quinta-feira, 12 de agosto de 2021

A LEI DO PERTENCIMENTO APLICADO NO CONTEXTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

“A maior parte das pessoas que sentem falta de vínculos, sentimentos de isolamentos, excesso de estresse têm apresentado como as portas de entradas para o alcoolismo”. (Gabor Maté)

 

Segundo a visão hebraica Yahweh age tanto no lado da bondade do homem, quanto naquele lado animal, que muitas vezes deseja coisas que não fazem muito bem, porém, esse processo da luta contra os vícios pode na verdade lapidar o caráter humano, para transformar a sua identidade, conforme o seu propósito de vida.

Entretanto, o maior desafio para qualquer tipo de vício são as abordagens das pessoas ao redor, bem como dos profissionais que não estão bem preparados para saber lidar com tal situação. Isto é, na grande maioria das faculdades de ensino superior dos cursos das áreas de saúde e educação, não abordam com mais clareza a respeito dos manejos para com aquelas pessoas que estão enfrentando alguns tipos de vícios como: alcoolismo, tabaco, drogas, trabalho, sexo, esportes, enfim a lista é grande. Sendo assim, quando confrontamos com os casos em famílias ou nas comunidades religiosas, também estão totalmente sem respaldo para saber lidar com essas pessoas que, na verdade não são o vício em si, mas enfrentam as consequências que podem ser devastadoras.

O médico canadense Gabor Maté acredita, que precisamos repensar nossa abordagem ao assunto. O especialista e escritor best-seller ficou conhecido por seu trabalho sobre saúde mental com pacientes que sofrem com abuso de substâncias na área central de Vancouver. Essa região da cidade canadense apresenta a maior concentração de uso de drogas na América do Norte. No centro da sua abordagem, está a ideia de que todo vício tem origem em um trauma e nem sempre é possível identifica-lo. Maté elenca, em suas próprias palavras, cinco pontos que nós não entendemos sobre o problema (continuação no instagram e facebook).

1.    Nós não estamos tratando a causa real do problema. A falta de pertencimento pode desencadear um forte sentimento de solidão que levar a buscar algum tipo de vício para preencher esse vazio da alma. Para entender o que leva ao vício, é necessário observar seus benefícios. O que ele faz por você? As pessoas costumam dizer que o vício “oferecia um alívio para a dor, uma saída para o estresse, dava um senso de conexão, uma noção de controle, de significado, a sensação de estar vivo, entusiasmo, vitalidade”. Em outras palavras, o vício preencheu uma necessidade humana que era essencial, mas que não tinha sido satisfeita na vida daquela pessoa. Todos esses estados da ausência de conexão e do isolamento até o estresse no dia a dia eram de dor emocional. Então, o que se deve perguntar sobre a dependência química não é “qual é o vício?” mas sim “qual é a dor? Quando se olha para uma população de dependentes químicos, o que se observa é que quanto mais adversidades na infância, maior o risco de dependência. Então, o vício está sempre relacionado ao trauma e às adversidades na infância o que não significa, que todas as pessoas traumatizadas se tornarão dependentes, mas que todos os dependentes passaram por traumas.

O alcoolismo pode alterar o DNA e fazer as pessoas beberem ainda mais. O tratamento para isso exige muita compaixão, muita ajuda mútua e compreensão, em vez de consequências severas, medidas punitivas e exclusão. Você imaginaria que, com a falha da maioria dos tratamentos, nós tomaríamos consciência e nos perguntaríamos, “será que entendemos de fato essa condição?”. Mas isso não acontece muito no mundo médico. Nós não estamos encarando sua real natureza, como resposta ao sofrimento humano. Não estamos ajudando as pessoas a lidar com seus traumas e resolvê-los. O típico estudante de medicina nos Estados Unidos não participa de uma única aula sequer sobre trauma emocional. Nós continuamos a perguntar “o que está errado com você?”, quando deveríamos perguntar “o que aconteceu com você?”. (BBC, 18.11.19)

“Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. Salmos 30:5

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

A VISÃO PSICANALÍTICA DO PICHON-RIVIÈRE NO CONTEXTO DOS GRUPOS OPERATIVOS DE APRENDIZAGEM

 “Um corpo saudável não é apenas ter ausência das doenças, mas a harmonia que ocorre entre o corpo, a mente, a alma, o Espírito, bem como no seu meio social”.

A psicanálise como uma ciência psico-social, tem apresentado um diferencial na soma desse conhecimento, com as experiências multiculturais e interdisciplinares no contexto dos Grupos Operativos de Aprendizagem. Entretanto, essa teoria não se limita apenas nas dimensões patológicas, mas também na prevenção das doenças psíquica como: ansiedade, solidão, pensamento suicida, depressão, medo, carências, frustrações más elaboradas, vícios (álcool, drogas, tabaco, pornografia, medicamentos...), e assim por diante. Porém, os Pequenos Grupos/Células das instituições religiosas, os grupos de áreas afins para discursões dos assuntos dos interesses pessoais ou profissionais, acabam desempenhando um papel importante nessa direção, pois, eles funcionam como um conhecimento empírico, que podem contribuir nos processos dos ajustes psico-social dos seus integrantes.

