“Buscar algo sem antes definir o que realmente procura, pode causar distração na sua atenção”. (Paula Silva)
A
palavra CONCENTRAÇÃO MENTAL tem sido tão mal compreendida que, muitas vezes não
se dão conta das suas atitudes como referências dentro do contexto. Isto é, a
pessoa que, deitada, mas em vigília, se permite um estado de devaneio, de sonho
diurno, fantástico, tem o seu espírito tão concentrado como o de uma pessoa que
está lendo, procurando compreender um livro técnico e difícil.
Para
se obter a concentração mental, deve existir uma das duas condições seguintes: ou deve
haver, frente à visão mental, um fluxo de ideias que se desenrolam como
se fosse um panorama, ou, então, o “olho” mental é que se deve deslocar,
de um objeto para outro.
Como
exemplo, vamos imaginar indo ao cinema, vendo desenrolar-se um filme
interessante, está o leitor experimentando uma forma de concentração mental.
Não importa a atitude tomada: Quer o espírito acomode, se “assente”, por assim
dizer, passando os estímulos, como um filme pela sua frente, quer ele mesmo
saia a procurá-los, por sua própria vontade, o resultado é igual.
Uma
das condições ideais, existir para que, não se caia no estado de ABSTRAÇÃO
MENTAL, ou seja, as cenas, sempre novas, devem desenrolar-se frente à
consciência deve procurar, por sua iniciativa, a variedade de cenas, passando
de uma à outra. Para que se fique acordado é necessário, sempre, essa série,
essa renovação de estímulos mentais.
A ATENÇÃO
deve estar sempre em movimento; se não move por influência e iniciativa nossas,
move-se por si mesma.
A
atenção pode ser assim comparada a uma grande força capaz de realizar grandes
coisas. Uma força poderosa, sempre em marcha, dirigindo ou dirigida. De
qualquer forma, devemos ou conduzi-la, ou segui-la. No cinema tanto o real,
como no imaginário, isto é, no devaneio nós não fazemos mais que a seguir.
Quando, ao contrário, estudamos um certo assunto ou lemos um livro técnico, nós
é que a conduzimos. Não é necessário força nenhuma para dirigir este poder. Ao
contrário. Quando mais tentamos força-lo tanto menos satisfatórios os
resultados.
Basta,
apenas, um pouco de habilidade. Essa capacidade de energia, essa força, com
efeito, só precisa ser alimentada. E embora este material lhe convenha, para a
alimentação, mais que aquele, ela não é, positivamente, de um temperamento
refratário. É um precioso aliado, que temos dentro de nós, cujas tendências são
simples e doceis, não exigindo mais que ser compreendidas. Conhecidas e
compreendidas essas tendências de temperamento do grande poder da atenção,
podemos fazer dele o que quisermos. Podemos conduzi-lo e dirigi-lo onde, quando
e como quisermos. O mais que se pode fazer para conservar a potência e o
rendimento dessa força, é vendá-la um pouco, não a deixando ver muito e muitas
coisas de cada vez.
A
HABILIDADE é uma das coisas mais importantes deste mundo. Adquirida que seja,
pois se trata só de habilidade pode-se fazer da atenção o que se quiser. Logo,
não diga que não é capaz de dar atenção. Não diga porque as probabilidades para
isso são muitas, maiores do que julga. É que a pessoa, com certeza, não sabe
manejar, com habilidade, as viseiras. O segredo da concentração mental
consiste em restringir a atenção a um raio de interesse relativamente pequeno e,
em mudá-la para outro lado, para outro raio, quando o alimento intelectual do
primeiro campo estiver esgotado.
Fonte:
J. Ralph. Conhece-te pela Psicanálise. Capítulo XXI, p.210-216.
Paula Silva
Instituto Telifá &
Automelhoramento
Psicanálise/Biomédica/Dependência
Química/Espiritualidade
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