quinta-feira, 22 de julho de 2021

O LOBO OCCIPITAL: A REGIÃO QUE PROJETA A MANIFESTAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE?


“Sonhos e visões, as dimensões que transcendem a compreensão humana, mas conecta com o Divino para traduzir aquilo que não temos como ouvir”.

Todos os seres humanos em algum momento das suas vidas tiveram um sonho que lhe chamou a atenção. Isso não aconteceu por acaso, certamente, as interconexões entre o corpo, a alma (emoções), a mente, bem como o Espírito, pode manifestar as suas mensagens através do intelecto e memória. Além disso, é necessário entendermos que as percepções humanas vindo de um sonho ou visão é, necessário compreendermos que eles não se limitam apenas um contexto científico para se dá a devida credibilidade. Sendo assim, um dos conhecimentos mais comuns que se fala a respeito dos sonhos é: “O conhecimento empírico” (que representa ao público leigo), talvez seja pelo motivo dessa manifestação não se limitar por grau da formação acadêmica, cultura, etnias, religiosidade, etc. Esse tipo de manifestação ocorre com bastante frequência aquelas pessoas que tem um anseio por respostas ainda não bem elaborada no seu entendimento. Por outro lado, também existem as pessoas que procuram desenvolver a fé através da compreensão espiritual na dimensão material. Isso de certa forma, funciona como uma provocação para uma ativação. Mas, qual é a diferença entre sonhos e visões? Segundo os relatos empíricos os sonhos ocorrem quando você está em um sono mais profundo, as visões podem acontecer em um estágio do sono leve ou até mesmo acordado.

 O neurocientista e psicanalista Mauro Mancia, num artigo publicado no International Journal of Psychoanalysis, em 1999, ressalta as diferenças entre as abordagens neurocientífica e psicanalítica dos sonhos. Enquanto os neurocientistas se dedicam ao estudo das estruturas e funções cerebrais envolvidas na produção do sonho, os psicanalistas se interessam pelo significado deste, considerando os aspectos biológicos irrelevantes para a sua compreensão. Todavia, para outros autores, como o psiquiatra Morton Reiser, o estudo dos sonhos representa uma grande oportunidade de exploração da relação entre corpo e mente. Segundo ele, os modelos da psicanálise e da neurociência para os sonhos, embora muito distintos entre si, não devem ser vistos como antagônicos ou inconciliáveis, mas sim como complementares. Reiser acredita que uma cooperação entre esses dois campos do conhecimento poderia ser mutuamente enriquecedora (Elie Cheniaux, 2006).

De acordo com um dos pesquisadores, o neurocientista Marc Potenza, da Universidade de Yale (EUA), “estados espirituais são aqueles que através do sentimento conectam você a algo maior do que a si mesmo, uma unidade ou força que pode ser experimentada como uma energia, poder superior, divindade, figura ou consciência transcendente”.  Sendo assim, um estudo demonstrou como as experiências transcendentais causadas pela fé são processadas no cérebro humano, identificando uma região do córtex parental que parece estar envolvida no processo. Compreender essas bases da saúde mental e dos transtornos aditivos, será importante para o manejo e prevenção nas mudanças de comportamento humano de forma inadequada.

Segundo a Professora Francesca Maria Mesquita do Departamento de Neurofisiologia Clínica da Universidade de Lavras Minas Gerais, ela diz o seguinte: que mesmo não lembrando dos sonhos, isso não quer dizer que você não sonhou. Os sonhos já foram considerados mensagens de deuses, sinais de bons ou maus presságios, dentre outras relações mágicas. Mas, no início do século XX, a partir das teorias do psicanalista Sigmund Freud, os sonhos começaram a ser estudados como representação simbólica de desejos reprimidos pela mente. Os sonhos costumam acontecer na fase de sono profundo conhecido como REM (do inglês Rapid Eye Movement). Durante esta fase, a atividade cerebral é mais rápida, com episódios de movimentos oculares. Em um indivíduo saudável, o sono REM se alterna com períodos de sono mais leve, de 4 a 6 ciclos ao longo de uma noite. O momento em que a pessoa desperta parece estar relacionado ao fato de se lembrar ou não do sonho, uma vez que sua ocorrência predomina na fase REM. Além disso, as regiões encefálicas estão relacionadas à geração do sono REM, o córtex pré-frontal, que está ligado ao controle das emoções e comportamentos, bem como as regiões parietal e OCCIPITAL, são responsáveis pelas sensações e pelo processamento das informações visuais, respectivamente, estão ligados à geração dos sonhos. Logo, as lesões nessas áreas podem interferir na ocorrência dos sonhos.

