“Ah, entranhas (intestinos) minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. Jeremias 4:19
Todos os
seres humanos em algum momento da vida, quer seja de forma consciente ou não,
já passou por alguma situação positiva ou negativa, que causou um certo desconforto
no seu intestino. Isso serve para corroborar com as contribuições que, a ciência
está apontando como um órgão que tem uma participação direta no comportamento humano.
Como o
nosso intestino pode ter autonomia para tomadas de decisões?
Segundo
a Dra. Megan Rossi, especialista australiana em saúde intestinal, relatou a BBC
que, hoje devemos prestar mais atenção às nossas barrigas. Aqui, apresentamos
alguns fatos surpreendentes sobre o nosso “Segundo cérebro”. ele tem mais neurônios
que a espinha dorsal e agem independentemente do sistema nervoso central. Esse
cérebro “independente” em nossas entranhas e sua complexa comunidade microbiana
influenciam o nosso bem estar geral.
Além disso,
os médicos acreditam cada vez mais que a função do nosso sistema digestivo, vai
muito além de simplesmente processar a comida que ingerimos. Isto é, existem
pesquisas que estão investigando se ele poderia ser usado para o tratamento de
doenças mentais ou do sistema imunológico.
Diferentemente
de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem sua
própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que
fazer. Se você teme os possíveis efeitos de determinado alimento, mas o consome
mesmo assim, é possível que desenvolva sintomas intestinais. O que “governa” o
intestino é do chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma “sucursal” do
sistema nervoso autônomo do corpo, ou seja, o responsável por controlar
diretamente o sistema digestivo. Esse sistema nervoso se estende pelo tecido
que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos
neurais. Embora funcione de forma independente, ele se comunica com o Sistema
Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático. Nos
seres humanos 2.70% das células do sistema imunológico vivem no intestino. De acordo
com a Dra. Rossi, isso torna a saúde do nosso intestino a chave para nossa
imunidade às doenças. Investir em uma dieta diversificada ajuda a melhorar o micro
bioma intestinal. Isso significa que não são apenas restos de comida: aproximadamente
metade das nossas fezes são formadas por bactérias. Muitas dessas bactérias são
boas, logo terá como utilidade nos transplantes de fezes que podem se tornarem
uma forma de tratamento vital, para alguns pacientes com um micro bioma intestinal
debilitado. O normal para ir ao banheiro seria de 3 vezes ao dia ou até 3 vezes
por semana.
Se você
tem apresentado problemas intestinais, algo fundamental que você precisa fazer
é, observar o quanto de estresse você está submetido. De acordo com a Dra. Rossi,
na minha prática clínica eu sempre digo aos pacientes que façam 15 ou 20
minutos por dia de meditação. Depois de fazer isso todos os dias durante quatro
semanas, e transformar em hábito, vejo que apenas com isso os sintomas já
melhoram.
Também
é importante pensar que a maior parte da serotonina do corpo, estima-se que uma
proporção de 80% a 90%, são encontradas no trato gastrointestinal. A serotonina
é um neurotransmissor que afeta muitas funções corporais, como o peristaltismo
intestinal. Isto é, o movimento involuntário que o intestino faz para empurrar
o bolo alimentar e permitir que a digestão aconteça no lugar certo. Ela também
está associada a muitos transtornos psiquiátricos. Sua concentração pode ser
reduzida pelo estresse e influência o humor, a ansiedade e a felicidade. Vários
estudos com seres humanos e animais têm mostrado evidências sobre diferenças
encontradas no micro bioma intestinal dos pacientes com transtornos mentais,
como a depressão. Por isso, uma área incipiente de investigação psiquiátrica
tem a ver com a prescrição de “psicobióticos”: em essência, um coquetel
probiótico de bactérias saudáveis, para melhorar a saúde mental.
Sendo assim,
existem várias recomendações para nós mantermos os nossos intestinos funcionais
de forma equilibrada e eficiente.
Primeiro:
ingerir alimentos mais naturais possíveis como os cereais, frutas frescas,
legumes. Evitar ou diminuir o consumo das carnes, principalmente a vermelha
devido a demora que pode chegar até 10 horas para fazer a digestão e eliminação
dos resíduos; açúcar refinados que são um dos principais causadores das
inflamações e das renites; queijos curados devem ser evitados, dando preferência
aos queijos frescos.
Segundo:
ingerir água (H2O) de acordo com a sua necessidade diária. Ela facilita a
hidratação da mucosa intestinal, absorção dos nutrientes, bem como as
distribuições desses nutrientes obtidos dos alimentos, através da circulação
sanguínea, emoliente do bolo fecal para facilitar a eliminação evitando uma possível
hemorroida.
Terceiro:
exercício físico que pode ativar as substâncias promotora do bem estar como a serotonina.
Diminuição do estresse, ansiedade e controle da depressão.
Quarto: evitar o consumo das bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos foram da indicação médica. O álcool promove uma desidratação, devido o excesso de estímulo renal causado pelas bebidas que tem efeitos diuréticos. As pessoas não consomem água e acabam perdendo o excesso de líquidos sem reposição adequada.
Fonte: www.bbc.com/Acesso: 14.07.2021.
Paula Silva
Instituto Telifá &
Automelhoramento
Psicanálise/Biomédica/Dependência
Química/Espiritualidade
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