quinta-feira, 17 de junho de 2021

SEXUALIDADE: A FORÇA QUE MOBILIZA O AMOR MESMO NA DOR


“A sexualidade não tem como uma única finalidade a procriação, mas a criação de um ambiente com novidades nas relações interpessoais”.

 

Na visão hebraica, os seres humanos possuem três dimensões que movem a vida em conjunto: a espiritualidade, a criatividade e a sexualidade.

Sendo assim, podemos fazermos uma breve reflexão sobre a história da sexualidade na humanidade.

A abordagem dos temas corpo, prazer e desejo pode ser investigada em distintos momentos da obra de Michel Foucault, e sua articulação se estabelece, especialmente, nos três volumes da História da sexualidade. Entretanto, como pano de fundo, questões relacionadas a um contraponto entre o pensamento foucaultiano e a psicanálise lacaniana. A temática do corpo recebe ênfases e desenvolvimentos diferentes conforme a perspectiva metodológica e o foco das pesquisas de Foucault nos campos do saber, do poder e da ética. Em um de seus primeiros livros, O nascimento da clínica (1963), Foucault busca entender as condições de possibilidade do aparecimento, no início do século XIX, da figura moderna, científica, da medicina: a anátomo-clínica. A doença deixa, então, de ser essência nosológica, espécie natural, estudada segundo o modelo da botânica, para ser considerada, segundo o modelo da anatomia, realidade localizada no espaço concreto, individual, do organismo doente. Essa atenção do médico para o singular, para o que é próprio de cada um, é o que fará Lacan citar esse trabalho de Foucault e destacar que, estruturalmente, a clínica psicanalítica encontra suas bases nesse momento do nascer da clínica médica, “momento originalmente recalcado no médico que a prorroga, transformando-se ele mesmo, a partir desse momento, cada vez mais no filho perdido” (LACAN, 1998 [1966], p. 326, nota 2). Entretanto, a partir da década de 70, quando ocorre um deslocamento de perspectiva no trabalho de Foucault, a partir de uma reformulação política, teórica e metodológica, que o corpo recebe mais destaque, por se constituir em um dos alvos privilegiados das relações de saber e poder (MACHADO, 1982). Trata-se, agora, de uma “anatomia política”, de uma “história dos corpos”. Na série de revoltas ocorridas nas prisões francesas nas décadas de 60 e 70, Foucault constata algo paradoxal nas reivindicações e objetivos desses movimentos: eram revoltas contra a miséria física das prisões (fome, superlotação, maus tratos), mas também contra seu “conforto” (os atendimentos médicos, psicológicos e as propostas educativas das prisões-modelo). Não eram, então, lutas apenas contra o aspecto decadente e reacionário das prisões, mas também contra seu aperfeiçoamento, sua modernização. Para Foucault, o que haveria de comum entre esses protestos, à primeira vista distintos, seria o fato de que ambos se rebelavam contra o investimento de poder em nível de corpo. A fim de compreender essa “anatomia política”, ele realiza em Vigiar e punir (1975)2 uma análise histórica de diferentes sistemas punitivos, desde os que utilizam métodos violentos até os que usam métodos “suaves”, não tomando, entretanto, como referência, a evolução das regras do Direito ou das ideias morais. Foucault parte justamente do pressuposto de que todo poder tem um “corpo”, pois se exerce por meio de diferentes mecanismos e instrumentos, sejam eles cadafalsos, cerimônias, muros, olhares, medicamentos ou diagnósticos. Sua “história dos corpos” busca pesquisar como o corpo foi percebido e valorizado na história. O autor constata que “as relações de poder operam sobre ele de modo imediato; elas o investem, o marcam, o dirigem, o supliciam, submetem-no a trabalhos, obrigam-no a cerimônias, exigem-lhe sinais” (FOUCAULT, 1983). O corpo não é, portanto, fixo ou constante, como quer a perspectiva naturalista, mas pode ser modificado, aperfeiçoado, e suas necessidades produzidas e organizadas de diferentes maneiras. Essa concepção traz a marca do pensamento nietzschiano, pois, segundo Foucault, a genealogia é um tipo de história que não se referência na consciência ou no Eu (com sua unidade e coerência), mas no corpo e em tudo que se relaciona com ele: a alimentação, o clima, os valores. O corpo, “lugar de dissolução do eu”, “volume em perpétua pulverização”, traz consigo “em sua vida e em sua morte, em sua força e em sua fraqueza” a inscrição de todos os acontecimentos e conflitos, erros e desejos (FOUCAULT, 1982, p. 22; Oscar Cirino, 2007).