Os sonhos e visões mesmo foram do contexto espiritual pode ter uma função muito importante, no processo do direcionamento da sua vida em todas as dimensões, também serve como o apontamento para o autocuidado, o desenvolvimento interpessoal e intelectual, porque devido a criação de uma linguagem simbólica pode-se traduzir como parte da nossa realidade.

Já na dimensão espiritual a história mostra o quanto tem sido importante, basta ler o livro Sagrado como a Bíblia em Daniel capítulo 2:1-49, conta sobre o desfecho da história da humanidade, da qual estamos fazendo parte neste momento das nossas vidas. Tudo foram revelados através dos sonhos e visões para as pessoas que tinham uma vida ativa espiritualmente falando, porém a outra parte era pagão.

Dica de saúde: procure tomar banho de sol na região da nuca, pois irá ajudar a relaxar para obter um sono reparador, também promove o controle da ansiedade, depressão e cansaço mental.

“Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu”. Daniel 2:19

 

Fonte: Elie Cheniaux. Os sonhos: integrando as visões psicanalítica e neurocientífica Rev Psiquiatr RS. 28(2):169-177, 2006.

www.uol.com.br/vivabem / 2018/ Acesso: 21.07.2021.

www.minasfazciencia.com.br/Acesso: 21.07.2021.

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

Email:paula.biomed1007@gmail.com

quinta-feira, 15 de julho de 2021

POR QUE O INSTESTINO TEM EFEITO NAS TOMADAS DE DECISÕES NA VIDA DOS SERES HUMANOS?

 “Ah, entranhas (intestinos) minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. Jeremias 4:19

Todos os seres humanos em algum momento da vida, quer seja de forma consciente ou não, já passou por alguma situação positiva ou negativa, que causou um certo desconforto no seu intestino. Isso serve para corroborar com as contribuições que, a ciência está apontando como um órgão que tem uma participação direta no comportamento humano.

Como o nosso intestino pode ter autonomia para tomadas de decisões?

Segundo a Dra. Megan Rossi, especialista australiana em saúde intestinal, relatou a BBC que, hoje devemos prestar mais atenção às nossas barrigas. Aqui, apresentamos alguns fatos surpreendentes sobre o nosso “Segundo cérebro”. ele tem mais neurônios que a espinha dorsal e agem independentemente do sistema nervoso central. Esse cérebro “independente” em nossas entranhas e sua complexa comunidade microbiana influenciam o nosso bem estar geral.

Além disso, os médicos acreditam cada vez mais que a função do nosso sistema digestivo, vai muito além de simplesmente processar a comida que ingerimos. Isto é, existem pesquisas que estão investigando se ele poderia ser usado para o tratamento de doenças mentais ou do sistema imunológico.

Diferentemente de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem sua própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer. Se você teme os possíveis efeitos de determinado alimento, mas o consome mesmo assim, é possível que desenvolva sintomas intestinais. O que “governa” o intestino é do chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma “sucursal” do sistema nervoso autônomo do corpo, ou seja, o responsável por controlar diretamente o sistema digestivo. Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos neurais. Embora funcione de forma independente, ele se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático. Nos seres humanos 2.70% das células do sistema imunológico vivem no intestino. De acordo com a Dra. Rossi, isso torna a saúde do nosso intestino a chave para nossa imunidade às doenças. Investir em uma dieta diversificada ajuda a melhorar o micro bioma intestinal. Isso significa que não são apenas restos de comida: aproximadamente metade das nossas fezes são formadas por bactérias. Muitas dessas bactérias são boas, logo terá como utilidade nos transplantes de fezes que podem se tornarem uma forma de tratamento vital, para alguns pacientes com um micro bioma intestinal debilitado. O normal para ir ao banheiro seria de 3 vezes ao dia ou até 3 vezes por semana.

Se você tem apresentado problemas intestinais, algo fundamental que você precisa fazer é, observar o quanto de estresse você está submetido. De acordo com a Dra. Rossi, na minha prática clínica eu sempre digo aos pacientes que façam 15 ou 20 minutos por dia de meditação. Depois de fazer isso todos os dias durante quatro semanas, e transformar em hábito, vejo que apenas com isso os sintomas já melhoram.

Também é importante pensar que a maior parte da serotonina do corpo, estima-se que uma proporção de 80% a 90%, são encontradas no trato gastrointestinal. A serotonina é um neurotransmissor que afeta muitas funções corporais, como o peristaltismo intestinal. Isto é, o movimento involuntário que o intestino faz para empurrar o bolo alimentar e permitir que a digestão aconteça no lugar certo. Ela também está associada a muitos transtornos psiquiátricos. Sua concentração pode ser reduzida pelo estresse e influência o humor, a ansiedade e a felicidade. Vários estudos com seres humanos e animais têm mostrado evidências sobre diferenças encontradas no micro bioma intestinal dos pacientes com transtornos mentais, como a depressão. Por isso, uma área incipiente de investigação psiquiátrica tem a ver com a prescrição de “psicobióticos”: em essência, um coquetel probiótico de bactérias saudáveis, para melhorar a saúde mental.

