quarta-feira, 14 de abril de 2021

O HOMEM NA ATUALIDADE ESTÁ ENFRENTANDO A DEPRESSÃO OU A FRUSTRAÇÃO?


“O homem deixou de ter um corpo e passou a ser um corpo, para conectar com uma alma que pode expressar a magia da vida plena nesta terra”.

 

Todos os seres humanos neste momento histórico da humanidade, estão passando por um processo de mudanças em alguma área das suas vidas. Mas, principalmente, no contexto do papel do corpo humano. Segundo a tradição hebraica ministrada em aula pelo Rabino Dudu, tem uma razão muito especial por traz de tudo isso. Cada vez mais está claro, que a alma está ligada ao corpo. O corpo é o maior espelho da alma. Entretanto, as religiões e tradições como o cristianismo, o islamismo, o judaísmo e o budismo tinham uma visão distorcidas das funções do corpo em relação a espiritualidade, logo lutavam contra o corpo, rejeitando o corpo, porque consideravam ser um alvo para as tentações, ou seja, para praticar os pecados que significa as transgressões das leis divina, bem como o autocuidado sendo considerado como vaidade. Porém, a alma sem o corpo não consegue chegar à Deus.

Além disso, houve grandes mudanças nos pensamentos humanos, devido uma visão contemporânea cartesiana. O que isso significa para os dias atuais na humanidade?

Segundo Marcelo Correa Medeiros, estamos vivenciando uma análise crítica e contemporânea da nossa sociedade, que certamente chegamos à conclusão de que o nosso modelo de desenvolvimento está incompleto: realizamos grandes avanços tecnológicos e econômicos, porém, não medimos as consequências; não percebemos que a ideia de que “os fins justificam os meios”, amplamente aplicada nos meios governamentais, empresariais e pessoais, está produzindo graves efeitos colaterais, como o acelerado processo de destruição do planeta, do meio ambiente; a exclusão e descaracterização do ser humano, a institucionalização da violência, da corrupção, da falta de ética; desvalorização da vida, de um modo geral. Além disso, um dos principais influenciadores do nosso modelo de desenvolvimento, é o MÉTODO OU VISÃO CARTESIANA, que teve como idealizador o filósofo, físico e matemático francês René Descartes (1596-1650). Seu foco é a ordem, a clareza e a distinção, inspirado no rigor matemático e racionalista; o método de Descartes é analítico, consiste em decompor pensamentos e problemas em suas partes componentes e coloca-los em uma ordem lógica; baseia-se na fragmentação do pensamento para facilitar a resolução de problemas, dividindo-os em partes.

É inegável que o Método Cartesiano contribuiu para o desenvolvimento de teorias científicas e, a realização de complexos projetos tecnológicos; contribuiu para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico da humanidade. Vivemos hoje um processo de transição para a sociedade da informação ou do conhecimento, tendo em vista a chamada “ubiquidade” (onipresença) das TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação; numa verdadeira revolução tecnológica, comparada inclusive com a revolução industrial, em termos de impacto mundial. Devemos considerar ainda, a influência da visão cartesiana aplicada na gestão empresarial, como a departamentalização, segregação de funções e setores, organização e divisão de tarefas, na estrutura organizacional e na otimização de resultados; entre outros impactos relevantes no âmbito corporativo ou empresarial. Mesmo gratos e, ao mesmo tempo impressionados com o nosso progresso econômico e  principalmente tecnológico, não podemos deixar de analisar esse desenvolvimento com uma visão crítica, considerando que a fragmentação do pensamento, característica da visão cartesiana, nos ajudou a solucionar problemas técnicos complexo, porém, teve como uma das consequências negativas, o estabelecimento de uma visão míope do mundo, da realidade, das coisas; “vemos a árvore, mas não conseguimos enxergar a floresta” , não conseguimos ter a “visão do todo” ou a “visão sistêmica”, com impactos extremamente limitadores do desenvolvimento sustentável de pessoas e consequentemente das organizações.