A ideia de que a miséria sexual provém da repressão (que é também efeito do mesmo dispositivo que gerou a própria miséria) e que, para ser feliz, temos que liberar nossa sexualidade, advém dos sexólogos, dos médicos ou de outros detentores do saber, diz o autor. Estes apresentam a revelação (a eles) dos segredos que oprimem o indivíduo como solução das frustrações sexuais em busca da libertação. Tal discurso é, segundo FOUCAULT, um instrumento de controle e de poder, pois sustenta a ideia de que é suficiente, para ser feliz, ultrapassar o umbral do discurso e eliminar algumas proibições. Considera, então, que esse discurso acaba por depreciar e esquadrinhar os movimentos de revolta e libertação.

Tal pressuposto levou à compreensão (errônea, segundo o autor) de que não há diferença entre repressão e liberação do sexo, nem entre o discurso da censura e o da contra censura. Ele alega que os movimentos ditos de "liberação sexual" são movimentos de afirmação que partem do dispositivo da sexualidade (que nos aprisiona); são movimentos que fazem com que o dispositivo funcione até seu limite, mas que, em contrapartida, se livram dele e o ultrapassam. Não especifica, entretanto, que limite é este, nem detalha como os movimentos de libertação se livram e ultrapassam o dispositivo da sexualidade que oprimiu o sexo. Mas, é nesta perspectiva que apresenta a superação da repressão e da miséria sexual.

Segundo o autor, atualmente, está se esboçando um movimento contra esta "sexografia" que decifra o sexo como segredo universal. Trata-se de fabricar outras formas de prazer, de relações, de coexistências, de laços de amores. Em relação às crianças, começa a se esboçar um discurso em que a vida da criança consiste basicamente em sexualidade. Por isso questiona se tal discurso é libertador, se não aprisiona as crianças em um tipo de insalubridade sexual; se a liberdade de não ser adulto consiste justamente em não estar dependente de uma lei ou princípio, tão entediante, da sexualidade; e se não seriam as relações polimorfas (ou seja, as relações sem padrões de comportamento) a própria infância, caso isso fosse possível. Mas considera que o polimorfismo, ao contrário, é visto pelos adultos (por questão de segurança) como perversidade. Desta forma, a criança passa a ser oprimida inclusive por aqueles que pretendem libertá-la (Ribeiro, 1999).

É neste contexto, que na visão hebraica a sexualidade ganha uma perspectiva diferente das abordagens citadas acima. Para termos como uma lição de aplicação podemos usarmos como referência a história de um israelita líder do povo judeu, que recebeu uma missão de libertar o seu povo da opressão dos povos filisteus. Esse homem se chamava “Sansão”. Ele era um homem que tinha uma força fora do comum, no entanto, não foi capaz de dominar suas inclinações sexuais. Porém, por trás desta realidade havia um propósito para trazer uma grande lição tanto, para o povo judeu, quanto para os povos filisteus.

Os povos filisteus são frutos das trocas dos casais. Eles têm como significado do seu nome LIBERTINAGEM.

O maior prazer não estar na liberalidade, mas pela sua individualidade e identidade. O verdadeiro prazer estar naquilo que é proibido, no mistério. Na hora que você não tem restrição, você perde a noção do EU. Todo o relacionamento tem que ser uma mistura, daquilo que é agradável, confortável, mas também com aquilo que causa atrito. Se você não tem atrito, não gera o amor, porque ele é o resultado do aperfeiçoamento das relações nas suas diferenças. Além disso, na hora que você tira as leis, as restrições, você também perde a ESSÊNCIA DA SUA INDIVIDUALIDADE. Mas, por outro lado, nós temos um outro tipo de força que vem da nossa vulnerabilidade, da nossa fragilidade, onde podemos descobrir uma capacidade que nos ajuda a conter nossos instintos, para não usarmos as nossas energias na hora errada, com as pessoas que não irão contribuir com o nosso bem estar físico, mental, espiritual, social e sexual. Assim como aquela força de Sansão não vinha dele. Também, não podemos contar apenas com a nossa força humana, para conter os nossos instintos diante dos desafios no dia a dia das nossas vidas.

“Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos”. Juízes 16:28

 

 

1.    Oscar Cirino. O desejo, os corpos e os prazeres em Michel Foucault. Mental- ano V - n. 8 - Barbacena - jun. p. 77-89, 2007.

2.    Moneda Oliveira Ribeiro. A sexualidade segundo Michel Foucault: uma contribuição para a enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP. v. 33, n. 4, p. 358-63, dez. 1999.

Paula Silva

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quinta-feira, 10 de junho de 2021

A HARMONIA MENTAL NO PROCESSO DA RESTAURAÇÃO DO ESPÍRITO, ALMA E CORPO


“Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível”. Ellen G. White

PARTE I

A busca pelas conquistas dos bens materiais tem cobrado um preço bem alto, para os homens e as mulheres que desejam estar no topo da pirâmide do sucesso, bem como das pessoas que desejam conquistar os suprimentos das suas necessidades básicas da vida. Entretanto, o grande problema não estar nas conquistas, mas no preparo das nossas mentes para saber lidar com os obstáculos que teremos que encararmos no dia a dia.