Sendo assim, existem várias recomendações para nós mantermos os nossos intestinos funcionais de forma equilibrada e eficiente.

Primeiro: ingerir alimentos mais naturais possíveis como os cereais, frutas frescas, legumes. Evitar ou diminuir o consumo das carnes, principalmente a vermelha devido a demora que pode chegar até 10 horas para fazer a digestão e eliminação dos resíduos; açúcar refinados que são um dos principais causadores das inflamações e das renites; queijos curados devem ser evitados, dando preferência aos queijos frescos.

Segundo: ingerir água (H2O) de acordo com a sua necessidade diária. Ela facilita a hidratação da mucosa intestinal, absorção dos nutrientes, bem como as distribuições desses nutrientes obtidos dos alimentos, através da circulação sanguínea, emoliente do bolo fecal para facilitar a eliminação evitando uma possível hemorroida.

Terceiro: exercício físico que pode ativar as substâncias promotora do bem estar como a serotonina. Diminuição do estresse, ansiedade e controle da depressão.

Quarto: evitar o consumo das bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos foram da indicação médica. O álcool promove uma desidratação, devido o excesso de estímulo renal causado pelas bebidas que tem efeitos diuréticos. As pessoas não consomem água e acabam perdendo o excesso de líquidos sem reposição adequada. 

Fonte: www.bbc.com/Acesso: 14.07.2021.   

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

Email:paula.biomed1007@gmail.com

 

 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

O LOBO FRONTAL: A CENTRAL DO COMANDO DO PODER DAS AÇÕES

 “A capacidade de controlar as nossas vontades, pode ajustar o poder das tomadas das decisões assertivas e criativas nas nossas vidas”.

 

O cérebro humano é comparado uma central de controle de uma estação elétrica, que tem uma capacidade incrível de atender vários comandos simultaneamente. Hoje, vamos conhecer parte dessa central, o LOBO FRONTAL.

O Córtex Cerebral é a camada mais alta e externa do encéfalo, ou seja, dos dois hemisférios. Trata-se de uma capa de substância cinzenta de mais ou menos 0,3 centímetros de espessura. Os sulcos e fissuras do Córtex Cerebral é que definem suas regiões em, por exemplo, Lobo Frontal, Lobo Temporal, Parietal e Occipital.

 O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que, temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar e em que ordem e avaliar o seu resultado.

As suas funções parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva.

Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou, que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.

Propriedades características do córtex pré-frontal: Poucas entradas sensoriais primárias e falta de saídas diretas para o córtex motor primário. Porém: Padrão único de conectividade supramodal. Em particular, ricas interconexões com áreas corticais de associação (em particular áreas sensoriais terciarias) e estruturas do sistema límbico como a amígdala, o hipocampo e o núcleo accumbens. Isto é, alto grau de plasticidade e vulnerabilidade.

Entretanto, quando se trata da memória em relação ao trabalho ele define algumas estratégias de execução e planejamento. A memória de trabalho, que alguns acreditam ser parte da memória de curto prazo, atua no momento em que a informação está sendo adquirida, retém essa informação por alguns segundos e a destina para ser guardada por períodos mais longos ou a descarta. Quando alguém nos diz um número de telefone para ser discado, essa informação pode ser guardada se for um número que nos interessará no futuro ou, ser prontamente descartada após o uso. O funcionamento perfeito do córtex pré-frontal é essencial para esse tipo de memória.

Sendo assim, o Córtex Pré-Frontal, considerado uma formação recente na evolução das espécies e a sede da personalidade e da vida intelectiva, modula a energia límbica e tem a possibilidade de criar comportamentos adaptativos adequados ao tomar consciência das emoções. Na ausência desta parte do Córtex, as emoções ficam fora de controle, são exageradas e persistem após cessar o estímulo que as provocou, até que se esgote a energia nervosa. Por outro lado, o Sistema Límbico através do Hipotálamo, pode exercer um efeito supressor ou inibidor sobre o neocórtex, inibindo momentaneamente a cognição e até o tônus muscular tônico, como se observa nas fortes excitações emocionais.

O relacionamento concreto entre regiões corticais e as emoções ocorreu em 1939. Nesse ano os pesquisadores Heinrich Klüver e Paul Bucy observaram uma síndrome comportamental dramática em macacos depois de submeterem os animais a uma lobotomia temporal bilateral. Os macacos, apesar de muito selvagens e agressivos, tornaram-se mansos e demonstravam um apagamento das emoções.