Sendo assim, o conhecimento, nessa nova perspectiva, dá-se a partir da própria experiência do sujeito. Todo saber, seja ele científico ou não, deriva do mundo vivido, ou seja, dos pensamentos, percepções e vivências na interação cotidiana do mundo social. Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de visão minha ou de uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada. O universo da ciência é construído sobre o mundo vivido e, se queremos pensar a própria ciência com rigor, apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos, primeiramente, despertar essa experiência do mundo da qual ela é a expressa. No caminho para a consciência corporal vamos tomar como ponto de partida o conceito de corporeidade, pois ele integra o que o ser humano é, e pode manifestar neste mundo. A corporeidade nesta percepção rompe com o modelo cartesiano, não havendo distinção entre essência e existência, ou a razão e o sentimento. O cérebro não é o órgão da inteligência, mas o corpo todo é inteligente; nem o coração, a sede dos sentimentos, pois o corpo inteiro é sensível (FREITAS, 1999, p. 62). Freitas corrobora com a ideia de que o corpo é ao mesmo tempo sentimento, movimento e pensamento. Nesse sentido, a corporeidade implica a inserção de um corpo humano em um mundo significativo, a relação dialética do corpo consigo mesmo, com outros corpos expressivos e com os objetos do seu mundo, significando dizer que se torna o espaço expressivo por demarcar o início e o fim de toda ação criadora, o início e fim de nossa condição humana. De forma que o nosso corpo, como corporeidade, como corpo vivenciado, não é o início e nem o fim, é sempre o meio, no qual e por meio do qual o processo da vida se perpetua. O corpo deixa de ser análise para se tornar síntese, bem como o conceito de corporeidade situa o homem como um ‘corpo no mundo’, uma totalidade que age movida por intenções ((NETO et al., 2007, p. 165; Rocha, 2009).

É nesse contexto, que gostaria de finalizar com uma visão geral em relação a esse tema a “Consciência Corporal”. O homem foi dotado de uma inteligência incrível, porém, muitas pessoas estão com desordens comportamentais, devido a falta de uso da mesma, ou seja, a sua capacidade, habilidade precisam serem desenvolvidas a partir dos estímulos de forma intencional. A grande maioria das pessoas que estão lutando com a depressão na verdade, estão com uma frustração por não estar fazendo, o que deveria fazer ou, ser quem deveria ser, conforme o propósito do criador do universo. Nós temos essa necessidade de conexão com a alma, corpo e espírito para alargar as fronteiras internas e externas do homem. Essa frustração é saudável, pois mobiliza o homem para a direção da mudança, do autoconhecimento e fortalecimentos dos seus valores e crenças.

“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo”. 1 Coríntios 6:19-20

 

Fontes: 1. Ione Paula Rocha. Consciência corporal, esquema corporal e imagem do corpo. Corpus et Scientia, vol. 5, n. 2, p. 26-36, setembro 2009.

2. Marcelo Correia Medeiro. Visão Cartesiana x Sustentabilidade e Cooperação (administradores.com.br): Acesso: 14.04.2021.

 


Paula Silva

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quinta-feira, 8 de abril de 2021

O EFEITO DA MÚSICA NO COMPORTAMENTO HUMANO

 “A música expressa o que as palavras não conseguem e, o que não pode deixar de ser dito.” Victor Hugo

 

Estamos vivendo em uma sociedade com grandes potenciais de mudanças na nossa cultura. Porém, um dos maiores desafios será na escolha de líderes influenciadores, capazes de manejar os anseios do povo, com suas respectivas visões pessoais no processo da construção dessa ponte de transição, principalmente no contexto da música. Em primeiro lugar, devemos entender o significado das palavras, para elas ganharem maiores profundidade e densidade dentro do nosso espírito, bem como para fortalecer a memória daquilo que já foram construídos ao longo da história pessoal e coletivo. Isto é, a palavra cultura deriva do latim, colere, que tem como significado literal “cultivar”. Logo, percebemos que se trata de uma herança acumulada ao longo dos anos, e que deve ser preservada. Sendo assim, cada pessoa pertencente a uma determinada nação que agrega valores culturais, os quais a levarão a fazer ou expressar-se de forma específica. Esse mecanismo de adaptação é um dos principais elementos da cultura, e torna-se ainda mais importante quando se alia ao fator cumulativo. As modificações que se desenvolveram e que foram trazidas por uma geração que passam para a geração seguinte, e se implementam ao melhorar aspectos importantes para as futuras gerações. Além disso, o termo cultura acabou sendo divido em algumas categorias para facilitar a nossa compreensão na aplicação no dia a dia:

A cultura no contexto da filosofia: trata-se de um conjunto de manifestações humanas, de intepretação pessoal, e que condizem com a realidade;

Cultura segundo a antropologia: o termo deve ser compreendido como uma soma dos padrões aprendidos, e que foram desenvolvidos pelo ser humano;

A famosa cultura popular: ela associa-se a algo criado por um determinado grupo de pessoas que possuem participação ativa nessa criação. Temos como exemplo a música, a arte e a literatura todas elas têm fortes influências da cultura regional, nacional e mundial.

Sendo assim, por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a cultura de um povo se caracteriza como um modelo comportamental, integrando segmentos sociais e gerações à medida que o indivíduo se realiza como pessoa e expande suas potencialidades.

De acordo a Profetisa, Escritora e Co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo dia Ellen Good White de origem norte americana, diz o seguinte no Livro Educação, p. 166.