A mente e o corpo há um relacionamento admirável e misterioso. Eles reagem um sobre o outro de uma forma muito inteligente. Logo, manter o corpo em estado sadio, a fim de que desenvolva a força, para que cada uma das partes dessa bela máquina viva possa agir harmoniosamente, deve ser o estudo prioritário ao longo das nossas vidas (Ellen G. White).

Além disso, negligenciar a forma como o corpo e a mente funcionam podem acarretarem sérios prejuízos para o desempenho das nossas atividades em todas as áreas da vida. Levando ao estado de doenças e enfermidades. Porém, para compreendermos melhor qual a diferença entre doenças e enfermidades, vou relatar de forma bem breve. A doença ela tem sua origem em uma disfunção orgânica, isto é, pode ser causado por um acidente, contaminação por uma substância tóxica, vírus, bactérias, fungos e, assim por diante. No entanto, para o desenvolvimento de uma enfermidade, já está diretamente ligado a desorganização do espírito com a alma, ou seja, existem barreiras que impedem uma atividade psíquica, juntamente com as ações divina, que para a nossa compreensão será sobrenatural. Esse tipo de enfretamento é necessário conhecimento prévio da nossa relação com aquilo que é espiritual. Mas, para ficar mais claro, devo exemplificar como os desejos carnais muitas vezes querem sobressair aos desejos do espírito. Isto é, eu quero praticar um tipo de violência, mas o espírito diz que devo ter uma paz interior que possa ajudar a reorganizar-me internamente, para controlar o que estar fora, mas nem sempre isso é possível, porque necessita de um exercício diário e, muitas vezes subestimamos aquilo que o nosso espirito diz para fazermos através da intuição. Uma das principais causas das enfermidades está ligada a imaginação não controlada, disciplinada, ajustada e direcionada de forma intencional.

A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na terra, é responsável perante a lei moral, que rege a harmonia interna e externa visando o bem comum pessoal, familiar e da sociedade (Ellen G. White).

A capacidade de manter o autocontrole, de suportar o turbilhão emocional que o acaso nos impõe e de não se tornar um “escravo da paixão” tem sido considerada, desde Platão, como uma virtude. Na Grécia clássica, esse atributo era denominado sophrosýne, “precaução e inteligência na condução da própria vida; equilíbrio e sabedoria”, como interpreta Page DuBois, um estudioso do idioma grego. Para os romanos e para a antiga Igreja cristã isso significava temperantia, temperança, contenção de excessos. O objetivo é o equilíbrio e não a supressão das emoções: cada sentimento tem seu valor e significado. Uma vida sem paixão seria um entendimento deserto de neutralidade, cortados e isolado da riqueza da própria vida. Mas, como observou Aristóteles, o que é necessário é a emoção na dose certa, o sentimento proporcional à circunstância. Quando as emoções são sufocadas, geram embotamento e frieza; quando escapam ao nosso controle, extremadas e renitentes, ou seja, não se conforma, tornam-se patológicas, tal como ocorre na depressão paralisante, na ansiedade que aniquila, na raiva demente e na agitação maníaca. Na verdade, manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos nas emoções que vêm de forma intensa e que permanecem em nós por muito tempo minam a nossa estabilidade. Os altos e baixos dão tempero à vida, mas precisam ser vividos de forma equilibrada. Na contabilidade do coração, é a proporção entre emoções positivas e negativas que determinam a sensação de bem estar (Daniel Goleman).

É neste contexto, que a harmonia mental gera as condições ideias para evitarmos o descontrole que pode levar aos vícios, quer sejam substâncias psicoativas ou algum comportamento inadequado. Sendo assim, tirar um tempo durante o nosso dia para fazermos auto reflexões, orações, exercícios, meditações, ouvir uma boa música clássica ou de cunho espiritual, fazer uma caminhada. Tudo isso, pode funcionar como os mediadores para a harmonização do corpo, alma, espírito e mente.

“O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre”. Salmos 73: 26

 

1. Ellen G. White. Mente, Caráter e Personalidade, p. 12-15, 2013.

2. Daniel Goleman. Inteligência emocional [recurso eletrônico] / Daniel Goleman ; tradução Marcos Santarrita. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2011.

 

Paula Silva

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quinta-feira, 3 de junho de 2021

LOGOSOFIA: A CIÊNCIA DA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO SER HUMANA


“O conhecimento que levou ao desenvolvimento do avião. Primeiro o homem sonhou em voar”. (Professor Paulo Picalho)

 PARTE I

Para a “Logosofia”, Deus é o Supremo Criador da Ciência Universal, porque todos os processos da criação se cumprem seguindo os ditados de sua Sabedoria. A ciência do homem é só um débil reflexo daquela, fonte permanente de todas as suas inspirações. Esta é a causa pela qual a logosofia menciona com frequência o nome de Deus. Um Deus despojado de artifícios que mostra aos seus súditos terrestre a plenitude de seu esplendor natural em sua Magna Ciência e, em sua Verdade Absoluta (Professor Paulo Picalho).