Esse embotamento das emoções se manifestava, inclusive, como uma espécie de cegueira emocional; os animais não se mobilizavam com objetos familiares, nem com os de sua espécie.

Já em relação a função executiva, são conjuntos de operações mentais que organizam e direcionam os diversos domínios cognitivos categoriais para que funcionem de maneira biologicamente adaptativa. Para que a utilização dos recursos físicos e sociais seja econômica e eficaz, não basta que os domínios cognitivos categoriais estejam intactos, é essencial que, além disso, sejam integrados aos propósitos de curto, médio e longo prazos dos indivíduos.

Um dos axiomas da Neuropsicologia é que o funcionamento executivo confere autonomia ao indivíduo em relação ao seu meio ambiente.

Quando as funções executivas falham, o indivíduo perde a autonomia, tornando-se anormalmente dependente, o que é descrito, por exemplo, como “passividade”, “docilidade”, “indiferença”. Outra condição clínica comum é a síndrome do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade da criança.

O córtex pré-frontal desempenha papel fundamental na formação de metas e, objetivos no planejamento de estratégias de ação necessárias para a consecução de objetivos. Ele seleciona as habilidades cognitivas requeridas para a implementação dos planos, coordena essas habilidades e as aplica em uma ordem correta. Finalmente o córtex pré-frontal é responsável pela avaliação do sucesso ou do fracasso de nossas ações em relação aos nossos objetivos.

Além disso, precisamos usarmos ferramentas adequadas como aliadas, para melhorar essas atividades mentais e emocionais, adotando um estilo de vida mais saudável. Isto é, uma alimentação sem carne ou reduzida, açúcar refinado que é altamente prejudicial nas tomadas de decisões e concentração, o consumo das frutas doces com as frutas ácidas tem o mesmo efeito das bebidas alcoolizadas, devido a fermentação, bem como o açúcar com leite. Procurar não ingerir líquidos na hora das refeições, para facilitar a digestão e absorção dos nutrientes e, evitar a famosa sonolência pós pradial. O ideal seria uma hora antes ou depois. Fazer refeições leves antes de dormir. O não consumo das bebidas alcoólicas, substâncias psicoativas, tabaco, medicamentos foram do contexto de um tratamento médico, todos são substâncias que poderão impedir o manejo das suas emoções, planejamento estratégicos no trabalho, visão ampliadas dos riscos no meio em que você esteja inserido. O planejamento estratégico começa com a educação das nossas emoções (vontades), como você é uma pessoa inteligente vai buscar ajuda para viver uma vida de abundância nesta terra. 

 

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:2

 

Fonte: Maria Critis. “Aspectos neuropsicológicos do córtex pré-frontal”. Instituto de Psicologia Aplicada e Formação Especializada em Neuropsicologia Clínica – São Paulo – SP – julho/2010.

 

 

Paula Silva

Instituto Telifá – Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

Email:paula.biomed1007@gmail.com

quinta-feira, 1 de julho de 2021

AMÍGDALA CEREBRAL QUE MODULA AS EMOÇÕES E APRENDIZAGEM

 “A boca fala, a alma sente, mas o corpo reage aos sentimentos do medo”.

 

O mundo está na busca de uma base para consolidar o equilíbrio na saúde física, emoções, espiritualidade e meio ambiente. No entanto, devemos entender que esse equilíbrio é parte de um processo de educação, que vem da TEMPERANÇA E RESPIRAÇÃO PROFUNDA, diante dos desafios em todas as áreas das nossas vidas. Faça isso por dez vezes que irá melhorar o seu padrão de oxigenação cerebral. Temperança, significa ter moderação, equilíbrio e parcimônia (ato de economizar por estar focada nos pequenos aspectos, ou seja, uma economia minuciosa) em nossas atitudes diariamente. Já uma respiração eficaz necessita de um local mais ventilado, de preferência perto da natureza, procura desconectar de tudo aquilo que potencializa as dores provocadas pelo medo. Esse sentimento ele é paralisante. Então, use as suas energias a seu favor para corrigir esse tipo de sofrimento emocional através da ação da AMÍGDALA, ela promove rota de fuga, mas também de estabilização com a aprendizagem de uma nova maneira de lidar, com aquelas situações que estão foram do seu controle.

Além disso, a sinergia do corpo ocorre a partir das reações bioquímica, que em conjunto com as emoções gerando reações profundas. A amígdala é uma estrutura localizada no lobo temporal dos mamíferos, formada por diferentes núcleos e tradicionalmente relacionada com o sistema emocional do cérebro. Ela é altamente implicada na manifestação de reações emocionais e aprendizagem de conteúdo emocionalmente relevante. Esta estrutura apresenta um relativo dimorfismo sexual e está relacionada com a manifestação de comportamentos sociais.