Sendo assim, é quase impossível pensar nas ideias de inclusão e de cidadania sem a compreensão dos mecanismos inconscientes dos diferentes grupos que formam as sociedades. Vale lembrar que cada sujeito pertence simultaneamente a diferentes grupos formais e informais, portanto, são confrontados com uma pluralidade de identidades ao longo das suas vidas. Pluralidade que pode trazer crescimento, mas também conflitos.

Os processos de formação e funcionamento de um grupo em tarefa, e as grandes dificuldades encontradas na organização, inquietaram o psiquiatra e psicanalista argentino Pichon-Rivière (1907-1977), considerado por muitos o maior analista latino-americano. Ele orientou seus estudos, seminários, cursos e conferências para diversas formas de práticas de grupos, desde a criação em 1947 do que ele chamava grupo “em tarefa”, ou “grupo operativo”, que procurava responder às duas angústias fundamentais da vida social: o medo da perda, isto é, perder o que já se tem; o temor do ataque, ou seja, o temor frente ao desconhecido. Com seu magistério, Pichon-Rivière exerceu enorme fascínio sobre seus discípulos e contemporâneos, principalmente no que diz respeito aos jovens estudantes da Escola de Psicologia Social, fundada por ele em 1959 na cidade de Buenos Aires.

Já em 1955, Pichon-Rivière e o psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981) se conheceram e se aproximaram. Ambos tinham grande apreço pelo surrealismo. Lacan recebeu em sua casa Pichon em companhia do poeta surrealista Tristan Tzara (1896-1963). Depois, o psicanalista francês apresentou o argentino ao poeta e teórico do surrealismo André Breton (1896-1966). Pichon foi responsável pela introdução do lacanismo em seu país. Por sua vez, Pichon interessou-se pelos dois grandes escritores da modernidade literária que exprimiram, por meio de sua escrita poética, a ideia de mudar o homem a partir da fórmula “eu é um outro”: Arthur Rimbaud (1854-1891) e Lautréamont (1846-1870). Interessando-se tanto pela medicina, como pela poesia e pela política, os trabalhos de Pichon contribuíram para estabelecer uma ligação entre as duas vias de implantação da psicanálise na Argentina: a via literária (cultura, educação) e a via terapêutica (psicologia, psiquiatria).

Além disso, o manejo dos grupos restritos (até 25 pessoas) é parte do trabalho de vários profissionais nos dias de hoje no contexto do ensino e aprendizagem. Porém, para o manejo em Grupos Operativos Terapêuticos deve ser de 10 a 15 pessoas. Para proporcionar um ambiente de crescimento, amadurecimento, autopercepção e bem estar dos integrantes. Esse tipo de trabalho nos remete a concepções mais ou menos conscientes sobre o estar humano em conjuntos e sobre os modos e objetivos de intervenções nesses conjuntos. Eles têm como proposta apresentar os conceitos centrais que instrumentalizem uma ação e uma reflexão sobre os grupos. As ideias centrais vêm da teoria do médico psiquiatra Pichon-Rivière.

Nessa corrente gostaríamos de destacar o campo das teorias psicanalíticas de grupo (KAËS, 1993, 1999, 2007) cuja apresentação constitui um importante subproduto do texto ao estabelecer diálogos entre diferentes pesquisadores de influência psicanalítica. As referências a Kurt Lewin, à Gestalt e à dialética são também importantes na medida em que contribuem para o estabelecimento de outros diálogos.

Lei fundamental da dialética: A dialética postula que a realidade é contraditória em si e que os contrários se interpenetram, sendo impossível dividir uma unidade de análise de modo a eliminar a contradição. Disso decorre a negação da visão platônica de que a verdade seria a superação das contradições do mundo sensível, bem como uma opção ao formalismo aristotélico.

Lei da negação da negação: Aceitar o caráter universal da contradição não significa abrir mão de elaborar suas manifestações particulares. De fato, pela dialética, quando um par antitético aparece, essa contradição pede uma resolução, resolução esta que não será um meio-termo do par antitético, mas algo que o substitua em um “nível mais elevado”. O verbo que Hegel utiliza em alemão é aufheben, que possui o significado de negação, de conservação e de elevação a um nível mais alto (ARANHA, 1993, p. 89; e também segundo o dicionário LANGENSCHIEDTS, 1999). Assim, temos uma tese (A), uma antítese (não A) e algo que supera essa contradição, ao qual poderíamos chamar síntese, ou superação, ou ainda ultrapassagem, e representar pela letra B, para fins didáticos.

