quinta-feira, 20 de maio de 2021

A LINGUAGEM DO AMOR QUE PODE TRANSFORMAR UMA DOR


"O amor é uma peça chave para preencher aquilo que falta no outro”.

 

Estamos vivendo em um momento histórico da humanidade, pois nunca se viu tantas pessoas procurarem ajuda para o seu autoconhecimento, bem como alinhar as suas percepções em relação ao outro, quando se trata desta palavra tão poderosa “AMOR”.

Sendo assim, gostaria de pontuar algumas visões em relação ao entendimento e aplicabilidade do amor na vida dos seres humanos. Na visão hebraica, a palavra AHAVA significa AMOR, que na essência judaica é o amor ao próximo. Segundo o que está escrito: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22: 37-39). Entretanto, temos uma outra faceta que na cabala diz que: O amor por essência é contraditório. Ou seja, o amor dentro de uma relação pode andar no caminho do egoísmo, mas ao mesmo tempo também pratica o altruísmo. Ele pode ser manifestado como um ato de amor e ódio ao mesmo tempo. Isso acontece porque somos todos imperfeitos. Logo, mesmo na relação entre Deus que é perfeito, tem essa relação com os seres humanos que são imperfeitos. Todavia, essas manifestações fazem partes do grande movimento dentro e fora dos seres envolvidos na relação, para haver o grande ponto de partida para as transformações significativas. Basta você observar após uma crise dentro de uma relação comercial, familiar ou entre amigos. A maneira como serão encaradas as coisas depois desta interação, vai desenrolar com um ajuste que pode proporcionar mudanças dos estados de recursos internos, bem como do ambiente em que estão inseridos.

Segundo o Dr. Gary Chapman, “Nenhuma área do casamento afeta tanto o restante do casamento quanto atender à necessidade emocional de amor”.

Depois de anos como como conselheiro familiar, ele desenvolveu um sistema para comunicar amor com eficácia às pessoas mais próximas de nós. Seu livro “As 5 linguagens do amor: o segredo do amor que dura”, foi traduzido para 50 idiomas e vendeu mais de 11 milhões de cópias em todo o mundo. Nele, Chapman reconhece que embora se apaixonar seja fácil, permanecer apaixonado dá trabalho. E ele fornece um mapa simples para expressar melhor o amor exatamente como o destinatário precisa. Ele alega que é fácil de executar, mas Chapman é um antropólogo com formação acadêmica, pastor associado sênior da Calvary Baptist Church na Carolina do Norte e um conselheiro matrimonial reconhecido internacionalmente diz que, todos nós podemos aprender a falar essas línguas do amor com esforço e generosidade de disposição para considerar outras perspectivas. Isso independentemente de ser dentro de um casamento, porque para se manter boas relações é necessário investimentos como:

1.    PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO: Você fica emocionado ao receber elogios inesperados; ouvir alguém dizer que se preocupa com você; sentir compreendido e receber reconhecimento por um trabalho bem executado.

2.    TEMPO DE QUALIDADE: Você é um excelente ouvinte e sempre dá aos outros atenção total; você prefere não ficar sozinho e acha que a maioria das atividades é mais divertida com outras pessoas envolvidas.

3.    RECEBEMDO PRESENTE: Você gosta quando seu parceiro traz suas flores favoritas, só porque lembrou da sua companhia nas datas especiais.

4.    ATOS DE SERVIÇO: Você gosta quando desenvolvem atividades juntos; uma surpresa ao cuidar dos serviços cotidianos da casa ou estabelecimentos; atividades comunitárias, viagens e organização de uma festa comemorativa.

5.    TOQUE FÍSICO: Você se sente confortável com demonstrações públicas de afeto, mesmo na frente de grandes grupos.

 

 

 

” O temor à Deus vem pela perfeição de Deus;

O amor à Deus vem pela imperfeição dos seres humanos;

O amor é capaz de mudar o outro, mesmo com as suas imperfeições”. Rabino Dudu

 

Paula Silva

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quinta-feira, 13 de maio de 2021

POR QUE O TRABALHO É UM DOS ESTADOS DE RECURSOS MAIS EFICIENTE NA VIDA DOS SERES HUMANOS?