A música, muitas vezes, é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação, ou seja, induzir as pessoas ao erro e práticas imorais. Se a música for empregada corretamente, tornará um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos as coisas mais altas e nobres, bem como inspirar e elevar a alma”. Esse texto dela está confirmando, o que os grandes filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles já diziam muitos antes, a respeito dos efeitos da música na construção da vida humana, isto é, como ela influencia a alma humano nos processos de manejo das suas dores e alegria, mas também da moralidade tratando principalmente o caráter. Além disso, Aristóteles avança em suas considerações, enumerando algumas razões que justificariam sua inclusão na educação, sempre deixando claro que não é nada fácil estabelecer o que é nem a razão pela qual ela deve ser cultivada na educação. Mas, em certas situações, a música enseja divertimento e recreação do mesmo modo que o sono, a bebida e a dança. Em outras, conduz à virtude, podemos formar a alma e o caráter dos indivíduos e, ainda, proporcionar o descanso e o cultivo da inteligência (Rosa Dias, 2014).

Hoje, estamos presenciando uma decadência na música em termos de letras, ritmos e harmonias, que estão cada vez mais contribuindo com a autodestruição dessa geração de crianças, adolescentes, jovens e adultos, pois a suas letras valoriza a violência, ostentação desumanização em termos da falta de amor próprio e coletivo. Essa depreciação da música também chegou aos altares cristãos, pois o que mais se ver é a busca pela própria glória, deixando de honrar e glorificar a Deus. As letras são extremamente estridentes ou deprimentes. Precisamos resinificar os louvores que trazem uma mensagem que educa a alma humana, que possa ajudar a fazer as mudanças necessárias na vida de cada pessoa em termos de moralidade e espiritualidade. Mas, gostaria de finalizar com uma palavra de incentivo principalmente, para aquelas pessoas que tem o poder de influenciar os grupos, quer seja a nível familiar, amizades, comunidades e mundiais através das suas redes sociais ou pessoal. Você tem o poder de reconectar todos aqueles que te admira com algo maior e melhor nesta vida, isto é, com o criador dos céus e da terra o nosso Yahweh/Deus. Ele pode te conceder algo extraordinário em todas áreas da sua vida, pois ele foi quem criou os tons, os ritmos e as harmonias, bem como os instrumentos, os instrumentistas e os ouvintes.  

Seja a ponte que faça o elo da vida abundante nesta terra, através da arte a “MÚSICA”.

Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o SENHOR é DEUS; foi ele que nos fez, e dele somos; o seu povo e rebanho do seu pastoreio. Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade. Salmo 100:1-5

 

1. DIAS, R. Ensaios Filosóficos, Volume X – dezembro/2014.

2. A influência da cultura na formação do cidadão – Diário do Amapá - Compromisso com a Notícia (diariodoamapa.com.br). Acesso: 08.04.2021.

 

Paula Silva

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terça-feira, 30 de março de 2021

COMO O JEJUM PODE HARMONIZAR O A SUA VIDA?


 

“O jejum é o porta voz do corpo, alma, mente e espírito.”

 

Todos os seres os humanos passam por mudanças significativas em vários momentos da vida cotidiana. Logo, para cada processo é necessária uma energia revitalizadora para ancorar a força interior, isto é, aquela capacidade de visualizar as circunstâncias de forma mais real e clara. Sendo assim, o jejum terá um papel fundamental neste processo, ou seja, vai facilitar a visualização de todas as etapas para você conseguir chegar aos seus objetivos.

Segundo o Dr. Yoshinori Ohsumi, biologista celular e Nobel de Medicina em 2016, constatou que o jejum é uma arma poderosa a favor da saúde. Neste estudo foi comprovado a renovação celular e os benefícios diversos da dieta restritiva, já citados por Mattson em sua palestra ao TEDx. Nesse estudo foi avaliado um mecanismo chamado de reação de “Autofagia”. Entretanto, criou uma grande polêmica ao comprovar que ficar um tempo sem comer elimina as células ruins do organismo e, posteriormente cria células novas, mais eficazes para o bom funcionamento do nosso corpo, além de ser eficaz no combate dos malefícios do envelhecimento e na cura das doenças degenerativas. Sendo assim, não faltam estudos e especialistas renomados apoiando o jejum como uma poderosa ferramenta para nossa saúde. Se ficou com vontade de começar esse novo “desafio”, é preciso ser responsável. Em hipótese alguma pare de comer sem a supervisão de um profissional qualificado.

Além disso, o jejum faz coisas boas ao cérebro, e isso é evidenciado pelas mudanças neuroquímicas benéficas que acontecem no cérebro quando em jejum. Também aumenta a função cognitiva, fatores neuro tróficos, resistência ao dano e reduz a inflamação, bem como responde de forma mais eficiente aos desafios na forma de adaptação, como exemplos podemos ver através das vias de respostas ao dano celular, que irão ajudar o seu cérebro a lidar MELHOR com o dano e o risco de doenças. Além disso, as mesmas mudanças que ocorrem no cérebro durante o jejum imitam as mudanças que ocorrem com o exercício regular. Todos esses achados científicos poderão beneficiar as pessoas que possuem doenças crônicas como diabetes, hipertensão, epilepsia, câncer, bem como os transtornos biopsico que são caracterizados em várias vertentes, mas podemos incluir de forma bem prática a dependência e codependência química, que estão inseridos os alcoolistas, tabagistas e aos adictos.