Lei da transformação da quantidade em qualidade: Um outro modo de descrever a superação é dizer que ela representa uma mudança de qualidade, e não só de quantidade, no processo. Instala-se assim uma ruptura, o par antitético que organizava a vida psíquica do grupo pode ser deixado para trás de modo que o grupo venha a ser organizado por um novo par. Esses são os momentos representados pela curva ascendente no modelo da espiral de Pichon-Rivière. Um exemplo bastante utilizado para a explicação desta lei é o da fervura da água. A água é esquentada progressivamente, o que podemos pensar como aumentos de quantidade, até atingir os 100 ºC, quando entra em ebulição, passando do estado líquido para o gasoso, o que representa uma mudança de qualidade.

 Noção de Saúde

A dialética é movimento, a enfermidade é a negação desse movimento. O movimento dialético, tal como vimos descrevendo nos grupos, pode ser interrompido, dando origem ao que Pichon-Rivière chama de estereotipia. A saúde psíquica, como Bleger afirma em Psicohigiene y Psicología Institucional (1999a), não deve referir-se somente à ausência de patologias, mas é também tributária do movimento da espiral dialética. Fazer com que os papéis circulem dentro do grupo, superar as estereotipias, gerar novas possibilidades de compreensão: essas são as formas que assume a promoção da saúde dentro do grupo operativo. Mas o que leva à paralisação da espiral? Para Pichon-Rivière é a fantasia inconsciente que impede o desenrolar do processo. Fantasia inconsciente que remeteria, em última análise, a angústias depressivas e paranoides relativas à mudança. As depressivas existiriam porque todo salto qualitativo da dialética implica a perda de uma situação anterior (e de um tipo de vínculo com o mundo construído nela); as paranoides, porque entramos em uma situação psiquicamente nova, para a qual não nos sentimos preparados.

Assim, a visão de saúde de Pichon-Rivière pressupõe uma ação humana em que figurem integradamente o sentir, o pensar e o agir. Só quando há essa integração é que se pode falar de tarefa. Sublinha-se ainda que, na visão pichoniana, como Bleger já havia aludido antes, o natural seria a integração dessas esferas, sendo a dissociação um mecanismo de defesa acionado para a proteção contra as angústias que circulam entre elas. É nesse registro, da “alienação” ou fragmentação do membro do grupo, que se coloca o problema pichoniano da “impostura”. Como define o próprio autor:

Se o grupo trabalha de modo a permitir o aparecimento e a superação das contradições tanto em seus aspectos racionais quanto emotivos o coordenador não tem necessidade nenhuma de intervir. Entretanto, se o grupo fica preso em um certo nível da espiral, se não é possível a superação dialética, ou seja, se há uma paralisia do movimento no grupo, espera-se que uma intervenção do coordenador possa ajudar a restabelecer o ciclo dialético. Lembramos que Pichon-Rivière acredita que as fantasias inconscientes seriam os obstáculos a esse movimento; nessa perspectiva, a explicitação dos conteúdos latentes seria uma forma privilegiada de atuação do coordenador. No entanto, o que caracteriza a intervenção adequada é seu caráter operativo, ou seja, a possibilidade de restituir o movimento dialético ao grupo, independentemente do modo ou conteúdo da intervenção.

Pichon-Rivière começou a trabalhar com grupos na medida em que observou a influência do grupo familiar em seus pacientes. Sua prática psiquiátrica esteve subsidiada principalmente pela psicanálise, pela filosofia e pela psicologia social. Para o autor, o objeto de formação do psicanalista devia instrumentalizar o sujeito para uma prática de transformação de si, dos outros e do contexto em que estavam inseridos. Aprender em grupo significava conviver com uma leitura criativa e crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações.

“Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como servindo ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre”. Efésios 6: 7-8

Fonte: www.revistaeducacao.com.br/2017/11/01. Acesso: 05.08.2021.

Pablo Castanho. UMA INTRODUÇÃO AOS GRUPOS OPERATIVOS: TEORIA E TÉCNICA. Revista do NESME, v.9, n. 1, pp 1-60, 2012.

 

Paula Silva

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quinta-feira, 29 de julho de 2021

COMO A CRISE EXISTENCIAL PODE GERENCIAR A SUA ANSIENDADE?


“Uma imaginação que divaga sem ter um porto seguro, pode atropelar as oportunidades que poderia se apoiar”.

 

O mundo está em uma verdadeira convulsão, devido a transformação na cosmovisão, que pode delinear uma nova dimensão das nossas percepções e estratégias, para um bom enfrentamento das situações adversas, que estamos encontrando nos nossos caminhos a cada dia.

Hoje vamos compartilhar uma pequena experiência na visão hebraica, como uma forma de traduzir para a nossa realidade essa sensação de angustia universal, isto é, as crises existenciais na vida dos seres humanos.

Em primeiro lugar devemos entender que somos seres dotados por uma capacidade incrível de inteligência, desejos, anseios, os sentidos responsáveis por captarem as ações e reações internas, bem como tudo que estar ao nosso redor. Sendo assim, é natural que tenhamos alguns questionamentos que poderão causar desconforto, medo, frustração, desânimo, incredulidade...