O autor, Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol), nascido em Buenos Aires, Argentina, em 11 de agosto de 1901, e ali falecido em 4 de abril de 1963, consagrou sua vida à realização da obra logosófica em prol da superação humana. A partir de 1930, iniciou a difusão de seus conhecimentos publicando livros em diversos gêneros literários, assim como revistas e jornais dedicados a explicar e difundir os conhecimentos logosóficos. Escreveu diversos artigos e ensaios para imprensa de vários países, pronunciou mais de mil conferências, manteve um intenso contato epistolar com estudiosos de Logosofia de todo o mundo e com personalidades da cultura das Américas e Europa.

Em 1962 fundou a primeira Escola Primária Logosófica em Montevidéu, que hoje está organizada no Sistema Logosófico de Educação com vários colégios de ensino fundamental e médio no Brasil, Argentina e Uruguai. O autor considerou essencialmente útil a publicação desta obra na qual aparece, descrita em termos amplos e profundos, uma parte ponderável da concepção logosófica e também uma extensa visão da obra logosófica com suas projeções para o futuro da humanidade.

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A sabedoria logosófica se caracteriza por sua originalidade, ao trazer como mensagem uma nova geração de conhecimentos relacionados com a vida interna do ser humano, seu processo de evolução consciente e as projeções metafísicas de seu espírito. Instituiu um método de aperfeiçoamento que ensina como percorrer cada trecho na formação de uma nova vida e na superação de todos os valores da inteligência e da sensibilidade. Os ensinamentos ministrados para esse fim, ao desenvolver as aptidões básicas do homem e determinar as normas que o processo de evolução consciente impõe, permitem o esclarecimento das ideias e a fecundação constante de outras novas, diretamente vinculadas à superação individual.

Para favorecer a realização de tais princípios e objetivos, no dia 11 de agosto de 1930 foi constituída a Fundação Logosófica, instituição que reúne em seu seio centenas de logósofos, que se orientam e se guiam seguindo suas disciplinas, sob o lema de princípios éticos superiores de respeito, tolerância e liberdade. Não escapará ao juízo de ninguém que, para consumar ideais tão nobres e grandes de aperfeiçoamento, teve-se necessariamente de criar um meio adequado às 14 circunstâncias que deviam envolver, de maneira igual, tanto o estudo como a investigação e a experiência, nos vastos domínios desta alta ciência. Pela primeira vez se ensaia no mundo um método tão eficaz para o esclarecimento das proposições que a inteligência tem formulado a si mesma sobre os enigmas da vida e os mistérios da figura humana, tão complexa em sua estruturação psicológica e espiritual. E isso se deve fazer, inevitavelmente, sobre a base do conhecimento de si mesmo em seu maravilhoso conteúdo e na dimensão de suas amplas projeções. Ninguém penetra em nossa Instituição, na qualidade de discípulo, sem ter formado, na etapa preliminar que deve cumprir como aspirante, um amplo conceito sobre este novo gênero de conhecimentos que haverá de enriquecer sua consciência. Ao ingressar, cada um o faz perfeitamente convicto, tanto da originalidade dos ensinamentos como da alta moral que seus inalteráveis princípios de bem prescrevem. Sabe que ensaiará um novo e edificante método de superação individual; que em Logosofia tudo é atividade, observação e prática vivente dos conhecimentos que se associam à vida; que poderá observar cada um dos que cultivam as excelências do espírito e trabalham por uma humanidade melhor, e aproveitar, na edificação da nova vida, os elementos construtivos que surjam de fatos ou circunstâncias vinculadas à sua evolução consciente em relação direta com a dos demais. A todos os discípulos assiste a mesma prerrogativa de observar, motivo pelo qual ninguém escapa a essa regra discreta, porém sutil, que o processo de evolução impõe. Esta nem sempre é cumprida, já que existe quem a esqueça pouco depois de ingressar, fato que obriga a reafirmá-la com oportunos chamados de atenção. Entretanto, um ser segue o esquecido por todas as partes e o observa permanentemente: ele mesmo, que, no final das contas, tem interesse nisso mais do que ninguém. A consciência, ativada, controla todos os pensamentos e atos do logósofo; isso, naturalmente, na medida em que ele evolui e dá a ela o legítimo direito de corrigi-lo, encaminhá-lo e auxiliá-lo. Enquanto isto ocorre, certos conhecimentos logosóficos fazem as vezes de consciência, facilitando o desenvolvimento interno inicial do ser e conduzindo-o, com mão firme, ao conhecimento de si mesmo.

Como conhecer essa inteligência dos processos que regem as nossas vidas?

Alguns exemplos destas “Leis” que são a expressão da vontade de Deus:

A Lei do Tempo; Lei da Evolução; Lei de Herança; Lei de Igualdade; Lei de Correspondência; Lei de Adaptação; Lei do Conhecimento; Lei do Afeto; Lei da Lógica; Lei do Conjunto; Lei da Conservação; Lei de Equilíbrio e assim por diante.