Alguns autores propuseram uma função alternativa da amígdala ao considerá-la parte de um sistema modulador da memória. Numerosos dados experimentais corroboram ambas as funções. Na fase do desenvolvimento existe a relação da amígdala com as emoções que, centrou-se no estudo do condicionamento do medo, através do qual um estímulo emocionalmente neutro é capaz de produzir reações emocionais pela sua associação temporal com um estímulo adverso. Constatou-se que a amígdala é necessária para a aprendizagem e a expressão deste condicionamento, e, portanto, está envolvida na aprendizagem emocional. Quanto à relação da amígdala com a modulação da memória, há que destacar os resultados que demonstram, que nem sempre é necessária para a aprendizagem e a memória, mas sim para que se manifestem os efeitos moduladores sobre a memória de diferentes substâncias. A amígdala modularia o armazenamento da memória em outras zonas do cérebro, como o núcleo caudado ou o hipocampo. Entretanto, quando a amígdala apresenta um tamanho maior do que o normal, pode ser um indicador de uma infância com traumas bem significativo, que não foi bem elaborado no período do desenvolvimento da criança (Torras et al., 2015).

Os hábitos errôneos no comer e beber levam a erros em pensar e agir. A condescendência com os apetites incorretos, podem fortalecerem as propensões grosseiras nas atitudes, bem como da moralidade, dando-lhes a ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais de uma forma incoerente com aquilo que você deseja crer e viver (Ellen G. White).

“Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar”. 1 Coríntios 10:13

 

M. Torras, I. Portell, I. Morgado. A amígdala: implicações funcionais. Ver. Neurol. 33. 471-476, 2001.

Ellen G. White. Temperança, p. 20, 2005.

www.significados.com.br/Acesso: 01.07.2021.

 

 

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

Email:paula.biomed1007@gmail.com

 

 

 

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

UM SONO REPARADOR PARA EVITAR A DOR

 

“Os ritmos biológicos processam as atividades para harmonizarem o corpo, a alma, a mente e o espírito”.

 

Todas as atividades biológicas são respostas de uma sincronia bioquímica, emocional, mental que, elaboram os caminhos para as ativações dos processos dos sistemas do corpo humano. Sendo assim, vamos destacar o papel de uma glândula que é responsável pela o controle da qualidade do sono, bem como do desempenho energético e hormonal.

A glândula pineal era considerada um órgão vestigial até que, em 1958, Lerner e colaboradores enfim isolaram sua principal secreção, a melatonina. Desde então, extensas investigações têm sido feitas para caracterizar a função dessa substância no organismo. A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina), é o principal produto de secreção da pineal, embora também seja produzida em outros locais (como retina e até mesmo o intestino) em concentrações bem mais baixas. Conhecida também como “hormônio da escuridão”, é uma indolamina produzida a partir da metabolização da serotonina, sendo que essa síntese é inibida pela luz. Devido a essa regulação luminosa, o principal papel da melatonina é ditar o ritmo circadiano do organismo, uma vez que seus níveis informam ao meio interno se é dia ou noite; ainda, de acordo com as características de seu perfil plasmático, sinaliza também qual a estação do ano ao indicar as mudanças no tempo de luz e escuridão (como as noites mais longas no inverno). Essa modulação sazonal possui grande importância em animais que hibernam ou cujas características reprodutivas se relacionem à estação. A menor luminosidade do inverno propicia uma maior secreção de melatonina, que por sua vez suprime a secreção de hormônio gonadotrópico em algumas espécies de animais durante o período; com o gradual aumento da luminosidade no decorrer da estação, a inibição promovida pela pineal vai perdendo força, preparando esses animais para a atividade reprodutiva na primavera (HALL, 2011). Em seres humanos também já se demonstrou a participação da melatonina na modulação das funções reprodutivas. A puberdade coincide com um declínio nos níveis de melatonina; além disso, crianças que, por algum motivo, apresentam disfuncionalidade da pineal desenvolvem quadro de puberdade precoce. Na clínica corrente, observa-se que crianças com lesões na pineal são acometidas por puberdade precoce, graças à desrepressão da melatonina sobre as glândulas sexuais.