Então, como podemos administrar todos esses sentimentos? Entendendo que podem surgirem perguntas no nosso íntimo como:

De onde viemos?

Por que estamos aqui neste mundo?

Qual é o meu papel aqui?

Por que existem tanto sofrimento no mundo?

O que estar além da morte?

Quem de verdade comanda este universo?

Todos os seres humanos almejam o sentido da vida. Na adolescência é a fase que mais confrontam esses tipos de indagações, porém, podem ocorrerem a qualquer momento das nossas vidas. Talvez seja por esta razão, que muitos tenham tantas dificuldades de tomar decisões próprias, se permitindo viver na dimensão maria vai com as outras. Nós somos um ser complexo, cheios de paradoxos.

Segundo a visão cabalística rabínica (Rabino Dudu). Os 40 anos do povo judeu no deserto não foi apenas uma punição, mas um processo de mudanças da mentalidade, bem como um tempo para a auto reflexão sobre as suas vidas. Eles tinham um alimento especial o “maná”, entretanto, esse alimento tinha um grande mistério. O povo comia todos os dias o mesmo alimento, mas chegou uma hora que eles odiaram, e começaram a pedir a dieta do Egito. Por que eles não se contentaram com aquele alimento?

Segue algumas características do maná:

1)    Ele não engordava;

2)    Ele não produzia resíduos (fezes);

3)    Ele tinha uma cor branca brilhante como algo muito especial;

4)    Também era uma comida grátis;

5)    O “maná” tinha todos os sabores (trazendo para a nossa realidade como se fosse o sabor de pizza, hamburger, sushi, churrasco, comida vegetariana, vegana...).

Essa era a maior novidade de vida, mas o povo reclamou do maná. Por que uma comida tão especial, poderia deixar o povo judeu tão insatisfeitos? Qual era o problema do maná? No Talmud dar duas possíveis respostas:

1)    Não dava para ver o que estavam comendo, isso deixavam as pessoas com a sensação de barriga vazia, porque não estavam vendo a comida que desejavam comer.

2)    Eles não poderiam guardar para o dia seguinte.

O fato deles ficarem na agonia sem saber se teria comida no dia seguinte, eles não conseguiam saborear aquela comida que estava no prato.

Agora trazendo para as nossas realidades. Infelizmente, hoje tudo tem aparentemente uma explicação, inclusive o próprio homem, a religião, a espiritualidade e assim sucessivamente. Nós estamos preferindo explicações pobres, superficiais, acreditando na evolução a partir de uma explosão, quaisquer explicações em nome da ciência, isso tudo pode fomentar os olhos e o intelecto humano, porém, não poderão alimentar a ALMA. Logo, mesmo que a ciência trousse todas as respostas para os nossos questionamentos, isso não responderia as crises existenciais. Sabe por quê? Tudo o que pode ser guardado, quer seja na cabeça (intelecto), na barriga (alimento), e no seu bolso (dinheiro). Vão te trazer uma satisfação momentânea. Mas, quando você matar a sua fome ESPIRITUAL, isso vai te proporcionar uma sensação de satisfação e gratidão. Os profetas já diziam: “haverá um tempo que não teriam fome de comida, nem de bebida, nem de explicações científicas, filosofia, ideologias, mas uma fome da ALMA/ESPÍRITO. Mesmo que você seja uma pessoa que tenha uma alta cultura, ler bastante, mas no fundo a tua sede estar neste espaço vazio da sua ALMA.

Você sabe quem é o seu maior aliado?

As tuas dúvidas, os teus paradoxos, os teus mistérios, a tua busca insaciável da sua vida. Isso se aplica em uma dimensão que se chama: A ANSIEDADE POSITIVA, ela é quem te move para construir a sua vida. Ela é a nossa gasolina para mover os nossos sonhos e realizações.

Declarou-lhes, pois, Jesus: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.

  Paula Silva

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quinta-feira, 22 de julho de 2021

O LOBO OCCIPITAL: A REGIÃO QUE PROJETA A MANIFESTAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE?


“Sonhos e visões, as dimensões que transcendem a compreensão humana, mas conecta com o Divino para traduzir aquilo que não temos como ouvir”.

Todos os seres humanos em algum momento das suas vidas tiveram um sonho que lhe chamou a atenção. Isso não aconteceu por acaso, certamente, as interconexões entre o corpo, a alma (emoções), a mente, bem como o Espírito, pode manifestar as suas mensagens através do intelecto e memória. Além disso, é necessário entendermos que as percepções humanas vindo de um sonho ou visão é, necessário compreendermos que eles não se limitam apenas um contexto científico para se dá a devida credibilidade. Sendo assim, um dos conhecimentos mais comuns que se fala a respeito dos sonhos é: “O conhecimento empírico” (que representa ao público leigo), talvez seja pelo motivo dessa manifestação não se limitar por grau da formação acadêmica, cultura, etnias, religiosidade, etc. Esse tipo de manifestação ocorre com bastante frequência aquelas pessoas que tem um anseio por respostas ainda não bem elaborada no seu entendimento. Por outro lado, também existem as pessoas que procuram desenvolver a fé através da compreensão espiritual na dimensão material. Isso de certa forma, funciona como uma provocação para uma ativação. Mas, qual é a diferença entre sonhos e visões? Segundo os relatos empíricos os sonhos ocorrem quando você está em um sono mais profundo, as visões podem acontecer em um estágio do sono leve ou até mesmo acordado.