As leis me amparam em todos os processos de mudanças. Exemplo:

A Lei da Adaptação: Adaptar-se é preparar dentro de si as condições adequadas para que, o equilíbrio normal da vida perdure sem modificações, ainda que a vida se modifique tantas vezes quantas sejam necessárias ou reclamem as circunstâncias.

“A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento”. Provérbios 4:7

 

 

Fonte:

1.    Carlos Bernardo González Pecotche [Raumsol]. Introdução ao conhecimento logosófico. São Paulo 4a edição. Editora Logosófica, p. 2, 2019.

2.    Carlos Bernardo González Pecotche, 1901-1963. Exegese Logosófica. Tradução: Colaboradores voluntários da Fundação Logosófica (em Prol da Superação Humana) – 12. ed. – São Paulo: Logosófica, p. 13-15, 2016.

3.    Paulo Picalho. www.logosofia.org.br

 

 

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

AS FAMÍLIAS DO SÉCULO XXI PODERÃO SER COMO UMA ÁRVORE O “CEDRO DO LÍBANO”?


“Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano”. Salmos 92:12

HISTÓRIA PARTE 1

Hoje teremos a oportunidade de compartilharmos uma bela reflexão, sobre o papel de uma planta muita admirada há milênios de anos. Isto é, vamos reconecta-la com as nossas histórias de vida.

Crescimento e Resistência: O cedro cresce nos picos perigosos das montanhas, desafiando as tempestades. Logo, ganhará muita resistência, o que torna a sua madeira nobre de alto valor. Nós não temos como falar de crescimento sem compreender o real significado da raiz. O cedro tem raízes profundas, e esse é um dos motivos da sua resistência. Seu sistema radicular é pivotante ou axial, ou seja, tem o tipo de raiz que se alonga em profundidade porque possui um eixo principal que sustenta a árvore, no sentido de possibilitar a sua firmeza ou sua fixação no solo. A raiz pode crescer até um metro e meio de profundidade nos três primeiros anos de vida, enquanto o broto tem apenas cinco centímetros. O cedro só começa a crescer a partir do quarto ano de idade e pode chegar até cinquenta metros e, a circunferência do caule pode chegar até quatorze metros em média. Seu crescimento é lento, porém, constante, por volta de vinte centímetro por ano. Segundo os biólogos, ela pode até quebrar a rocha se encontrar alguma fenda, e ela não se fere porque na ponta da raiz existe uma coifa que a protege durante o crescimento. A coifa, é uma estrutura em forma de dedal formada por células parenquimáticas, ajuda a raiz a penetrar no solo através da produção de substâncias mucilaginosas. Logo, protege a região meristemática de possíveis danos causados pelo atrito com o solo.

Além disso, podemos destacar algumas lições bem práticas paras as nossas vidas neste Séc. XXI, onde temos tanta carência dessas habilidades, bem como das direções para as correções de possíveis erros na postura dos seres humanos.

A altura do cedro representa a posição elevada de uma pessoa perante a sociedade. Sendo assim, essa árvore foi muito citada no Antigo Testamento. No livro de Isaías ela foi usada como símbolo do orgulho: “O Senhor dos Exércitos tem um dia reservado para todos os orgulhosos e altivos, para tudo o que é exaltado para que eles sejam humilhados; para todos os cedros do Líbano, altos e altivos, e todos os carvalhos de Basã (Isaías 2: 12-13)”. Esse orgulho foi estampado como emblema nacional na bandeira do Líbano, em 1943, como símbolo de “força e eternidade” daquela nação”. Mas, no livro dos Salmos, o cedro do Líbano é o símbolo do crescimento dos justos. E dentro desse contexto, significa também: nobreza, beleza, longevidade e resistência.

Nobreza e Beleza: O cedro é uma árvore majestosa que cresce nas alturas, nas montanhas da Turquia e do Líbano. Sua madeira é considerada nobre por não se deteriorar facilmente, além de ter uma bela cor avermelhada e um perfume agradável. Nos tempos bíblicos, os reis encomendavam o cedro para as suas construções civis e religiosas. O Templo de Salomão e os palácios de Davi foram construídos com o cedro do Líbano. “O interior do templo era de cedro, com figuras entalhadas de frutos e flores abertas. Tudo era de cedro; não se via pedra alguma (1 Reis 6:18)”. Assim também, acontece com aqueles que desenvolvem uma intimidade mais profunda com Deus, eles começam a crescer, inevitavelmente, eles apresentam uma beleza diferente e majestosa que vem de Deus. Porém, eles permanecem humildes, porque todos os processos de mudanças vêm do Criador, para um propósito nas nossas vidas neste mundo.