Para se compreender a relação da melatonina com o sono, estado fundamental para renovação celular, detoxificação do organismo, consolidação da memória, é importante esclarecer a fisiologia deste processo biológico. Existem 2 padrões de sono que foram determinados por análises eletroencefalográficas (EEG), eletrooculográficas (EOG) e eletromiográficas (EMG), sem movimentos oculares rápidos (NREM) e com movimentos oculares rápidos (REM). O sono NREM é subdividido em 4 estágios que variam da sonolência superficial (I) até a sua fase mais profunda (IV), em que é observado um aumento progressivo de ondas lentas ao EEG. Ele se inicia com a fragmentação do ritmo α, que ocorre durante o estado de vigília. A transição vigília­ sono inicia após um período de latência, cuja duração varia conforme o estado de "cansaço" do indivíduo. A medida com que as ondas α vão desaparecendo, inicia uma atividade mista de ondas φ (4 a 7 ciclos/ s) e β (> 13 ciclos/ s).

Com o aprofundamento para o estágio II, as ondas δ tornam-se mais frequentes e surgem os "fusos do sono" uma atividade rítmica de 12 a 14 ciclos/s. Surgem também os "complexos K", formados por ondas lentas bifásicas de alta amplitude e os POSTS (positive occipital sharp transients of sleep: elementos transientes positivos agudos occipitais do sono), fase mais profunda do sono NREM. Caracterizam este estágio: relaxamento muscular com tonicidade basal, redução dos movimentos corporais, aumento das ondas lentas no EEG, com funções cardiorrespiratórias normais. Cerca de 90 minutos após, ocorre o primeiro episódio de sono REM, ou sono paradoxal, com duração de 5­10 minutos. Ele é caracterizado por um padrão de atividade cerebral semelhante ao do estado de vigília, com ondas rápidas e de baixa voltagem as "ondas em dente de serra". Estas apresentam atividade rítmica entre a faixa δ e a faixa φ. O termo "paradoxal" se deve ao padrão eletroencefalográfico semelhante a vigília, apesar de ser o estágio de sono profundo com maior dificuldade em despertar; e a hipo ou atonia muscular, associada a movimentos fásicos e mioclonias multifocais em face e membros, além da emissão de sons. Diferente do que se postulava antigamente, o sono REM não é um estado de repouso absoluto que visa à economia energética. Pelo contrário, a atividade metabólica encefálica encontra­ aumentada, o que provavelmente relaciona-se a mecanismos de reparo celular. Os globos oculares sofrem abalos amplos e multidirecionais os "movimentos rápidos". Ocorrem irregularidades no padrão respiratório bradipneia, taquipneia e pausas inferiores a 10 segundos e cardíaco. É neste estágio que acontecem os sonhos, considerados uma manifestação de conteúdo em forma de enredo que envolve todas as funções sensoriais (Kasecker & Nunes, 2017).

A glândula pineal é conhecida como “terceiro olho”, devido à sua localização na parte central do cérebro, entre as sobrancelhas e também pela sua sensibilidade à luz. Além disso, a glândula pineal é considerada por algumas tradições esotéricas um meio de contato com o mundo espiritual, “o olho que tudo vê”. Já no Séc. XVII, o filósofo René Descartes defendia que a glândula pineal seria a “morada da alma” no corpo.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas. Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativos todo o entendimento à obediência de Cristo (2 Coríntios 10: 4-5)”.

 

Luísa Silva Nangi dos Santos, Lucas Silva Nangi dos Santos, Luciano Silva Nangi dos Santos, Maria Clara Nangi dos Santos e Silva, Diego Rodrigues Naves Barbosa Lacerda. A glândula pineal: interface entre ciência e espiritualidade. SANTOS, L. S. N. et al., et al (online).

Fernanda G. Kasecker, Carlos P. Nunes. Melatonina e glândula pineal. Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis V.1 / N.1 (2017).

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

Email:paula.biomed1007@gmail.com

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

SEXUALIDADE: A FORÇA QUE MOBILIZA O AMOR MESMO NA DOR


“A sexualidade não tem como uma única finalidade a procriação, mas a criação de um ambiente com novidades nas relações interpessoais”.

 

Na visão hebraica, os seres humanos possuem três dimensões que movem a vida em conjunto: a espiritualidade, a criatividade e a sexualidade.

Sendo assim, podemos fazermos uma breve reflexão sobre a história da sexualidade na humanidade.