“A força que o homem possui para exercer o seu papel no trabalho, está diretamente ligado à sua essência”.

 

Muitas pessoas que estão tendo dificuldades de se adaptar aos seus locais de trabalho, está muito ligado a falta de conexão com a sua essência que pode nortear o seu desempenho mais eficientemente. Logo, a capacidade de criatividade, interação com a equipe, o desenvolvimento como pessoa e profissional será potencializado ou comprometido, caso não esteja dentro daquele propósito da vida do indivíduo.

Segundo a Torá, antes da entrada do pecado na vida dos seres humanos através de Adão e Eva, Deus já tinha criado esses seres humanos dotados de uma característica em sua psiquê, da necessidade de exercer o seu papel na criação do Eterno com o trabalho na terra. A partir do momento que eles pecaram, o esforço datado para executar o trabalho passou a ser algo ligado ao prazer na vida dos seres humanos, agora não apenas para a sua sobrevivência. Mas também, para a sua realização como pessoa. Essa realização estar muito ligado ao poder que Deus, que nos proporcionou a capacidade de criar algo novo, através das nossas habilidades concedidas por ele.

O ser humano é um ser social que apresenta como pré-condição de sua existência a sociabilidade humana. A história tem demonstrado que o homem consegue, durante um período, viver isolado, mas não por toda a sua existência. Portanto, é na sociedade que o homem encontra condições favoráveis para o seu desenvolvimento como ser humano. Examinando o fenômeno da sociabilidade humana, Aristóteles (1907) considerou o homem fora da sociedade “um bruto”. São Tomás de Aquino (1917) também atribui qualidades negativas àquele homem que vive fora do meio social. O trabalho sempre fez e fará parte da vida do ser humano, principalmente nos dias atuais, em que o processo de globalização mundial avança rapidamente, gerando grandes níveis de desigualdade social. É impossível imaginarmos um ser humano do século XXI sem um trabalho que lhe proporcione condições de vida digna e justa. O homem, na maioria das vezes, é identificado dentro do seu meio social pela sua posição profissional, sua ocupação. O trabalho é a porta de entrada para todos os sonhos, desejos, projetos de vida que um ser humano possa almejar. Portanto, a partir do contexto da sociedade contemporânea, assumindo um lugar de destaque, uma vez que o homem é identificado no meio em que está inserido pela sua profissão. Na perspectiva de Pontieri (2008), o trabalho representa um lugar de sonhos e desejos, sendo visto como um projeto de vida do homem.

Contudo, durante todas as etapas da vida, o ser humano se depara com mudanças de diversas naturezas, sendo necessário se adaptar a elas. Como a aposentadoria ou, o desemprego como estamos enfrentando neste momento tão desafiador da humanidade não estar sendo diferente. Esse momento é permeado por questões delicadas, multidimensionais e interligadas entre si. Desenvolvimento e declínio, numa relação dialética entre ganhos e perdas, permeiam essa etapa, muito embora as perdas sejam as mais expressivas. Emanam transformações biológicas, sociais e psicológicas que acometem de forma particular cada sujeito, as quais serão tradas a seguir. Atualmente na sociedade em que vivemos, percebemos que o trabalho é fundamental, quem não exerce essa função parece não fazer parte dessa sociedade tão capitalista e materialista. Logo, o nosso papel será na mudança do olhar em relação as demandas que estão a nossa frente como filhos de Deus, que estamos aqui também para servirmos aqueles que estão passando por um momento de desemprego, perdas financeiras, isto é, o fechamento dos seus estabelecimentos ou perda da saúde, para darmos a nossa contribuição através dos nossos talentos que Deus já nos confiou com um propósito maior, do que suprir simplesmente as vossas necessidades. Só que muitas pessoas se sentem constrangidos ao receber alguma ajuda, mas isso tem uma explicação psicológica, porque o homem foi criado para dominar, logo, quando se sente nesta condição de dependência é como se ele tivesse perdido essa capacidade de criar e, somar no meio em que ele esteja inserido para cumprir a sua missão de vida.