Também, a prática do jejum pode influenciar na caminhada espiritual, nos ajudando a entender as emoções e nos conduzir ao autoconhecimento. O hábito de jejuar é uma tradição antiga, presente em grande parte das religiões, especialmente as monoteístas. Ocorre há cerca de 21 séculos, no Cristianismo e no Judaísmo, e há 14 séculos no Islã.

De acordo com uma grande Profetisa, Escritora e Co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Ellen Good White). Muitos dos que iam ter com Cristo em busca de auxílio, haviam trazido sobre si a enfermidade; todavia, Ele não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que dEle provinha penetrava nessas pessoas, elas experimentavam a convicção do pecado, a palavra pecado significa a transgressão das leis de saúde, morais, espirituais, civis e, assim por diante, logo muitos eram curados de sua enfermidade espiritual, bem como da doença física (Ciência do Bom Viver, p. 42).

A revelação divina validou o poder do jejum, através do homem divino Jesus Cristo quando esteve aqui na terra. Cristo Se submeteu à prova na questão do homem. Isto é, Ele se submeteu ao um longo jejum de 40 dias e 40 noites no deserto, isso deveria ser uma lição ao homem caído, através de todos os tempos. É claro que o homem (humano) por si só não conseguiria, mas o contexto é que na medida do possível o homem deveria praticar o jejum dentro das suas realidades. Cristo não foi vencido pelas fortes tentações do inimigo, sendo assim, também pode ser uma motivação para toda pessoa que luta contra a tentação. Cristo tornou possível, a qualquer membro da família humana, resistir à tentação. Todos os que querem viver vida piedosa, ou seja, com autoridade sobre o mal podem vencer, como Cristo venceu, pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra de seu testemunho. Aquele longo jejum do Salvado fortaleceu-o para resistir. Deu Ele prova ao homem de que começaria a obra de vencer justamente onde começou a ruína humana na questão do apetite (Carta 158, 1909; Conselho Sobre Regime Alimentar, p. 186).

 Logo, em Seus milagres, o Salvador revela o poder que está continuamente operando em favor do homem, para manter e curar. Por intermédio de agentes naturais, Deus está operando dia a dia, hora a hora, momento a momento, para nos conservar em vida, construir e restaurar-nos. Quando qualquer parte do corpo sofre um dano, inicia-se imediatamente um processo de cura; os agentes da natureza põem-se em operação para restaurar a saúde. Mas o poder que opera por intermédio da participação humana, é o poder de Deus. Todo poder comunicador de vida tem nEle (Cristo) sua origem. Quando alguém se restabelece de uma enfermidade, é Deus que o restaura. Doença, sofrimento e morte são obra de um poder antagônico. Satanás é o destruidor; Deus, o restaurador. As palavras dirigidas a Israel verificam-se hoje naqueles que recuperam a saúde do corpo ou da alma. “Eu sou o Senhor, que te sara.” Êxodo 15:26.

Além disso, que cada um de nós possamos buscarmos mais orientações médicas, bem como uma nutricionista ou outro profissional que esteja habilitado para dar as melhores orientações de como fazer o jejum, com a convicção de que, procurar adotar novos estilo de vida é necessário a persistência e a permanência, para alcançar os seus maiores objetivos na dimensão espiritual, emocional, mental, saúde física e, a superação nos relacionamentos interpessoais.  

Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram. Atos dos Apóstolos 13:2-3

 

Paula Silva

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quarta-feira, 24 de março de 2021

O PODER DOS SONHOS NO PROCESSO DA AUTOCURA


 

Eles responderam: “Tivemos sonhos, mas não há quem os interprete”. Disse-lhes José: “Não são de Deus as interpretações? Contem-me os sonhos”. Gênesis 40:8

Os sonhos sempre foram as ferramentas, que o homem usou para conseguir administrar os dois universos, ou seja, o mundo interior e o exterior. Entretanto, o mais importante nesse processo do sonho é a sua interpretação. É nesse ponto que tem sido desafiador para a maioria das pessoas, porque nesta questão os elementos envolvidos são os responsáveis pela sua intepretação, que não cabe dentro de um processo apenas intelectual. Sendo assim, antes de observarmos as questões mais relevantes para o processo da AUTOCRUA. Vamos conhecer algumas linhas de pensamentos a respeito deste tema em questão.