Longevidade: O nome científico do cedro do Líbano é cedrus libani e pertence à família das pináceas. O cedro, o pinheiro e a araucária são dessa mesma família. Elas não dão frutas, apenas frutos que são chamadas de pinhas, que armazenam as sementes. Das pináceas, a araucária é a única que dá uma semente comestível o pinhão. Nos Estados Unidos, existem pinheiros de até cinco mil anos de idade, são os pinheiros longevos. Os cedros podem ser encontrados no Líbano, em pequenos bosques com idade de até mil anos.

Resistência: O cedro por ter um crescimento lentamente, a madeira é muito densa ou compactada, por esse motivo é mais resistente aos ataques de bactérias e fungos que provocam doenças e a decomposição da madeira. Também, por ter dum alto teor de resina, o cedro não é atacado por insetos.

Assi como, o justo “cresce como o cedro do Líbano”, ele ganha em qualidade e não em quantidade. Isto é, quem pratica a Palavra cresce espiritualmente e segue o caminho que leva a salvação. Por isso pode também livrar-se de muitos sofrimentos neste mundo, proporcionando a oportunidade de comer o melhor desta terra. Porém, ainda ganha um processo de transformação que levará até a conquista da vida eterna. Ou seja, Deus não está preocupado com o impacto dos discursos bem elaborados sobre a Palavra dele, mas ele deseja ver uma transformação genuína em cada ser humano, onde podemos diferenciar entre ser alto dentro dos propósitos dele e, não altivo. Sendo assim, devemos sempre buscar a luz que vem do céu. Podemos até não parecer tão grandes para as pessoas, mas se lançarmos nossas raízes nele, teremos o crescimento no tempo certo. E seremos tão preenchidos da sabedoria de Deus que, o pecado e as ilusões desse mundo não vão conseguir invadir o nosso interior. Mas, vamos crescer espiritualmente garantindo uma fé longânime.

É neste contexto, que as nossas famílias do Séc. XXI necessitam de uma coifa para adentrar as fendas das rochas, que são os problemas que surgem diariamente tanto no interior humano, quanto nas suas dimensões das relações externas. Principalmente, aquelas que tem enfrentado os desafios com alguém da sua família envolvidos com algum tipo de vício, doenças, desempregos, falências financeiras, perda do amor pela fé e esperança. Hoje, teremos a possibilidade de realizar novas estratégias para o enfrentamento na sua dificuldade presente. No entanto, também, temos boas notícias que após todos os vendavais teremos um tempo de paz e prosperidade. Essa será a nova década das mudanças de mentalidades, que consequentemente trará novidades de vida para todos aqueles que buscarem o reino de Deus em primeiro lugar.

 

Fonte: Cris Beloni. www.gospelprime.com.br (05.06.2020). Acesso: 2605.2021.

 

  

Paula Silva

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quinta-feira, 20 de maio de 2021

A LINGUAGEM DO AMOR QUE PODE TRANSFORMAR UMA DOR


"O amor é uma peça chave para preencher aquilo que falta no outro”.

 

Estamos vivendo em um momento histórico da humanidade, pois nunca se viu tantas pessoas procurarem ajuda para o seu autoconhecimento, bem como alinhar as suas percepções em relação ao outro, quando se trata desta palavra tão poderosa “AMOR”.

Sendo assim, gostaria de pontuar algumas visões em relação ao entendimento e aplicabilidade do amor na vida dos seres humanos. Na visão hebraica, a palavra AHAVA significa AMOR, que na essência judaica é o amor ao próximo. Segundo o que está escrito: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22: 37-39). Entretanto, temos uma outra faceta que na cabala diz que: O amor por essência é contraditório. Ou seja, o amor dentro de uma relação pode andar no caminho do egoísmo, mas ao mesmo tempo também pratica o altruísmo. Ele pode ser manifestado como um ato de amor e ódio ao mesmo tempo. Isso acontece porque somos todos imperfeitos. Logo, mesmo na relação entre Deus que é perfeito, tem essa relação com os seres humanos que são imperfeitos. Todavia, essas manifestações fazem partes do grande movimento dentro e fora dos seres envolvidos na relação, para haver o grande ponto de partida para as transformações significativas. Basta você observar após uma crise dentro de uma relação comercial, familiar ou entre amigos. A maneira como serão encaradas as coisas depois desta interação, vai desenrolar com um ajuste que pode proporcionar mudanças dos estados de recursos internos, bem como do ambiente em que estão inseridos.

Segundo o Dr. Gary Chapman, “Nenhuma área do casamento afeta tanto o restante do casamento quanto atender à necessidade emocional de amor”.