“No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque te és pó e ao pó tornarás”. Gênesis 3:19

1.    Marina Aparecida Pimenta da Cruz & Rafaelle Lopes Souza. Origem e relação do trabalho com o ser humano e as limitações do trabalho na prisão. Texto & Contextos (Porto Alegre), v. 15, n. 1, p. 126-143, jan/jul. 2016.

2.       O trabalho na vida humana (administradores.com.br)/Acesso: 12.05.2021.

 

Paula Silva

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quinta-feira, 6 de maio de 2021

QUEM ESTAR NO COMANDO DO SEU DESTINO?


 

“Como vou conquistar o mundo se, ainda não conquistei a mim mesmo?”

 

Estamos vivendo em uma época em que, a polarização é a força da massa. Logo, quem optar por se posicionar de forma diferente, terá dificuldade de se encaixar em alguns grupos no meio social, familiar, profissional e, assim por diante. Entretanto, o processo que estamos passando de tantas mudanças de comportamentos, aponta uma outra dimensão. Basta olhar o resultado do “Big Brother 21” de maio de 2021. Houve uma revolução, quando você avalia o comportamento dos participantes dentro da casa. Alguns influenciadores ficaram perplexos com suas próprias posturas, pois a vida real representa uma opinião bem definida individual para ser compartilhada. Sendo assim, serviu como uma ponta do iceberg para analisarmos se, de fato a polarização tem contribuindo para o desenvolvimento humano nesta geração. Quando você avalia o histórico da vencedora deste reality show, fica muito claro que os velhos valores estão em pauta com muita força. Porque contra os fatos não há contestação. A vencedora demonstrou resiliência, devido os seus próprios dilemas da vida real, que lhes ensinaram a confrontar os desafios, porém, a sua capacidade de saber gerenciar suas próprias opiniões, fez toda a diferença e passou a ser uma inspiração para milhares de pessoas nesta geração.

Já no contexto da visão hebraica nas palavras do Rabino Dudu. Podemos até fazer uma pergunta para uma boa reflexão. Será que as nossas vidas estão nas nossas mãos?

Vamos analisar a história da luta de Jacó com um anjo. Segundo o Talmud, Jacó esqueceu pequenos potes do outro lado do riacho. Ele achou que aquilo era importante, logo retornou para buscar. Ao retornar deparou com um anjo e, começou a lutar até Jacó vencer, mais foi machucado na coxa, ou seja, no nervo ciático que corresponde a região do filé Mion, que até os dias de hoje os judeus não podem comer.  Essa luta mudou o destino de Jacó, a ponto de mudar o seu próprio nome para Israel, o qual temos conhecimento até aos dias atuais. Ele venceu, mas também ficou sentindo dores, teve que restringir a melhor parte do boi para o seu consumo, porque representa as nossas lutas que muitas vezes parecem perdas, mas são os nossos maiores ganhos. Isto é, mesmo não podendo comer o filé Mion, Deus transformou a história da vida dele, resgatou a sua família através do perdão concedido pelo seu irmão Esaú, bem como fundamentou a história de um povo, que daria sequência a missão de Deus na terra para cuidar de toda a humanidade. As nossas falas podem influenciar dentro das nossas casas, assim como fora dela, porque Deus está presente em todos os momentos através das nossas ações. Além disso, Jacó levou uma pancada para transformar o seu destino, assim também será nas nossas vidas a partir dos enfretamentos dos nossos dilemas existências, teremos a nossa vitória. Portanto, não podemos deixar apenas por conta da nossa fé, mas também procurarmos, entender o processo da participação de Deus em cada detalhes nas nossas vida diariamente. Devemos reconhecer que somos fracos e falhos mortais, cujo o futuro incerto devemos colocar nas mãos de Deus.

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”. Salmo 90:12

 

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quinta-feira, 29 de abril de 2021

POR QUE AS PESSOAS BUSCAM TANTO A PAZ?