A primeira visão será compartilhada baseada na cultura hebraica. Segundo a cabala dos sonhos, ministrada pelo Rabino Dudu. Sonho em hebraico (SHALOM), que significa CURA. Eles reconhecem a presença do infinito (Deus), que está dentro de cada pessoa. Mas também, eles consideram o Tetragrama que forma o nome de Deus como um instrumento natural para ajudar explicar a importância dos sonhos. Isto é, por trás de cada letra do alfabeto hebraica existe um código com os seus respectivos significados tais como: YOD (inconsciente que é igual a inteligência, que vem das ideias, logo é responsável pela criatividade); REY (entendimento que significa binar, que é igual aprofundar); VAV (ela simboliza as seis letras das emoções); e REY (significa o comportamento prático das suas ideias). Logo, o inconsciente só trabalha bem no sono profundo, porque a pessoa não está pensando naquele momento para interferir nos processos da construção dos sonhos. Além disso, para você entender a importância dos sonhos, primeiro deve-se ser aquela pessoa que gosta de viver com profundidade.

Na segunda visão, será apresentado o papel do Dr. Sigmund Freud, na publicação do livro “A interpretação dos sonhos”. Segundo os relatos que ele apresentou consistentemente, aquilo que daí para a frente definiria o campo psicanalítico, a psicanálise, a saber, a realidade psíquica. Sendo assim, a realidade psíquica é construída e armazenada nas profundezas de nosso ser, desde tempos imemoráveis, e sempre novamente despertada, fazendo novas conexões e sendo transformada pelas experiências acumuladas ao longo da vida. Entretanto, Feud deixou registrada a importância da obra para ele (Prefácio à 3ª edição inglesa, 1931). Logo, o tema dos sonhos e a psicanálise andam de mãos dadas, tanto na atualidade do encontro analítico, no desvendamento contínuo de seus processo subjacentes, quanto ao imaginário público e cultural. Podemos pensar que esta marca da constituição do campo psicanalítico que é a importância dada aos processos oníricos/sonhos, sua investigação levando a esclarecimentos dos processos psíquicos em geral e, com base nisso, a sua utilização para a investigação da mente singular e dos sentidos psíquicos, torna a relação entre psicanálise e sonhar indissociável (Elsa Vera Kunze, 2017).

Já na terceira visão, podemos observar que a concepção pré-científica do sonho dos antigos certamente se encontrava em harmonia plena com sua visão geral do mundo, que costumava projetar como realidade sobre o mundo exterior o que só tinha realidade na vida psíquica. Além disso, levava em conta a principal impressão deixada na vida de vigília pela lembrança do sonho que resta de manhã, pois nessa lembrança o sonho contrasta com o conteúdo psíquico restante como algo estranho, como que proveniente de outro mundo. A propósito, estaríamos equivocados se pensássemos que a doutrina da origem sobrenatural dos sonhos carece de seguidores nos nossos dias. Sem falar dos escritores pietistas e místicos, que fazem bem ao manter ocupadas as regiões outrora extensas do sobrenatural, enquanto não sejam conquistadas pela explicação da ciência natural, encontramos homens sagazes e avessos a qualquer aventura, que tentam justificar sua fé religiosa na existência e na intervenção de forças espirituais sobre humanas, justamente pela falta de explicação dos fenômenos oníricos (Haffner, 1887). O apreço pela vida onírica por parte de algumas escolas filosóficas como a dos Schellinguianos é um claro eco da natureza divina do sonho, incontestada na Antiguidade, e tampouco se encerrou o debate sobre o poder divinatório do sonho, sua capacidade de anunciar o futuro, porque as tentativas de explicação psicológica não bastam para cobrir o material acumulado, embora as simpatias de todos os que se renderam ao pensamento científico tendam inequivocadamente a rejeitar esse tipo de afirmação.

Sendo assim, gostaria de concluir com uma visão pessoal, pois contra os fatos não há contestação. Hoje, a minha visão está de acordo com o pensamento hebraica, mas também tenho plena convicção que há uma participação do processo curativo, dentro dos contextos abordados da psicanálise e filosófico. Além disso, o sonho na verdade é uma resposta das demandas do seu inconsciente e subconsciente que, revelam tantos as situações vividas, quanto aquelas que são reveladas a partir de algo que está fora da finitude humana. Isto é, a divindade tem uma participação neste processo, porque uma das explicações do sonho ocorre exatamente no momento em que o homem não tem controle, ou seja, na fase mais profundo do seu sono.  Logo, a parte que cabe a cura seria exatamente os ajustes dentro do processo das revelações, que são elaboradas para serem entendidas e trabalhadas, para tirar a sua mente (emoções) e, o corpo do sofrimento, ou seja, é neste momento que vai acontecer aquele ajuste para você viver o processo do verdadeiro prazer que promove alivio e bem estar. Quando você sonha o seu corpo e as suas emoções estão comunicando algo, que te leva para uma outra dimensão do seu autoconhecimento, proporcionando um desfecho favorável, mesmo naqueles momentos que você sonha com algo que considera ruim, porque esta é a forma de te preparar para lidar com qualquer situação correspondente.

