“Uma imaginação que divaga sem ter um porto seguro, pode atropelar as oportunidades que poderia se apoiar”.
O mundo
está em uma verdadeira convulsão, devido a transformação na cosmovisão, que
pode delinear uma nova dimensão das nossas percepções e estratégias, para um
bom enfrentamento das situações adversas, que estamos encontrando nos nossos
caminhos a cada dia.
Hoje vamos
compartilhar uma pequena experiência na visão hebraica, como uma forma de
traduzir para a nossa realidade essa sensação de angustia universal, isto é, as
crises existenciais na vida dos seres humanos.
Em primeiro
lugar devemos entender que somos seres dotados por uma capacidade incrível de
inteligência, desejos, anseios, os sentidos responsáveis por captarem as ações
e reações internas, bem como tudo que estar ao nosso redor. Sendo assim, é
natural que tenhamos alguns questionamentos que poderão causar desconforto,
medo, frustração, desânimo, incredulidade...
Então,
como podemos administrar todos esses sentimentos? Entendendo que podem surgirem
perguntas no nosso íntimo como:
De onde
viemos?
Por que
estamos aqui neste mundo?
Qual é
o meu papel aqui?
Por que
existem tanto sofrimento no mundo?
O que
estar além da morte?
Quem de
verdade comanda este universo?
Todos os
seres humanos almejam o sentido da vida. Na adolescência é a fase que mais
confrontam esses tipos de indagações, porém, podem ocorrerem a qualquer momento
das nossas vidas. Talvez seja por esta razão, que muitos tenham tantas
dificuldades de tomar decisões próprias, se permitindo viver na dimensão maria
vai com as outras. Nós somos um ser complexo, cheios de paradoxos.
Segundo
a visão cabalística rabínica (Rabino Dudu). Os 40 anos do povo judeu no deserto
não foi apenas uma punição, mas um processo de mudanças da mentalidade, bem
como um tempo para a auto reflexão sobre as suas vidas. Eles tinham um alimento
especial o “maná”, entretanto, esse alimento tinha um grande mistério. O povo
comia todos os dias o mesmo alimento, mas chegou uma hora que eles odiaram, e
começaram a pedir a dieta do Egito. Por que eles não se contentaram com aquele
alimento?
Segue algumas
características do maná:
1) Ele não
engordava;
2) Ele não
produzia resíduos (fezes);
3) Ele tinha
uma cor branca brilhante como algo muito especial;
4) Também
era uma comida grátis;
5) O “maná”
tinha todos os sabores (trazendo para a nossa realidade como se fosse o sabor de
pizza, hamburger, sushi, churrasco, comida vegetariana, vegana...).
Essa era
a maior novidade de vida, mas o povo reclamou do maná. Por que uma comida tão
especial, poderia deixar o povo judeu tão insatisfeitos? Qual era o problema do
maná? No Talmud dar duas possíveis respostas:
1) Não dava
para ver o que estavam comendo, isso deixavam as pessoas com a sensação de
barriga vazia, porque não estavam vendo a comida que desejavam comer.
2) Eles
não poderiam guardar para o dia seguinte.
O fato
deles ficarem na agonia sem saber se teria comida no dia seguinte, eles não
conseguiam saborear aquela comida que estava no prato.
Agora trazendo
para as nossas realidades. Infelizmente, hoje tudo tem aparentemente uma
explicação, inclusive o próprio homem, a religião, a espiritualidade e assim
sucessivamente. Nós estamos preferindo explicações pobres, superficiais, acreditando
na evolução a partir de uma explosão, quaisquer explicações em nome da ciência,
isso tudo pode fomentar os olhos e o intelecto humano, porém, não poderão alimentar
a ALMA. Logo, mesmo que a ciência trousse todas as respostas para os nossos
questionamentos, isso não responderia as crises existenciais. Sabe por quê? Tudo
o que pode ser guardado, quer seja na cabeça (intelecto), na barriga
(alimento), e no seu bolso (dinheiro). Vão te trazer uma satisfação momentânea.
Mas, quando você matar a sua fome ESPIRITUAL, isso vai te proporcionar uma
sensação de satisfação e gratidão. Os profetas já diziam: “haverá um tempo que
não teriam fome de comida, nem de bebida, nem de explicações científicas,
filosofia, ideologias, mas uma fome da ALMA/ESPÍRITO. Mesmo que você seja uma
pessoa que tenha uma alta cultura, ler bastante, mas no fundo a tua sede estar
neste espaço vazio da sua ALMA.
Você sabe
quem é o seu maior aliado?
As tuas
dúvidas, os teus paradoxos, os teus mistérios, a tua busca insaciável da sua
vida. Isso se aplica em uma dimensão que se chama: A ANSIEDADE POSITIVA, ela é
quem te move para construir a sua vida. Ela é a nossa gasolina para mover os
nossos sonhos e realizações.
Declarou-lhes, pois, Jesus: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim
jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.
Paula Silva
Instituto Telifá &
Automelhoramento
Psicanalista/Biomédica/Dependência
Química/Espiritualidade
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