Depois de anos como como conselheiro familiar, ele desenvolveu um sistema para comunicar amor com eficácia às pessoas mais próximas de nós. Seu livro “As 5 linguagens do amor: o segredo do amor que dura”, foi traduzido para 50 idiomas e vendeu mais de 11 milhões de cópias em todo o mundo. Nele, Chapman reconhece que embora se apaixonar seja fácil, permanecer apaixonado dá trabalho. E ele fornece um mapa simples para expressar melhor o amor exatamente como o destinatário precisa. Ele alega que é fácil de executar, mas Chapman é um antropólogo com formação acadêmica, pastor associado sênior da Calvary Baptist Church na Carolina do Norte e um conselheiro matrimonial reconhecido internacionalmente diz que, todos nós podemos aprender a falar essas línguas do amor com esforço e generosidade de disposição para considerar outras perspectivas. Isso independentemente de ser dentro de um casamento, porque para se manter boas relações é necessário investimentos como:

1.    PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO: Você fica emocionado ao receber elogios inesperados; ouvir alguém dizer que se preocupa com você; sentir compreendido e receber reconhecimento por um trabalho bem executado.

2.    TEMPO DE QUALIDADE: Você é um excelente ouvinte e sempre dá aos outros atenção total; você prefere não ficar sozinho e acha que a maioria das atividades é mais divertida com outras pessoas envolvidas.

3.    RECEBEMDO PRESENTE: Você gosta quando seu parceiro traz suas flores favoritas, só porque lembrou da sua companhia nas datas especiais.

4.    ATOS DE SERVIÇO: Você gosta quando desenvolvem atividades juntos; uma surpresa ao cuidar dos serviços cotidianos da casa ou estabelecimentos; atividades comunitárias, viagens e organização de uma festa comemorativa.

5.    TOQUE FÍSICO: Você se sente confortável com demonstrações públicas de afeto, mesmo na frente de grandes grupos.

 

 

 

” O temor à Deus vem pela perfeição de Deus;

O amor à Deus vem pela imperfeição dos seres humanos;

O amor é capaz de mudar o outro, mesmo com as suas imperfeições”. Rabino Dudu

 

Paula Silva

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quinta-feira, 13 de maio de 2021

POR QUE O TRABALHO É UM DOS ESTADOS DE RECURSOS MAIS EFICIENTE NA VIDA DOS SERES HUMANOS?


“A força que o homem possui para exercer o seu papel no trabalho, está diretamente ligado à sua essência”.

 

Muitas pessoas que estão tendo dificuldades de se adaptar aos seus locais de trabalho, está muito ligado a falta de conexão com a sua essência que pode nortear o seu desempenho mais eficientemente. Logo, a capacidade de criatividade, interação com a equipe, o desenvolvimento como pessoa e profissional será potencializado ou comprometido, caso não esteja dentro daquele propósito da vida do indivíduo.

Segundo a Torá, antes da entrada do pecado na vida dos seres humanos através de Adão e Eva, Deus já tinha criado esses seres humanos dotados de uma característica em sua psiquê, da necessidade de exercer o seu papel na criação do Eterno com o trabalho na terra. A partir do momento que eles pecaram, o esforço datado para executar o trabalho passou a ser algo ligado ao prazer na vida dos seres humanos, agora não apenas para a sua sobrevivência. Mas também, para a sua realização como pessoa. Essa realização estar muito ligado ao poder que Deus, que nos proporcionou a capacidade de criar algo novo, através das nossas habilidades concedidas por ele.

O ser humano é um ser social que apresenta como pré-condição de sua existência a sociabilidade humana. A história tem demonstrado que o homem consegue, durante um período, viver isolado, mas não por toda a sua existência. Portanto, é na sociedade que o homem encontra condições favoráveis para o seu desenvolvimento como ser humano. Examinando o fenômeno da sociabilidade humana, Aristóteles (1907) considerou o homem fora da sociedade “um bruto”. São Tomás de Aquino (1917) também atribui qualidades negativas àquele homem que vive fora do meio social. O trabalho sempre fez e fará parte da vida do ser humano, principalmente nos dias atuais, em que o processo de globalização mundial avança rapidamente, gerando grandes níveis de desigualdade social. É impossível imaginarmos um ser humano do século XXI sem um trabalho que lhe proporcione condições de vida digna e justa. O homem, na maioria das vezes, é identificado dentro do seu meio social pela sua posição profissional, sua ocupação. O trabalho é a porta de entrada para todos os sonhos, desejos, projetos de vida que um ser humano possa almejar. Portanto, a partir do contexto da sociedade contemporânea, assumindo um lugar de destaque, uma vez que o homem é identificado no meio em que está inserido pela sua profissão. Na perspectiva de Pontieri (2008), o trabalho representa um lugar de sonhos e desejos, sendo visto como um projeto de vida do homem.

