quarta-feira, 24 de março de 2021

O PODER DOS SONHOS NO PROCESSO DA AUTOCURA


 

Eles responderam: “Tivemos sonhos, mas não há quem os interprete”. Disse-lhes José: “Não são de Deus as interpretações? Contem-me os sonhos”. Gênesis 40:8

Os sonhos sempre foram as ferramentas, que o homem usou para conseguir administrar os dois universos, ou seja, o mundo interior e o exterior. Entretanto, o mais importante nesse processo do sonho é a sua interpretação. É nesse ponto que tem sido desafiador para a maioria das pessoas, porque nesta questão os elementos envolvidos são os responsáveis pela sua intepretação, que não cabe dentro de um processo apenas intelectual. Sendo assim, antes de observarmos as questões mais relevantes para o processo da AUTOCRUA. Vamos conhecer algumas linhas de pensamentos a respeito deste tema em questão.

A primeira visão será compartilhada baseada na cultura hebraica. Segundo a cabala dos sonhos, ministrada pelo Rabino Dudu. Sonho em hebraico (SHALOM), que significa CURA. Eles reconhecem a presença do infinito (Deus), que está dentro de cada pessoa. Mas também, eles consideram o Tetragrama que forma o nome de Deus como um instrumento natural para ajudar explicar a importância dos sonhos. Isto é, por trás de cada letra do alfabeto hebraica existe um código com os seus respectivos significados tais como: YOD (inconsciente que é igual a inteligência, que vem das ideias, logo é responsável pela criatividade); REY (entendimento que significa binar, que é igual aprofundar); VAV (ela simboliza as seis letras das emoções); e REY (significa o comportamento prático das suas ideias). Logo, o inconsciente só trabalha bem no sono profundo, porque a pessoa não está pensando naquele momento para interferir nos processos da construção dos sonhos. Além disso, para você entender a importância dos sonhos, primeiro deve-se ser aquela pessoa que gosta de viver com profundidade.

Na segunda visão, será apresentado o papel do Dr. Sigmund Freud, na publicação do livro “A interpretação dos sonhos”. Segundo os relatos que ele apresentou consistentemente, aquilo que daí para a frente definiria o campo psicanalítico, a psicanálise, a saber, a realidade psíquica. Sendo assim, a realidade psíquica é construída e armazenada nas profundezas de nosso ser, desde tempos imemoráveis, e sempre novamente despertada, fazendo novas conexões e sendo transformada pelas experiências acumuladas ao longo da vida. Entretanto, Feud deixou registrada a importância da obra para ele (Prefácio à 3ª edição inglesa, 1931). Logo, o tema dos sonhos e a psicanálise andam de mãos dadas, tanto na atualidade do encontro analítico, no desvendamento contínuo de seus processo subjacentes, quanto ao imaginário público e cultural. Podemos pensar que esta marca da constituição do campo psicanalítico que é a importância dada aos processos oníricos/sonhos, sua investigação levando a esclarecimentos dos processos psíquicos em geral e, com base nisso, a sua utilização para a investigação da mente singular e dos sentidos psíquicos, torna a relação entre psicanálise e sonhar indissociável (Elsa Vera Kunze, 2017).

Já na terceira visão, podemos observar que a concepção pré-científica do sonho dos antigos certamente se encontrava em harmonia plena com sua visão geral do mundo, que costumava projetar como realidade sobre o mundo exterior o que só tinha realidade na vida psíquica. Além disso, levava em conta a principal impressão deixada na vida de vigília pela lembrança do sonho que resta de manhã, pois nessa lembrança o sonho contrasta com o conteúdo psíquico restante como algo estranho, como que proveniente de outro mundo. A propósito, estaríamos equivocados se pensássemos que a doutrina da origem sobrenatural dos sonhos carece de seguidores nos nossos dias. Sem falar dos escritores pietistas e místicos, que fazem bem ao manter ocupadas as regiões outrora extensas do sobrenatural, enquanto não sejam conquistadas pela explicação da ciência natural, encontramos homens sagazes e avessos a qualquer aventura, que tentam justificar sua fé religiosa na existência e na intervenção de forças espirituais sobre humanas, justamente pela falta de explicação dos fenômenos oníricos (Haffner, 1887). O apreço pela vida onírica por parte de algumas escolas filosóficas como a dos Schellinguianos é um claro eco da natureza divina do sonho, incontestada na Antiguidade, e tampouco se encerrou o debate sobre o poder divinatório do sonho, sua capacidade de anunciar o futuro, porque as tentativas de explicação psicológica não bastam para cobrir o material acumulado, embora as simpatias de todos os que se renderam ao pensamento científico tendam inequivocadamente a rejeitar esse tipo de afirmação.

Sendo assim, gostaria de concluir com uma visão pessoal, pois contra os fatos não há contestação. Hoje, a minha visão está de acordo com o pensamento hebraica, mas também tenho plena convicção que há uma participação do processo curativo, dentro dos contextos abordados da psicanálise e filosófico. Além disso, o sonho na verdade é uma resposta das demandas do seu inconsciente e subconsciente que, revelam tantos as situações vividas, quanto aquelas que são reveladas a partir de algo que está fora da finitude humana. Isto é, a divindade tem uma participação neste processo, porque uma das explicações do sonho ocorre exatamente no momento em que o homem não tem controle, ou seja, na fase mais profundo do seu sono.  Logo, a parte que cabe a cura seria exatamente os ajustes dentro do processo das revelações, que são elaboradas para serem entendidas e trabalhadas, para tirar a sua mente (emoções) e, o corpo do sofrimento, ou seja, é neste momento que vai acontecer aquele ajuste para você viver o processo do verdadeiro prazer que promove alivio e bem estar. Quando você sonha o seu corpo e as suas emoções estão comunicando algo, que te leva para uma outra dimensão do seu autoconhecimento, proporcionando um desfecho favorável, mesmo naqueles momentos que você sonha com algo que considera ruim, porque esta é a forma de te preparar para lidar com qualquer situação correspondente.

Entretanto, uma das coisas mais encantadoras neste aspecto, está na sua intimidade mais profunda com o infinito (Deus). Isto é, quanto mais você se aproxima, mais compreensão das coisas reveladas passam a fazer sentido, porque estão conectadas com aquilo que está fazendo parte da realidade natural a nível espiritual, emocional, mental e físico.

 E ele disse: “Ouçam as minhas palavras: Quando entre vocês há um profeta do Senhor, a ele me revelo em visões, em sonhos falo com ele”. Números 12:6

 Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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