A abordagem dos temas corpo, prazer e desejo pode ser investigada em distintos momentos da obra de Michel Foucault, e sua articulação se estabelece, especialmente, nos três volumes da História da sexualidade. Entretanto, como pano de fundo, questões relacionadas a um contraponto entre o pensamento foucaultiano e a psicanálise lacaniana. A temática do corpo recebe ênfases e desenvolvimentos diferentes conforme a perspectiva metodológica e o foco das pesquisas de Foucault nos campos do saber, do poder e da ética. Em um de seus primeiros livros, O nascimento da clínica (1963), Foucault busca entender as condições de possibilidade do aparecimento, no início do século XIX, da figura moderna, científica, da medicina: a anátomo-clínica. A doença deixa, então, de ser essência nosológica, espécie natural, estudada segundo o modelo da botânica, para ser considerada, segundo o modelo da anatomia, realidade localizada no espaço concreto, individual, do organismo doente. Essa atenção do médico para o singular, para o que é próprio de cada um, é o que fará Lacan citar esse trabalho de Foucault e destacar que, estruturalmente, a clínica psicanalítica encontra suas bases nesse momento do nascer da clínica médica, “momento originalmente recalcado no médico que a prorroga, transformando-se ele mesmo, a partir desse momento, cada vez mais no filho perdido” (LACAN, 1998 [1966], p. 326, nota 2). Entretanto, a partir da década de 70, quando ocorre um deslocamento de perspectiva no trabalho de Foucault, a partir de uma reformulação política, teórica e metodológica, que o corpo recebe mais destaque, por se constituir em um dos alvos privilegiados das relações de saber e poder (MACHADO, 1982). Trata-se, agora, de uma “anatomia política”, de uma “história dos corpos”. Na série de revoltas ocorridas nas prisões francesas nas décadas de 60 e 70, Foucault constata algo paradoxal nas reivindicações e objetivos desses movimentos: eram revoltas contra a miséria física das prisões (fome, superlotação, maus tratos), mas também contra seu “conforto” (os atendimentos médicos, psicológicos e as propostas educativas das prisões-modelo). Não eram, então, lutas apenas contra o aspecto decadente e reacionário das prisões, mas também contra seu aperfeiçoamento, sua modernização. Para Foucault, o que haveria de comum entre esses protestos, à primeira vista distintos, seria o fato de que ambos se rebelavam contra o investimento de poder em nível de corpo. A fim de compreender essa “anatomia política”, ele realiza em Vigiar e punir (1975)2 uma análise histórica de diferentes sistemas punitivos, desde os que utilizam métodos violentos até os que usam métodos “suaves”, não tomando, entretanto, como referência, a evolução das regras do Direito ou das ideias morais. Foucault parte justamente do pressuposto de que todo poder tem um “corpo”, pois se exerce por meio de diferentes mecanismos e instrumentos, sejam eles cadafalsos, cerimônias, muros, olhares, medicamentos ou diagnósticos. Sua “história dos corpos” busca pesquisar como o corpo foi percebido e valorizado na história. O autor constata que “as relações de poder operam sobre ele de modo imediato; elas o investem, o marcam, o dirigem, o supliciam, submetem-no a trabalhos, obrigam-no a cerimônias, exigem-lhe sinais” (FOUCAULT, 1983). O corpo não é, portanto, fixo ou constante, como quer a perspectiva naturalista, mas pode ser modificado, aperfeiçoado, e suas necessidades produzidas e organizadas de diferentes maneiras. Essa concepção traz a marca do pensamento nietzschiano, pois, segundo Foucault, a genealogia é um tipo de história que não se referência na consciência ou no Eu (com sua unidade e coerência), mas no corpo e em tudo que se relaciona com ele: a alimentação, o clima, os valores. O corpo, “lugar de dissolução do eu”, “volume em perpétua pulverização”, traz consigo “em sua vida e em sua morte, em sua força e em sua fraqueza” a inscrição de todos os acontecimentos e conflitos, erros e desejos (FOUCAULT, 1982, p. 22; Oscar Cirino, 2007).

A ideia de que a miséria sexual provém da repressão (que é também efeito do mesmo dispositivo que gerou a própria miséria) e que, para ser feliz, temos que liberar nossa sexualidade, advém dos sexólogos, dos médicos ou de outros detentores do saber, diz o autor. Estes apresentam a revelação (a eles) dos segredos que oprimem o indivíduo como solução das frustrações sexuais em busca da libertação. Tal discurso é, segundo FOUCAULT, um instrumento de controle e de poder, pois sustenta a ideia de que é suficiente, para ser feliz, ultrapassar o umbral do discurso e eliminar algumas proibições. Considera, então, que esse discurso acaba por depreciar e esquadrinhar os movimentos de revolta e libertação.

Tal pressuposto levou à compreensão (errônea, segundo o autor) de que não há diferença entre repressão e liberação do sexo, nem entre o discurso da censura e o da contra censura. Ele alega que os movimentos ditos de "liberação sexual" são movimentos de afirmação que partem do dispositivo da sexualidade (que nos aprisiona); são movimentos que fazem com que o dispositivo funcione até seu limite, mas que, em contrapartida, se livram dele e o ultrapassam. Não especifica, entretanto, que limite é este, nem detalha como os movimentos de libertação se livram e ultrapassam o dispositivo da sexualidade que oprimiu o sexo. Mas, é nesta perspectiva que apresenta a superação da repressão e da miséria sexual.

