-me internamente, para controlar o que estar fora, mas nem sempre isso é possível, porque necessita de um exercício diário e, muitas vezes subestimamos aquilo que o nosso espirito diz para fazermos através da intuição. Uma das principais causas das enfermidades está ligada a imaginação não controlada, disciplinada, ajustada e direcionada de forma intencional.

A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na terra, é responsável perante a lei moral, que rege a harmonia interna e externa visando o bem comum pessoal, familiar e da sociedade (Ellen G. White).

A capacidade de manter o autocontrole, de suportar o turbilhão emocional que o acaso nos impõe e de não se tornar um “escravo da paixão” tem sido considerada, desde Platão, como uma virtude. Na Grécia clássica, esse atributo era denominado sophrosýne, “precaução e inteligência na condução da própria vida; equilíbrio e sabedoria”, como interpreta Page DuBois, um estudioso do idioma grego. Para os romanos e para a antiga Igreja cristã isso significava temperantia, temperança, contenção de excessos. O objetivo é o equilíbrio e não a supressão das emoções: cada sentimento tem seu valor e significado. Uma vida sem paixão seria um entendimento deserto de neutralidade, cortados e isolado da riqueza da própria vida. Mas, como observou Aristóteles, o que é necessário é a emoção na dose certa, o sentimento proporcional à circunstância. Quando as emoções são sufocadas, geram embotamento e frieza; quando escapam ao nosso controle, extremadas e renitentes, ou seja, não se conforma, tornam-se patológicas, tal como ocorre na depressão paralisante, na ansiedade que aniquila, na raiva demente e na agitação maníaca. Na verdade, manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos nas emoções que vêm de forma intensa e que permanecem em nós por muito tempo minam a nossa estabilidade. Os altos e baixos dão tempero à vida, mas precisam ser vividos de forma equilibrada. Na contabilidade do coração, é a proporção entre emoções positivas e negativas que determinam a sensação de bem estar (Daniel Goleman).

É neste contexto, que a harmonia mental gera as condições ideias para evitarmos o descontrole que pode levar aos vícios, quer sejam substâncias psicoativas ou algum comportamento inadequado. Sendo assim, tirar um tempo durante o nosso dia para fazermos auto reflexões, orações, exercícios, meditações, ouvir uma boa música clássica ou de cunho espiritual, fazer uma caminhada. Tudo isso, pode funcionar como os mediadores para a harmonização do corpo, alma, espírito e mente.

“O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre”. Salmos 73: 26

 

1. Ellen G. White. Mente, Caráter e Personalidade, p. 12-15, 2013.

2. Daniel Goleman. Inteligência emocional [recurso eletrônico] / Daniel Goleman ; tradução Marcos Santarrita. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2011.

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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