Entretanto, uma das coisas mais encantadoras neste aspecto, está na sua intimidade mais profunda com o infinito (Deus). Isto é, quanto mais você se aproxima, mais compreensão das coisas reveladas passam a fazer sentido, porque estão conectadas com aquilo que está fazendo parte da realidade natural a nível espiritual, emocional, mental e físico.

 E ele disse: “Ouçam as minhas palavras: Quando entre vocês há um profeta do Senhor, a ele me revelo em visões, em sonhos falo com ele”. Números 12:6

 Paula Silva

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segunda-feira, 15 de março de 2021

QUAL É O PAPEL DA ESCRITA NA AUTOCURA?


 

“Toda angústia precisa de um lugar para se expressar, logo a escrita pode ser como um abraço para relaxar”. (Paula Silva)

 

A humanidade historicamente tem passado por várias fases, que o torna tão capaz de buscar tantas alternativas, para atender as demandas dos seres humanos. Isto é, a cada dia surgem uma nova necessidade, porém, as ferramentas das soluções são criadas, conforme a capacidade do meio em que estamos inseridos. Sendo assim, com o volume das demandas na saúde mental, hoje já podemos contar com vários métodos que possam facilitar o manejo dos sofrimentos contidos no homem, através das técnicas relativamente simples, bem como o incentivo para o autoconhecimento associado com a autocura, ou seja, assim como a fala funciona como um comando para trazer a existência aquilo que desejamos, porque atrás dessa voz existe algo superior que gera vida naquilo que almejamos. Também, temos uma outra possibilidade como a ESCRITA. Hoje, já se enfatizam o valor da expressão das emoções reprimidas, que podem serem administradas através da palavra escrita, que será colocada como o meio de comunicação interpessoal e intrapessoal, mas que também pode ser entendida e utilizada como um elemento criativo, bem como um recurso terapêutico ou uma ferramenta de autoajuda.

A Anne Frank disse: “O melhor de tudo é o que penso e sinto, pelo menos posso escrever; senão, me asfixiaria completamente”. Como o ser humano está sempre em busca do controle das situações, fica bem difícil quando isso não é possível, logo passará por situações de desgaste em várias áreas da vida, levando ao acumulo de sofrimento e sobrecarga das emoções negativas ao corpo, alma e espírito. Consequentemente, potencializará os eventos traumáticos não tratados, estresse em situações de transições, levando a mente ao trabalho extra para tentar processar as experiências, causando insônia, dores em várias partes do corpo, falta de foco, cansaço, formigamentos nos membros inferiores, dores de cabeça (cefaleia), falta de apetite e irritabilidade ou desmotivação acentuada. Sendo assim, o uso da escrita para aqueles que se adequarem com essa alternativa, ajudará a organizar melhor os seus pensamentos, que mudará a sua energia nos seus sentimentos e, promoverá uma resposta as reações negativas com uma ação mais propositiva. Mas, nem todas as pessoas acabam se sentindo à vontade para aplicar essa técnica de escrever, mesmo que seja para acalmar as suas inquietações sem se preocupar com ortografia, raciocínio lógico, articulação das suas ideias. Além disso, é muito importante uma ponte de apoio através de um terapeuta ou alguém da sua confiança, que possa participar desse processo para avaliar aquilo que está sendo escrito, porque se for um amigo ou familiar que observa com cuidado, perceberá que muitas vezes precisam de buscar ajuda profissional. Isso acontece principalmente com as pessoas com pensamento suicida, abuso sexual, as violências em geral dificultam a verbalização, portanto, ficam atentos nas escritas dos diários, redes sociais, bilhetinhos espalhados pela casa ou escola. Muitas vezes as pessoas tratam como brincadeiras, mas isso é muito sério, porque tem uma vida que está gritando pedido socorro, mas não consegue verbalizar de forma clara.

O poder da palavra escrita não se limita nos métodos terapêuticos, mas também podem ser aplicados para o fortalecimento das nossas crenças, habilidades, projeções de sonhos, livramentos de situações adversas, confirmações das respostadas solicitadas nas orações e rezas, bem como a conexão do corpo, alma e espírito de uma forma mais intrapessoal, portanto, medite nesta palavra. Disse o Senhor a Moisés: “Escreva essas palavras; porque é de acordo com elas que faço aliança com você e com Israel”. Êxodo 34:27

  

Fonte: Idonézia Collodel Benetti & Walter Ferreira de Oliveira. O poder terapêutico da escrita: quando o silêncio fala alto. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, ISSN 1984-2147, Florianópolis, v.8, n.19, p.67-76, 2016.

Paula Silva

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quinta-feira, 11 de março de 2021

O PODER DAS PALAVRAS QUE PODEM MUDAR O SEU DESTINO!

“O que escuta ver a cura, isto é, a palavra tem poder de gerar a cura”.