 O neurocientista e psicanalista Mauro Mancia, num artigo publicado no International Journal of Psychoanalysis, em 1999, ressalta as diferenças entre as abordagens neurocientífica e psicanalítica dos sonhos. Enquanto os neurocientistas se dedicam ao estudo das estruturas e funções cerebrais envolvidas na produção do sonho, os psicanalistas se interessam pelo significado deste, considerando os aspectos biológicos irrelevantes para a sua compreensão. Todavia, para outros autores, como o psiquiatra Morton Reiser, o estudo dos sonhos representa uma grande oportunidade de exploração da relação entre corpo e mente. Segundo ele, os modelos da psicanálise e da neurociência para os sonhos, embora muito distintos entre si, não devem ser vistos como antagônicos ou inconciliáveis, mas sim como complementares. Reiser acredita que uma cooperação entre esses dois campos do conhecimento poderia ser mutuamente enriquecedora (Elie Cheniaux, 2006).

De acordo com um dos pesquisadores, o neurocientista Marc Potenza, da Universidade de Yale (EUA), “estados espirituais são aqueles que através do sentimento conectam você a algo maior do que a si mesmo, uma unidade ou força que pode ser experimentada como uma energia, poder superior, divindade, figura ou consciência transcendente”.  Sendo assim, um estudo demonstrou como as experiências transcendentais causadas pela fé são processadas no cérebro humano, identificando uma região do córtex parental que parece estar envolvida no processo. Compreender essas bases da saúde mental e dos transtornos aditivos, será importante para o manejo e prevenção nas mudanças de comportamento humano de forma inadequada.

Segundo a Professora Francesca Maria Mesquita do Departamento de Neurofisiologia Clínica da Universidade de Lavras Minas Gerais, ela diz o seguinte: que mesmo não lembrando dos sonhos, isso não quer dizer que você não sonhou. Os sonhos já foram considerados mensagens de deuses, sinais de bons ou maus presságios, dentre outras relações mágicas. Mas, no início do século XX, a partir das teorias do psicanalista Sigmund Freud, os sonhos começaram a ser estudados como representação simbólica de desejos reprimidos pela mente. Os sonhos costumam acontecer na fase de sono profundo conhecido como REM (do inglês Rapid Eye Movement). Durante esta fase, a atividade cerebral é mais rápida, com episódios de movimentos oculares. Em um indivíduo saudável, o sono REM se alterna com períodos de sono mais leve, de 4 a 6 ciclos ao longo de uma noite. O momento em que a pessoa desperta parece estar relacionado ao fato de se lembrar ou não do sonho, uma vez que sua ocorrência predomina na fase REM. Além disso, as regiões encefálicas estão relacionadas à geração do sono REM, o córtex pré-frontal, que está ligado ao controle das emoções e comportamentos, bem como as regiões parietal e OCCIPITAL, são responsáveis pelas sensações e pelo processamento das informações visuais, respectivamente, estão ligados à geração dos sonhos. Logo, as lesões nessas áreas podem interferir na ocorrência dos sonhos.

Os sonhos e visões mesmo foram do contexto espiritual pode ter uma função muito importante, no processo do direcionamento da sua vida em todas as dimensões, também serve como o apontamento para o autocuidado, o desenvolvimento interpessoal e intelectual, porque devido a criação de uma linguagem simbólica pode-se traduzir como parte da nossa realidade.

Já na dimensão espiritual a história mostra o quanto tem sido importante, basta ler o livro Sagrado como a Bíblia em Daniel capítulo 2:1-49, conta sobre o desfecho da história da humanidade, da qual estamos fazendo parte neste momento das nossas vidas. Tudo foram revelados através dos sonhos e visões para as pessoas que tinham uma vida ativa espiritualmente falando, porém a outra parte era pagão.

Dica de saúde: procure tomar banho de sol na região da nuca, pois irá ajudar a relaxar para obter um sono reparador, também promove o controle da ansiedade, depressão e cansaço mental.

“Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu”. Daniel 2:19

 

Fonte: Elie Cheniaux. Os sonhos: integrando as visões psicanalítica e neurocientífica Rev Psiquiatr RS. 28(2):169-177, 2006.

www.uol.com.br/vivabem / 2018/ Acesso: 21.07.2021.

www.minasfazciencia.com.br/Acesso: 21.07.2021.