Contudo, durante todas as etapas da vida, o ser humano se depara com mudanças de diversas naturezas, sendo necessário se adaptar a elas. Como a aposentadoria ou, o desemprego como estamos enfrentando neste momento tão desafiador da humanidade não estar sendo diferente. Esse momento é permeado por questões delicadas, multidimensionais e interligadas entre si. Desenvolvimento e declínio, numa relação dialética entre ganhos e perdas, permeiam essa etapa, muito embora as perdas sejam as mais expressivas. Emanam transformações biológicas, sociais e psicológicas que acometem de forma particular cada sujeito, as quais serão tradas a seguir. Atualmente na sociedade em que vivemos, percebemos que o trabalho é fundamental, quem não exerce essa função parece não fazer parte dessa sociedade tão capitalista e materialista. Logo, o nosso papel será na mudança do olhar em relação as demandas que estão a nossa frente como filhos de Deus, que estamos aqui também para servirmos aqueles que estão passando por um momento de desemprego, perdas financeiras, isto é, o fechamento dos seus estabelecimentos ou perda da saúde, para darmos a nossa contribuição através dos nossos talentos que Deus já nos confiou com um propósito maior, do que suprir simplesmente as vossas necessidades. Só que muitas pessoas se sentem constrangidos ao receber alguma ajuda, mas isso tem uma explicação psicológica, porque o homem foi criado para dominar, logo, quando se sente nesta condição de dependência é como se ele tivesse perdido essa capacidade de criar e, somar no meio em que ele esteja inserido para cumprir a sua missão de vida.

“No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque te és pó e ao pó tornarás”. Gênesis 3:19

1.    Marina Aparecida Pimenta da Cruz & Rafaelle Lopes Souza. Origem e relação do trabalho com o ser humano e as limitações do trabalho na prisão. Texto & Contextos (Porto Alegre), v. 15, n. 1, p. 126-143, jan/jul. 2016.

2.       O trabalho na vida humana (administradores.com.br)/Acesso: 12.05.2021.

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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quinta-feira, 6 de maio de 2021

QUEM ESTAR NO COMANDO DO SEU DESTINO?


 

“Como vou conquistar o mundo se, ainda não conquistei a mim mesmo?”

 

Estamos vivendo em uma época em que, a polarização é a força da massa. Logo, quem optar por se posicionar de forma diferente, terá dificuldade de se encaixar em alguns grupos no meio social, familiar, profissional e, assim por diante. Entretanto, o processo que estamos passando de tantas mudanças de comportamentos, aponta uma outra dimensão. Basta olhar o resultado do “Big Brother 21” de maio de 2021. Houve uma revolução, quando você avalia o comportamento dos participantes dentro da casa. Alguns influenciadores ficaram perplexos com suas próprias posturas, pois a vida real representa uma opinião bem definida individual para ser compartilhada. Sendo assim, serviu como uma ponta do iceberg para analisarmos se, de fato a polarização tem contribuindo para o desenvolvimento humano nesta geração. Quando você avalia o histórico da vencedora deste reality show, fica muito claro que os velhos valores estão em pauta com muita força. Porque contra os fatos não há contestação. A vencedora demonstrou resiliência, devido os seus próprios dilemas da vida real, que lhes ensinaram a confrontar os desafios, porém, a sua capacidade de saber gerenciar suas próprias opiniões, fez toda a diferença e passou a ser uma inspiração para milhares de pessoas nesta geração.

Já no contexto da visão hebraica nas palavras do Rabino Dudu. Podemos até fazer uma pergunta para uma boa reflexão. Será que as nossas vidas estão nas nossas mãos?

Vamos analisar a história da luta de Jacó com um anjo. Segundo o Talmud, Jacó esqueceu pequenos potes do outro lado do riacho. Ele achou que aquilo era importante, logo retornou para buscar. Ao retornar deparou com um anjo e, começou a lutar até Jacó vencer, mais foi machucado na coxa, ou seja, no nervo ciático que corresponde a região do filé Mion, que até os dias de hoje os judeus não podem comer.  Essa luta mudou o destino de Jacó, a ponto de mudar o seu próprio nome para Israel, o qual temos conhecimento até aos dias atuais. Ele venceu, mas também ficou sentindo dores, teve que restringir a melhor parte do boi para o seu consumo, porque representa as nossas lutas que muitas vezes parecem perdas, mas são os nossos maiores ganhos. Isto é, mesmo não podendo comer o filé Mion, Deus transformou a história da vida dele, resgatou a sua família através do perdão concedido pelo seu irmão Esaú, bem como fundamentou a história de um povo, que daria sequência a missão de Deus na terra para cuidar de toda a humanidade. As nossas falas podem influenciar dentro das nossas casas, assim como fora dela, porque Deus está presente em todos os momentos através das nossas ações. Além disso, Jacó levou uma pancada para transformar o seu destino, assim também será nas nossas vidas a partir dos enfretamentos dos nossos dilemas existências, teremos a nossa vitória. Portanto, não podemos deixar apenas por conta da nossa fé, mas também procurarmos, entender o processo da participação de Deus em cada detalhes nas nossas vida diariamente. Devemos reconhecer que somos fracos e falhos mortais, cujo o futuro incerto devemos colocar nas mãos de Deus.

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”. Salmo 90:12

 

Paula Silva

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COMO CONECTAR A DIMENSÃO PSICOLÓGICA (O HOMEM INTERIOR) AO ESPÍRITO?

  “Se não mudar o que faço hoje, todos os amanhãs serão iguais a ontem”. (Millôr Fernandes) “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, me...