 

Tudo nesta vida fala, porque vivemos dentro de um processo de ciclos, que se movem na direção da vida. Veja como funciona o ciclo da natureza como as estações do ano; a água, as chuvas, o vento, o sol, a lua, bem como o funcionamento do corpo humano, as relações interpessoais, os negócios, o desenvolvimento de um bebê, a ornamentação das suas casas, na sua espiritualidade e, assim por diante. O maior patrimônio do homem é a PALAVRA, isso tanto no sentido positivo quanto no lado negativo. Tudo que construímos são resultados daquilo que comunicamos.

Logo, tenha cuidado com a suas palavras, porque elas têm o poder de curar, mas também de matar. Hoje, muitas pessoas tem uma falsa ideia de liberdade de falar o quer bem entende, lançam palavras sobre as vidas de muitas pessoas, sem ter a mínima ideia do quanto elas poderão repercutir na sua vida e do seu próximo, porque tudo o que comunicamos primeiro passa por nós, para depois ter alcance ou não na vida do outro. Sábio é aquele que fala, enquanto que o outro escuta para fazer a diferença na sua vida de forma extraordinária, porém, o tolo vai lançando as palavras ao vento, porque não tem consciência do quanto aquilo pode ser o seu próprio mal no amanhã. Sendo assim, aqui deixo o meu primeiro recado aos pais que tem muita autoridade sobre a vida dos seus filhos, comece a frear as suas palavras depreciativas, palavrões, gestos de duplo sentidos, gritarias. Infelizmente, muitas mães e pais lançam palavras de pragas sobre os seus filhos, você não tem ideia do quanto isso tem uma força sobre a sua vida e do seu querido. Busquem uma comunicação limpa, transparente, com simplicidade, mas ao mesmo tempo com emoções claras, para não confundir a mente principalmente, das crianças e adolescentes. Procure resolver os problemas dentro da sua casa sem expor as pessoas envolvidas. Também, é muito importante celebrar as conquistas juntas sem os ciúmes, liberar palavras afirmativas como: você merece, está de parabéns, você tem potencial para ir longe, assim por diante. Já para aqueles que estão enfrentado algum tipo de limitação, quer seja por algum tipo de vício, ou problemas de saúde, ou limitações financeiras, enfim qualquer situação adversa. Procure evitar de lançar palavras como: você é um erro na minha vida, você só dá trabalho e me causa prejuízos, você não tem vergonha na cara, isso só vai lançar essas pessoas para uma situação de fraqueza e desajuste, que mesmo ele tendo possibilidade de mudar essa situação, não vai conseguir elaborar uma saída, porque as palavras ficam registradas em seu subconsciente, logo terá dificuldade de saber fazer esse manejo de perda para a superação. Então, gostaria de deixar algumas dicas para vocês: primeiro ao invés de você falar não consegue...substitua pela frase “até que você resolva ou consiga superar essa situação, vamos fazer assim, ou vou propor essa alternativa para você conseguir os seus objetivos...e, assim vocês terão mais forças na comunicação. Segundo evita a gritaria, porque tornará em um ruído tão insuportável para aquele que está em profundo sofrimento, que mesmo você dando as melhores saídas, ele não consegue absorver o que foi dito. Terceiro quem tem alguém que consome alguma substância psicoativa, não tente resolver os problemas quando eles estiverem sob o efeito das substâncias, porque eles não estão em condições psicológica e fisiológica para tomada de decisão. Qual é a sugestão para manejar nesta hora. Tira da vista deles tudo o que pode facilitar o consumo da substância e, procure você não sentir raiva, medo ou outro sentimento que te deixe sem a estrutura emocional, para enfrentar alguma situação inesperada. A primeira pessoa que deve buscar apoio nessas condições seria o familiar cuidador, depois que ele estiver com uma estrutura emocional, física, social e espiritual para enfrentar, então será o momento adequado para ajudar aqueles que estão com o problema de álcool, drogas ou outro de tipo de enfermidades, bem como os transtornos inadequados.

Um dos maiores suporte de autocuidado seria a espiritualidade com as suas orações e rezas, porque neste momento você buscará uma restauração das suas emoções que possivelmente estão abaladas. Sendo assim, gostaria de compartilhar uma história de um homem que perdeu tudo, inclusive os seus filhos. Esse homem foi Jó, mas uma das grandes lições dele foi o seu manejo interior que ele investiu, através das suas queixas, que são diferentes das murmurações que podem anular os efeitos das suas orações. Jó ele tinha um senso de fidelidade ao seu Senhor (Criador|), que mesmo estando em uma péssima condição ele tinha palavras, que saiam de dentro dele que chegava a chocar até mesmo aos seus amigos mais próximos. Mesmo sendo caluniado por seus amigos e, criticado por sua esposa ele disse: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19:5). Em relação aos seus amigos que os caluniaram aconteceu o seguinte: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía”. Jó 42:10

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

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segunda-feira, 1 de março de 2021

O QUE TE PARALISA É O MEDO OU A CIRCUNSTÂNCIA?