 

Paula Silva

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quinta-feira, 15 de julho de 2021

POR QUE O INSTESTINO TEM EFEITO NAS TOMADAS DE DECISÕES NA VIDA DOS SERES HUMANOS?

 “Ah, entranhas (intestinos) minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. Jeremias 4:19

Todos os seres humanos em algum momento da vida, quer seja de forma consciente ou não, já passou por alguma situação positiva ou negativa, que causou um certo desconforto no seu intestino. Isso serve para corroborar com as contribuições que, a ciência está apontando como um órgão que tem uma participação direta no comportamento humano.

Como o nosso intestino pode ter autonomia para tomadas de decisões?

Segundo a Dra. Megan Rossi, especialista australiana em saúde intestinal, relatou a BBC que, hoje devemos prestar mais atenção às nossas barrigas. Aqui, apresentamos alguns fatos surpreendentes sobre o nosso “Segundo cérebro”. ele tem mais neurônios que a espinha dorsal e agem independentemente do sistema nervoso central. Esse cérebro “independente” em nossas entranhas e sua complexa comunidade microbiana influenciam o nosso bem estar geral.

Além disso, os médicos acreditam cada vez mais que a função do nosso sistema digestivo, vai muito além de simplesmente processar a comida que ingerimos. Isto é, existem pesquisas que estão investigando se ele poderia ser usado para o tratamento de doenças mentais ou do sistema imunológico.

Diferentemente de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem sua própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer. Se você teme os possíveis efeitos de determinado alimento, mas o consome mesmo assim, é possível que desenvolva sintomas intestinais. O que “governa” o intestino é do chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma “sucursal” do sistema nervoso autônomo do corpo, ou seja, o responsável por controlar diretamente o sistema digestivo. Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos neurais. Embora funcione de forma independente, ele se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático. Nos seres humanos 2.70% das células do sistema imunológico vivem no intestino. De acordo com a Dra. Rossi, isso torna a saúde do nosso intestino a chave para nossa imunidade às doenças. Investir em uma dieta diversificada ajuda a melhorar o micro bioma intestinal. Isso significa que não são apenas restos de comida: aproximadamente metade das nossas fezes são formadas por bactérias. Muitas dessas bactérias são boas, logo terá como utilidade nos transplantes de fezes que podem se tornarem uma forma de tratamento vital, para alguns pacientes com um micro bioma intestinal debilitado. O normal para ir ao banheiro seria de 3 vezes ao dia ou até 3 vezes por semana.

Se você tem apresentado problemas intestinais, algo fundamental que você precisa fazer é, observar o quanto de estresse você está submetido. De acordo com a Dra. Rossi, na minha prática clínica eu sempre digo aos pacientes que façam 15 ou 20 minutos por dia de meditação. Depois de fazer isso todos os dias durante quatro semanas, e transformar em hábito, vejo que apenas com isso os sintomas já melhoram.

Também é importante pensar que a maior parte da serotonina do corpo, estima-se que uma proporção de 80% a 90%, são encontradas no trato gastrointestinal. A serotonina é um neurotransmissor que afeta muitas funções corporais, como o peristaltismo intestinal. Isto é, o movimento involuntário que o intestino faz para empurrar o bolo alimentar e permitir que a digestão aconteça no lugar certo. Ela também está associada a muitos transtornos psiquiátricos. Sua concentração pode ser reduzida pelo estresse e influência o humor, a ansiedade e a felicidade. Vários estudos com seres humanos e animais têm mostrado evidências sobre diferenças encontradas no micro bioma intestinal dos pacientes com transtornos mentais, como a depressão. Por isso, uma área incipiente de investigação psiquiátrica tem a ver com a prescrição de “psicobióticos”: em essência, um coquetel probiótico de bactérias saudáveis, para melhorar a saúde mental.

Sendo assim, existem várias recomendações para nós mantermos os nossos intestinos funcionais de forma equilibrada e eficiente.

Primeiro: ingerir alimentos mais naturais possíveis como os cereais, frutas frescas, legumes. Evitar ou diminuir o consumo das carnes, principalmente a vermelha devido a demora que pode chegar até 10 horas para fazer a digestão e eliminação dos resíduos; açúcar refinados que são um dos principais causadores das inflamações e das renites; queijos curados devem ser evitados, dando preferência aos queijos frescos.

Segundo: ingerir água (H2O) de acordo com a sua necessidade diária. Ela facilita a hidratação da mucosa intestinal, absorção dos nutrientes, bem como as distribuições desses nutrientes obtidos dos alimentos, através da circulação sanguínea, emoliente do bolo fecal para facilitar a eliminação evitando uma possível hemorroida.

Terceiro: exercício físico que pode ativar as substâncias promotora do bem estar como a serotonina. Diminuição do estresse, ansiedade e controle da depressão.