 

“O silêncio promove uma regeneração emocional”. (Dra. Susan Andrews)

 

A PAZ DE ESPÍRITO é o estado de recurso mais almejado pelas pessoas, embora ninguém conseguem definir de forma muito clara o que seria essa paz que tanto buscamos. Porém o SENHOR lhe disse: “Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás! Então, Gideão edificou ali um altar e lhe chamou de O SENHOR É PAZ (Juízes 6:23-24).” Essa frase em hebraico “O SENHOR É PAZ”, significa Jahweh-Shalom, “Jeová está disposto a favorecer-te. Estamos vivendo em um momento oportuno para desenvolvermos as nossas capacidades de filtrarmos, tudo aquilo que não pertence a nós, ou seja, o que estamos carregando diariamente sem necessidade ao longo da jornada nesta vida? A falta de PAZ DE ESPÍRITO, está muito ligada ao modelo do estilo de vida das pessoas, porque ela não representa uma boa ação as nossas emoções ao tirar os problemas dos nossos caminhos, mas ela vem como uma ponte de conexão para os seres humanos dotados de várias habilidades, para desenvolverem suas maiores potencialidades em meio ao caos desta vida. Sendo assim, é uma ilusão fugir dos problemas para ter paz, pois é ao contrário, você terá paz quando confrontar os seus desafios internos e externos de forma que terá uma sensação de missão cumprida, bem como a superação de limitações em momentos em que você estava considerando impossível de serem resolvidos. Neste momento você descobrirá novas potencialidades na sua vida ao encarar os seus fantasmas mentais e emocionais, como o medo, ansiedade, frustração, decepção, comodismo, formalismo, religiosidade, crenças limitantes, autossuficiência, hipocrisia, vícios, descontrole na sua sexualidade. Esses são alguns dos pontos que, muitas pessoas não conseguiram identificar como os fios que precisam serem trabalhados.

Além disso, na literatura profética, bem como em toda literatura religiosa judaica, a prática da justiça social é, sem dúvida, uma das prioridades entre as exigências do Deus de Israel, o Deus da Paz. O termo “justiça”, em hebraico sedagah, não corresponde a uma troca de alguma coisa por outra de igual valor. Na perspectiva na literatura religiosa judaica, é algo que se estende além das relações humanas, atingindo ao sentido da própria existência humana: Pela justiça, a harmonia se expande entre as diversas criaturas de Iahweh; ela é promessa de vida e abundância, elementos constitutivos da essência de Shalôm. A justiça rompe a unidade da obra criadora: introduz o caos no mundo e a desordem na sociedade, induzindo naturalmente à morte. O profeta Amós foi o primeiro que temos conhecimento por meio da escrita, que atuou por volta de 760 a 750 a.C., em Israel (Reino do Norte), ele foi o porta-voz da cólera de Deus por quem despreza o direito e escarneia da prática da justiça. Por isso o profeta denuncia a hipocrisia de um culto a Iahweh-Shalom, desmentindo diariamente pela prática daquilo que não corresponde à vontade divina: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene (Amós 5: 21-24)”. Desse modo, Amós critica duramente a quem se ilude pensando satisfazer ao Deus da Paz participando de cultos religiosos. Louvar a Deus é importante para alimentar a fé no aspecto pessoal e coletivo, mas essa prática cultural deve estar expressa no cotidiano pela prática do direito e da justiça, fundamentos da Paz Social.

“Quem permanece firme com os conselhos dados pelo Senhor, vence na vida. Os que amam a tua lei, desfrutam PAZ e nada há que os faça tropeçar” (Salmos 119:165).


Fonte: João Luiz Correia Júnior. RAÍZES RELIGIOSAS DA PALAVRA “PAZ” Um olhar a partir das Sagradas Escrituras Judaico-Cristãs. Revista de Cultura Teológica - v. 13 - n. 52 - jul/set 2005.

 

Paula Silva

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quinta-feira, 22 de abril de 2021

A DOR QUE REVELA A SUA EXISTÊNCIA!


“O seu corpo ouve o que a sua mente diz”. (Surama Jurdi)

Estamos vivendo em uma época em que, as pessoas pagam caro para não passar pela dor. Para muitos isso representa uma ameaça que pode provocar o descontrole das situações, da qual estão inseridos. Mas, o que poucos sabem é que, a dor possui características muito peculiares que podem fazer a diferença na vida daqueles que a experimentam. De acordo com a Palavra de Deus (Torah). Qual é a função da dor na vida dos seres humanos? Onde ocorreu o primeiro fato da experiência da dor? Viver sem passar pela dor significa estar em um paraíso?