“Na ausência da ousadia fica o vazio para o medo”. (Paula Silva)

 

Diante de tantos desafios na vida, temos que fazermos uma escolha. Ficarmos parados por medo ou enfrentarmos o próprio medo. Todos os seres humanos tem esse sentimento em escalas maiores ou menores. Porém, ele é necessário até que ocupe a posição de proteção. Mas, existem muitas pessoas impedidas de avançar na vida por conta desse medo que não se ver, mas reflete nas ações e projeções dos seus sonhos.

Para alguns autores como Lacan, ele reformula uma teorização para fobia. Se, para Freud, a angústia de castração à qual remete a fobia denota uma presença excessiva do pai como agente castrador na fantasia da criança. Lacan, pelo contrário, concebe a fobia como sendo da ordem de um apelo por socorro diante de uma insuficiência paterna, ou seja, aquele pai não cumpriu com o seu papel de protetor e, muitas vezes de provedor. A chave para entendermos a conceituação de Lacan quanto à fobia está nas últimas elaborações de Freud com respeito à feminilidade. Nestes textos, Freud coloca que uma das maneiras do sujeito feminino aceder à feminilidade é pela equação simbólica falo-bebê. Ou seja, a maternidade torna-se uma das possíveis vicissitudes da relação da mulher com a falta fálica (falo = o órgão reprodutor masculino) e, neste sentido, a criança vem ao mundo para fantasticamente preencher esta falta da mãe.

A relação pré-edipiana mãe-criança é conceituada por Lacan em termos de uma tríade imaginária. Isto é, na relação da criança a mãe, o falo já se encontra inserido. Esta é abalada a partir do que Lacan denomina “decepção fundamental da criança”, quando ela reconhece que não é o objeto único da mãe, mas o objeto de desejo da mãe é o falo. Ao perceber que a mãe também é privada deste objeto, temos um momento crítico, angustiante, pois diante deste furo da imagem da mãe a criança está sob a ameaça de se tornar cativa das significações maternas. A saída normatizante, que aponta para a neurose, se dá com a entrada da função do pai nesta triangulação mãe / criança / falo, como quarto elemento: o pai como possuidor do falo, aquele que possibilita que a falta do falo assuma seu lugar na ordem simbólica. Nas palavras de Lacan: “Por ocasião de um momento particularmente crítico, quando nenhuma via de outra natureza está aberta para a solução do problema, a fobia constitui um apelo por socorro, o apelo a um elemento simbólico singular”. Isto é, diante de uma insuficiência da função paterna, o objeto fóbico, como elemento simbólico singular, vem exercer a função de complementação com a relação a furo na realidade de uma criança inocente. A função paterna, tão mencionada acima, trata-se do pai real. É este que tem como função transmitir à criança seu lugar na ordem simbólica. É também neste sentido que ele castra a criança, pois é na ordem simbólica que temo a incidência da falta como tal.

É neste contexto, que torna muito importante o desenvolvimento da criança. Além disso, ser respeitado todas as suas respectivas fases, porque poderão deixar marcas que serão gatilhos para o medo. Esse medo pode ser expresso de várias formas, desde as mudanças de comportamento até ao desencadeamento das patologias como: fobias, neurose e psicoses. Muitos que expressam o medo da morte, são na verdade uma desorganização do psiquê na sua fase de desenvolvimento, juntamente com os acontecimentos dentro do seu círculo de convivência.

Entretanto, existe uma outra possibilidade para ser desencadeado o medo. Nas questões da religiosidade muitas imposições acabam liberando gatilhos que estavam amortecidos, mas levam para uma dimensão da obediência irracional, práticas de atos sem significados, interpretações equivocadas, isto é, falta de discernimento espiritual. Porém, o que a palavra divina nos diz é ao contrário. Na bíblia existem 366 vezes a palavra NÃO TENHA MEDO OU NÃO SE ATEMORIZE, portanto, a única forma de eliminarmos o medo é identificando a sua causa, enfrentando o que for necessário, bem como se apropriar das promessas na palavra de Deus que pode mudar qualquer circunstância.

“Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa”. Isaías 41:10

Fonte: André Fhrlich, Vinicius Anciaes Darriba. “Medô Medo”: investigação sobre a fobia em Freud, Lacan e autores contemporâneos a partir de um caso clínico. Ágora (Rio de Janeiro) vol. 16, abril, 2013.


Paula Silva

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COMO CONECTAR A DIMENSÃO PSICOLÓGICA (O HOMEM INTERIOR) AO ESPÍRITO?

  “Se não mudar o que faço hoje, todos os amanhãs serão iguais a ontem”. (Millôr Fernandes) “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, me...