Quarto: evitar o consumo das bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos foram da indicação médica. O álcool promove uma desidratação, devido o excesso de estímulo renal causado pelas bebidas que tem efeitos diuréticos. As pessoas não consomem água e acabam perdendo o excesso de líquidos sem reposição adequada. 

Fonte: www.bbc.com/Acesso: 14.07.2021.   

Paula Silva

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sexta-feira, 9 de julho de 2021

O LOBO FRONTAL: A CENTRAL DO COMANDO DO PODER DAS AÇÕES

 “A capacidade de controlar as nossas vontades, pode ajustar o poder das tomadas das decisões assertivas e criativas nas nossas vidas”.

 

O cérebro humano é comparado uma central de controle de uma estação elétrica, que tem uma capacidade incrível de atender vários comandos simultaneamente. Hoje, vamos conhecer parte dessa central, o LOBO FRONTAL.

O Córtex Cerebral é a camada mais alta e externa do encéfalo, ou seja, dos dois hemisférios. Trata-se de uma capa de substância cinzenta de mais ou menos 0,3 centímetros de espessura. Os sulcos e fissuras do Córtex Cerebral é que definem suas regiões em, por exemplo, Lobo Frontal, Lobo Temporal, Parietal e Occipital.

 O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que, temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar e em que ordem e avaliar o seu resultado.

As suas funções parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva.

Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou, que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.

Propriedades características do córtex pré-frontal: Poucas entradas sensoriais primárias e falta de saídas diretas para o córtex motor primário. Porém: Padrão único de conectividade supramodal. Em particular, ricas interconexões com áreas corticais de associação (em particular áreas sensoriais terciarias) e estruturas do sistema límbico como a amígdala, o hipocampo e o núcleo accumbens. Isto é, alto grau de plasticidade e vulnerabilidade.

Entretanto, quando se trata da memória em relação ao trabalho ele define algumas estratégias de execução e planejamento. A memória de trabalho, que alguns acreditam ser parte da memória de curto prazo, atua no momento em que a informação está sendo adquirida, retém essa informação por alguns segundos e a destina para ser guardada por períodos mais longos ou a descarta. Quando alguém nos diz um número de telefone para ser discado, essa informação pode ser guardada se for um número que nos interessará no futuro ou, ser prontamente descartada após o uso. O funcionamento perfeito do córtex pré-frontal é essencial para esse tipo de memória.

Sendo assim, o Córtex Pré-Frontal, considerado uma formação recente na evolução das espécies e a sede da personalidade e da vida intelectiva, modula a energia límbica e tem a possibilidade de criar comportamentos adaptativos adequados ao tomar consciência das emoções. Na ausência desta parte do Córtex, as emoções ficam fora de controle, são exageradas e persistem após cessar o estímulo que as provocou, até que se esgote a energia nervosa. Por outro lado, o Sistema Límbico através do Hipotálamo, pode exercer um efeito supressor ou inibidor sobre o neocórtex, inibindo momentaneamente a cognição e até o tônus muscular tônico, como se observa nas fortes excitações emocionais.

O relacionamento concreto entre regiões corticais e as emoções ocorreu em 1939. Nesse ano os pesquisadores Heinrich Klüver e Paul Bucy observaram uma síndrome comportamental dramática em macacos depois de submeterem os animais a uma lobotomia temporal bilateral. Os macacos, apesar de muito selvagens e agressivos, tornaram-se mansos e demonstravam um apagamento das emoções.

Esse embotamento das emoções se manifestava, inclusive, como uma espécie de cegueira emocional; os animais não se mobilizavam com objetos familiares, nem com os de sua espécie.

Já em relação a função executiva, são conjuntos de operações mentais que organizam e direcionam os diversos domínios cognitivos categoriais para que funcionem de maneira biologicamente adaptativa. Para que a utilização dos recursos físicos e sociais seja econômica e eficaz, não basta que os domínios cognitivos categoriais estejam intactos, é essencial que, além disso, sejam integrados aos propósitos de curto, médio e longo prazos dos indivíduos.

Um dos axiomas da Neuropsicologia é que o funcionamento executivo confere autonomia ao indivíduo em relação ao seu meio ambiente.

Quando as funções executivas falham, o indivíduo perde a autonomia, tornando-se anormalmente dependente, o que é descrito, por exemplo, como “passividade”, “docilidade”, “indiferença”. Outra condição clínica comum é a síndrome do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade da criança.

O córtex pré-frontal desempenha papel fundamental na formação de metas e, objetivos no planejamento de estratégias de ação necessárias para a consecução de objetivos. Ele seleciona as habilidades cognitivas requeridas para a implementação dos planos, coordena essas habilidades e as aplica em uma ordem correta. Finalmente o córtex pré-frontal é responsável pela avaliação do sucesso ou do fracasso de nossas ações em relação aos nossos objetivos.