Um PARAÍSO SEM DOR é artificial. A Eva conheceu a dor dentro do paraíso. Logo, a dor na vida real é muito melhor, pois encarar a realidade como de fato ela é, isso vai fazer valer a pena cada momento experimentado diante dos desafios da vida.

De acordo com os estudos os científicos. O parto normal, como um processo doloroso parece ser uma experiência tão antiga quanto a própria existência humana. A mais remota explicação conhecida para sua origem está contida na Bíblia Sagrada, no livro do “Gênesis” (3:16), onde Deus disse à mulher: “multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores...”. No curso de tantos séculos, a consagração da dor como sofrimento, no parto, por meio do mito “Parirás na dor”, tem sido infundida no imaginário feminino popular. Desse modo, constitui em componente cultural determinante de que, do ponto de vista emocional e físico, o parto normal tenha uma conotação e um significado de experiência traumática para a mulher. A dor do parto normal é reconhecida histórica e culturalmente como uma experiência inerente ao processo de parturição, associada à ideia de sofrimento, e um evento esperado pela maioria das mulheres de diferentes culturas (Almeida et al., 2012).

Segundo um estudo feito pela Universidade La Trobe, na Austrália analisou que: A maneira como encaramos a dor do parto pode mudar a forma como experenciamos, bem como as dores do parto afetam as mulheres de maneira diferente. A pesquisa demonstrou que, mudar a maneira como a sociedade pensa e fala, sobre o momento do parto pode fazer uma enorme diferença em preparar melhor a mãe para que ela tenha uma experiência mais positiva e segura. A especialista em dor de parto, Dra. Laura Whitburn, contou para o site Kidspot como aconteceu a sua investigação escutando as experiências de dor no parto entre as mães de dois hospitais em Melbourne (Austrália). A dor do parto natural é muito diferente de outras dores, porque surge durante um processo em que o corpo de uma mulher está fazendo o que deveria estar fazendo, em vez de ser ocasionada por algo que deu errado, disse Whitburn. Não há como negar que as contrações do parto são extremamente intensas. A dor é muito boa para captar a atenção da mulher que está em trabalho de parto e motivá-la a buscar segurança e cuidados durante o parto. Mas, a pesquisa mostra que nem todas experimentam e enxergam esta dor da mesma maneira. Sendo assim, a pesquisadora sugeriu que, se as mulheres fossem capazes de reformular seu trabalho de parto e permanecessem “presentes” e “concentradas”, era mais provável que tivessem uma experiência positiva. As mulheres que trabalham com a mentalidade de que existe um objetivo para a dor, parecem capazes de fazer da dor parte da experiência. Logo, é menos provável que elas precisem de intervenções como anestesia ou cesariana.

Assim como, a dor no processo de um parto precisa da mudança de mentalidade para saber encarar esse sofrimento, também todos os desafios dos seres humanos, acabam sendo correspondentes ao manejo e resolução dos sofrimentos presentes na humanidade. Se você tem fugido de algum tipo de dor quer seja na área mental, social, física, emocional ou espiritual, saiba que a melhor forma de ressignificar e solucionar é, você encarar dando tempo para cada etapa desse processo ser elaborado de forma consciente e persistente. Porque onde existe dor tem crescimento e fortalecimento dos seus valores, crenças, visões de mundo, uma nova percepção daquilo que te causou a dor, mas também, te leva para uma dimensão de profundidade na sua espiritualidade. Você só tem dor, porque está presente neste mundo para cumprir uma missão com uma nova visão.

“Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora, tem dores de parto, e dá gritos nas suas dores, assim formos nós diante de ti, ó Senhor”! Isaías 26:17

 

Referências

1.      Nilza Alves Marques Almeida, Marcelo Medeiros, Marta Rovery de Souza. Perspectivas de dor do parto normal de primigestas no período pré-natal. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 21(4): 819-27; 2012.

2.      Revista Crescer | Parto (www. globo.com)/Aecesso:21.04.2021.

 

Paula Silva

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quarta-feira, 14 de abril de 2021

O HOMEM NA ATUALIDADE ESTÁ ENFRENTANDO A DEPRESSÃO OU A FRUSTRAÇÃO?


“O homem deixou de ter um corpo e passou a ser um corpo, para conectar com uma alma que pode expressar a magia da vida plena nesta terra”.

 

Todos os seres humanos neste momento histórico da humanidade, estão passando por um processo de mudanças em alguma área das suas vidas. Mas, principalmente, no contexto do papel do corpo humano. Segundo a tradição hebraica ministrada em aula pelo Rabino Dudu, tem uma razão muito especial por traz de tudo isso. Cada vez mais está claro, que a alma está ligada ao corpo. O corpo é o maior espelho da alma. Entretanto, as religiões e tradições como o cristianismo, o islamismo, o judaísmo e o budismo tinham uma visão distorcidas das funções do corpo em relação a espiritualidade, logo lutavam contra o corpo, rejeitando o corpo, porque consideravam ser um alvo para as tentações, ou seja, para praticar os pecados que significa as transgressões das leis divina, bem como o autocuidado sendo considerado como vaidade. Porém, a alma sem o corpo não consegue chegar à Deus.

Além disso, houve grandes mudanças nos pensamentos humanos, devido uma visão contemporânea cartesiana. O que isso significa para os dias atuais na humanidade?

Segundo Marcelo Correa Medeiros, estamos vivenciando uma análise crítica e contemporânea da nossa sociedade, que certamente chegamos à conclusão de que o nosso modelo de desenvolvimento está incompleto: realizamos grandes avanços tecnológicos e econômicos, porém, não medimos as consequências; não percebemos que a ideia de que “os fins justificam os meios”, amplamente aplicada nos meios governamentais, empresariais e pessoais, está produzindo graves efeitos colaterais, como o acelerado processo de destruição do planeta, do meio ambiente; a exclusão e descaracterização do ser humano, a institucionalização da violência, da corrupção, da falta de ética; desvalorização da vida, de um modo geral. Além disso, um dos principais influenciadores do nosso modelo de desenvolvimento, é o MÉTODO OU VISÃO CARTESIANA, que teve como idealizador o filósofo, físico e matemático francês René Descartes (1596-1650). Seu foco é a ordem, a clareza e a distinção, inspirado no rigor matemático e racionalista; o método de Descartes é analítico, consiste em decompor pensamentos e problemas em suas partes componentes e coloca-los em uma ordem lógica; baseia-se na fragmentação do pensamento para facilitar a resolução de problemas, dividindo-os em partes.

É inegável que o Método Cartesiano contribuiu para o desenvolvimento de teorias científicas e, a realização de complexos projetos tecnológicos; contribuiu para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico da humanidade. Vivemos hoje um processo de transição para a sociedade da informação ou do conhecimento, tendo em vista a chamada “ubiquidade” (onipresença) das TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação; numa verdadeira revolução tecnológica, comparada inclusive com a revolução industrial, em termos de impacto mundial. Devemos considerar ainda, a influência da visão cartesiana aplicada na gestão empresarial, como a departamentalização, segregação de funções e setores, organização e divisão de tarefas, na estrutura organizacional e na otimização de resultados; entre outros impactos relevantes no âmbito corporativo ou empresarial. Mesmo gratos e, ao mesmo tempo impressionados com o nosso progresso econômico e  principalmente tecnológico, não podemos deixar de analisar esse desenvolvimento com uma visão crítica, considerando que a fragmentação do pensamento, característica da visão cartesiana, nos ajudou a solucionar problemas técnicos complexo, porém, teve como uma das consequências negativas, o estabelecimento de uma visão míope do mundo, da realidade, das coisas; “vemos a árvore, mas não conseguimos enxergar a floresta” , não conseguimos ter a “visão do todo” ou a “visão sistêmica”, com impactos extremamente limitadores do desenvolvimento sustentável de pessoas e consequentemente das organizações.