Além disso, precisamos usarmos ferramentas adequadas como aliadas, para melhorar essas atividades mentais e emocionais, adotando um estilo de vida mais saudável. Isto é, uma alimentação sem carne ou reduzida, açúcar refinado que é altamente prejudicial nas tomadas de decisões e concentração, o consumo das frutas doces com as frutas ácidas tem o mesmo efeito das bebidas alcoolizadas, devido a fermentação, bem como o açúcar com leite. Procurar não ingerir líquidos na hora das refeições, para facilitar a digestão e absorção dos nutrientes e, evitar a famosa sonolência pós pradial. O ideal seria uma hora antes ou depois. Fazer refeições leves antes de dormir. O não consumo das bebidas alcoólicas, substâncias psicoativas, tabaco, medicamentos foram do contexto de um tratamento médico, todos são substâncias que poderão impedir o manejo das suas emoções, planejamento estratégicos no trabalho, visão ampliadas dos riscos no meio em que você esteja inserido. O planejamento estratégico começa com a educação das nossas emoções (vontades), como você é uma pessoa inteligente vai buscar ajuda para viver uma vida de abundância nesta terra. 

 

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:2

 

Fonte: Maria Critis. “Aspectos neuropsicológicos do córtex pré-frontal”. Instituto de Psicologia Aplicada e Formação Especializada em Neuropsicologia Clínica – São Paulo – SP – julho/2010.

 

 

Paula Silva

Instituto Telifá – Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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quinta-feira, 1 de julho de 2021

AMÍGDALA CEREBRAL QUE MODULA AS EMOÇÕES E APRENDIZAGEM

 “A boca fala, a alma sente, mas o corpo reage aos sentimentos do medo”.

 

O mundo está na busca de uma base para consolidar o equilíbrio na saúde física, emoções, espiritualidade e meio ambiente. No entanto, devemos entender que esse equilíbrio é parte de um processo de educação, que vem da TEMPERANÇA E RESPIRAÇÃO PROFUNDA, diante dos desafios em todas as áreas das nossas vidas. Faça isso por dez vezes que irá melhorar o seu padrão de oxigenação cerebral. Temperança, significa ter moderação, equilíbrio e parcimônia (ato de economizar por estar focada nos pequenos aspectos, ou seja, uma economia minuciosa) em nossas atitudes diariamente. Já uma respiração eficaz necessita de um local mais ventilado, de preferência perto da natureza, procura desconectar de tudo aquilo que potencializa as dores provocadas pelo medo. Esse sentimento ele é paralisante. Então, use as suas energias a seu favor para corrigir esse tipo de sofrimento emocional através da ação da AMÍGDALA, ela promove rota de fuga, mas também de estabilização com a aprendizagem de uma nova maneira de lidar, com aquelas situações que estão foram do seu controle.

Além disso, a sinergia do corpo ocorre a partir das reações bioquímica, que em conjunto com as emoções gerando reações profundas. A amígdala é uma estrutura localizada no lobo temporal dos mamíferos, formada por diferentes núcleos e tradicionalmente relacionada com o sistema emocional do cérebro. Ela é altamente implicada na manifestação de reações emocionais e aprendizagem de conteúdo emocionalmente relevante. Esta estrutura apresenta um relativo dimorfismo sexual e está relacionada com a manifestação de comportamentos sociais.

Alguns autores propuseram uma função alternativa da amígdala ao considerá-la parte de um sistema modulador da memória. Numerosos dados experimentais corroboram ambas as funções. Na fase do desenvolvimento existe a relação da amígdala com as emoções que, centrou-se no estudo do condicionamento do medo, através do qual um estímulo emocionalmente neutro é capaz de produzir reações emocionais pela sua associação temporal com um estímulo adverso. Constatou-se que a amígdala é necessária para a aprendizagem e a expressão deste condicionamento, e, portanto, está envolvida na aprendizagem emocional. Quanto à relação da amígdala com a modulação da memória, há que destacar os resultados que demonstram, que nem sempre é necessária para a aprendizagem e a memória, mas sim para que se manifestem os efeitos moduladores sobre a memória de diferentes substâncias. A amígdala modularia o armazenamento da memória em outras zonas do cérebro, como o núcleo caudado ou o hipocampo. Entretanto, quando a amígdala apresenta um tamanho maior do que o normal, pode ser um indicador de uma infância com traumas bem significativo, que não foi bem elaborado no período do desenvolvimento da criança (Torras et al., 2015).

Os hábitos errôneos no comer e beber levam a erros em pensar e agir. A condescendência com os apetites incorretos, podem fortalecerem as propensões grosseiras nas atitudes, bem como da moralidade, dando-lhes a ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais de uma forma incoerente com aquilo que você deseja crer e viver (Ellen G. White).

“Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar”. 1 Coríntios 10:13

 

M. Torras, I. Portell, I. Morgado. A amígdala: implicações funcionais. Ver. Neurol. 33. 471-476, 2001.

Ellen G. White. Temperança, p. 20, 2005.

www.significados.com.br/Acesso: 01.07.2021.

 

 

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

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