Sendo assim, o conhecimento, nessa nova perspectiva, dá-se a partir da própria experiência do sujeito. Todo saber, seja ele científico ou não, deriva do mundo vivido, ou seja, dos pensamentos, percepções e vivências na interação cotidiana do mundo social. Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de visão minha ou de uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada. O universo da ciência é construído sobre o mundo vivido e, se queremos pensar a própria ciência com rigor, apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos, primeiramente, despertar essa experiência do mundo da qual ela é a expressa. No caminho para a consciência corporal vamos tomar como ponto de partida o conceito de corporeidade, pois ele integra o que o ser humano é, e pode manifestar neste mundo. A corporeidade nesta percepção rompe com o modelo cartesiano, não havendo distinção entre essência e existência, ou a razão e o sentimento. O cérebro não é o órgão da inteligência, mas o corpo todo é inteligente; nem o coração, a sede dos sentimentos, pois o corpo inteiro é sensível (FREITAS, 1999, p. 62). Freitas corrobora com a ideia de que o corpo é ao mesmo tempo sentimento, movimento e pensamento. Nesse sentido, a corporeidade implica a inserção de um corpo humano em um mundo significativo, a relação dialética do corpo consigo mesmo, com outros corpos expressivos e com os objetos do seu mundo, significando dizer que se torna o espaço expressivo por demarcar o início e o fim de toda ação criadora, o início e fim de nossa condição humana. De forma que o nosso corpo, como corporeidade, como corpo vivenciado, não é o início e nem o fim, é sempre o meio, no qual e por meio do qual o processo da vida se perpetua. O corpo deixa de ser análise para se tornar síntese, bem como o conceito de corporeidade situa o homem como um ‘corpo no mundo’, uma totalidade que age movida por intenções ((NETO et al., 2007, p. 165; Rocha, 2009).

É nesse contexto, que gostaria de finalizar com uma visão geral em relação a esse tema a “Consciência Corporal”. O homem foi dotado de uma inteligência incrível, porém, muitas pessoas estão com desordens comportamentais, devido a falta de uso da mesma, ou seja, a sua capacidade, habilidade precisam serem desenvolvidas a partir dos estímulos de forma intencional. A grande maioria das pessoas que estão lutando com a depressão na verdade, estão com uma frustração por não estar fazendo, o que deveria fazer ou, ser quem deveria ser, conforme o propósito do criador do universo. Nós temos essa necessidade de conexão com a alma, corpo e espírito para alargar as fronteiras internas e externas do homem. Essa frustração é saudável, pois mobiliza o homem para a direção da mudança, do autoconhecimento e fortalecimentos dos seus valores e crenças.

“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo”. 1 Coríntios 6:19-20

 

Fontes: 1. Ione Paula Rocha. Consciência corporal, esquema corporal e imagem do corpo. Corpus et Scientia, vol. 5, n. 2, p. 26-36, setembro 2009.

2. Marcelo Correia Medeiro. Visão Cartesiana x Sustentabilidade e Cooperação (administradores.com.br): Acesso: 14.04.2021.

 


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quinta-feira, 8 de abril de 2021

O EFEITO DA MÚSICA NO COMPORTAMENTO HUMANO

 “A música expressa o que as palavras não conseguem e, o que não pode deixar de ser dito.” Victor Hugo

 

Estamos vivendo em uma sociedade com grandes potenciais de mudanças na nossa cultura. Porém, um dos maiores desafios será na escolha de líderes influenciadores, capazes de manejar os anseios do povo, com suas respectivas visões pessoais no processo da construção dessa ponte de transição, principalmente no contexto da música. Em primeiro lugar, devemos entender o significado das palavras, para elas ganharem maiores profundidade e densidade dentro do nosso espírito, bem como para fortalecer a memória daquilo que já foram construídos ao longo da história pessoal e coletivo. Isto é, a palavra cultura deriva do latim, colere, que tem como significado literal “cultivar”. Logo, percebemos que se trata de uma herança acumulada ao longo dos anos, e que deve ser preservada. Sendo assim, cada pessoa pertencente a uma determinada nação que agrega valores culturais, os quais a levarão a fazer ou expressar-se de forma específica. Esse mecanismo de adaptação é um dos principais elementos da cultura, e torna-se ainda mais importante quando se alia ao fator cumulativo. As modificações que se desenvolveram e que foram trazidas por uma geração que passam para a geração seguinte, e se implementam ao melhorar aspectos importantes para as futuras gerações. Além disso, o termo cultura acabou sendo divido em algumas categorias para facilitar a nossa compreensão na aplicação no dia a dia:

A cultura no contexto da filosofia: trata-se de um conjunto de manifestações humanas, de intepretação pessoal, e que condizem com a realidade;

Cultura segundo a antropologia: o termo deve ser compreendido como uma soma dos padrões aprendidos, e que foram desenvolvidos pelo ser humano;

A famosa cultura popular: ela associa-se a algo criado por um determinado grupo de pessoas que possuem participação ativa nessa criação. Temos como exemplo a música, a arte e a literatura todas elas têm fortes influências da cultura regional, nacional e mundial.

Sendo assim, por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a cultura de um povo se caracteriza como um modelo comportamental, integrando segmentos sociais e gerações à medida que o indivíduo se realiza como pessoa e expande suas potencialidades.

De acordo a Profetisa, Escritora e Co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo dia Ellen Good White de origem norte americana, diz o seguinte no Livro Educação, p. 166.

A música, muitas vezes, é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação, ou seja, induzir as pessoas ao erro e práticas imorais. Se a música for empregada corretamente, tornará um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos as coisas mais altas e nobres, bem como inspirar e elevar a alma”. Esse texto dela está confirmando, o que os grandes filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles já diziam muitos antes, a respeito dos efeitos da música na construção da vida humana, isto é, como ela influencia a alma humano nos processos de manejo das suas dores e alegria, mas também da moralidade tratando principalmente o caráter. Além disso, Aristóteles avança em suas considerações, enumerando algumas razões que justificariam sua inclusão na educação, sempre deixando claro que não é nada fácil estabelecer o que é nem a razão pela qual ela deve ser cultivada na educação. Mas, em certas situações, a música enseja divertimento e recreação do mesmo modo que o sono, a bebida e a dança. Em outras, conduz à virtude, podemos formar a alma e o caráter dos indivíduos e, ainda, proporcionar o descanso e o cultivo da inteligência (Rosa Dias, 2014).

Hoje, estamos presenciando uma decadência na música em termos de letras, ritmos e harmonias, que estão cada vez mais contribuindo com a autodestruição dessa geração de crianças, adolescentes, jovens e adultos, pois a suas letras valoriza a violência, ostentação desumanização em termos da falta de amor próprio e coletivo. Essa depreciação da música também chegou aos altares cristãos, pois o que mais se ver é a busca pela própria glória, deixando de honrar e glorificar a Deus. As letras são extremamente estridentes ou deprimentes. Precisamos resinificar os louvores que trazem uma mensagem que educa a alma humana, que possa ajudar a fazer as mudanças necessárias na vida de cada pessoa em termos de moralidade e espiritualidade. Mas, gostaria de finalizar com uma palavra de incentivo principalmente, para aquelas pessoas que tem o poder de influenciar os grupos, quer seja a nível familiar, amizades, comunidades e mundiais através das suas redes sociais ou pessoal. Você tem o poder de reconectar todos aqueles que te admira com algo maior e melhor nesta vida, isto é, com o criador dos céus e da terra o nosso Yahweh/Deus. Ele pode te conceder algo extraordinário em todas áreas da sua vida, pois ele foi quem criou os tons, os ritmos e as harmonias, bem como os instrumentos, os instrumentistas e os ouvintes.  

Seja a ponte que faça o elo da vida abundante nesta terra, através da arte a “MÚSICA”.

Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o SENHOR é DEUS; foi ele que nos fez, e dele somos; o seu povo e rebanho do seu pastoreio. Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade. Salmo 100:1-5

 

1. DIAS, R. Ensaios Filosóficos, Volume X – dezembro/2014.

2. A influência da cultura na formação do cidadão – Diário do Amapá - Compromisso com a Notícia (diariodoamapa.com.br). Acesso: 08.04.2021.

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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