Segundo o autor, atualmente, está se esboçando um movimento contra esta "sexografia" que decifra o sexo como segredo universal. Trata-se de fabricar outras formas de prazer, de relações, de coexistências, de laços de amores. Em relação às crianças, começa a se esboçar um discurso em que a vida da criança consiste basicamente em sexualidade. Por isso questiona se tal discurso é libertador, se não aprisiona as crianças em um tipo de insalubridade sexual; se a liberdade de não ser adulto consiste justamente em não estar dependente de uma lei ou princípio, tão entediante, da sexualidade; e se não seriam as relações polimorfas (ou seja, as relações sem padrões de comportamento) a própria infância, caso isso fosse possível. Mas considera que o polimorfismo, ao contrário, é visto pelos adultos (por questão de segurança) como perversidade. Desta forma, a criança passa a ser oprimida inclusive por aqueles que pretendem libertá-la (Ribeiro, 1999).

É neste contexto, que na visão hebraica a sexualidade ganha uma perspectiva diferente das abordagens citadas acima. Para termos como uma lição de aplicação podemos usarmos como referência a história de um israelita líder do povo judeu, que recebeu uma missão de libertar o seu povo da opressão dos povos filisteus. Esse homem se chamava “Sansão”. Ele era um homem que tinha uma força fora do comum, no entanto, não foi capaz de dominar suas inclinações sexuais. Porém, por trás desta realidade havia um propósito para trazer uma grande lição tanto, para o povo judeu, quanto para os povos filisteus.

Os povos filisteus são frutos das trocas dos casais. Eles têm como significado do seu nome LIBERTINAGEM.

O maior prazer não estar na liberalidade, mas pela sua individualidade e identidade. O verdadeiro prazer estar naquilo que é proibido, no mistério. Na hora que você não tem restrição, você perde a noção do EU. Todo o relacionamento tem que ser uma mistura, daquilo que é agradável, confortável, mas também com aquilo que causa atrito. Se você não tem atrito, não gera o amor, porque ele é o resultado do aperfeiçoamento das relações nas suas diferenças. Além disso, na hora que você tira as leis, as restrições, você também perde a ESSÊNCIA DA SUA INDIVIDUALIDADE. Mas, por outro lado, nós temos um outro tipo de força que vem da nossa vulnerabilidade, da nossa fragilidade, onde podemos descobrir uma capacidade que nos ajuda a conter nossos instintos, para não usarmos as nossas energias na hora errada, com as pessoas que não irão contribuir com o nosso bem estar físico, mental, espiritual, social e sexual. Assim como aquela força de Sansão não vinha dele. Também, não podemos contar apenas com a nossa força humana, para conter os nossos instintos diante dos desafios no dia a dia das nossas vidas.

“Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos”. Juízes 16:28

 

 

1.    Oscar Cirino. O desejo, os corpos e os prazeres em Michel Foucault. Mental- ano V - n. 8 - Barbacena - jun. p. 77-89, 2007.

2.    Moneda Oliveira Ribeiro. A sexualidade segundo Michel Foucault: uma contribuição para a enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP. v. 33, n. 4, p. 358-63, dez. 1999.

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

Emais:paula.biomed1007@gmail.com

quinta-feira, 10 de junho de 2021

A HARMONIA MENTAL NO PROCESSO DA RESTAURAÇÃO DO ESPÍRITO, ALMA E CORPO


“Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível”. Ellen G. White

PARTE I

A busca pelas conquistas dos bens materiais tem cobrado um preço bem alto, para os homens e as mulheres que desejam estar no topo da pirâmide do sucesso, bem como das pessoas que desejam conquistar os suprimentos das suas necessidades básicas da vida. Entretanto, o grande problema não estar nas conquistas, mas no preparo das nossas mentes para saber lidar com os obstáculos que teremos que encararmos no dia a dia.

A mente e o corpo há um relacionamento admirável e misterioso. Eles reagem um sobre o outro de uma forma muito inteligente. Logo, manter o corpo em estado sadio, a fim de que desenvolva a força, para que cada uma das partes dessa bela máquina viva possa agir harmoniosamente, deve ser o estudo prioritário ao longo das nossas vidas (Ellen G. White).

Além disso, negligenciar a forma como o corpo e a mente funcionam podem acarretarem sérios prejuízos para o desempenho das nossas atividades em todas as áreas da vida. Levando ao estado de doenças e enfermidades. Porém, para compreendermos melhor qual a diferença entre doenças e enfermidades, vou relatar de forma bem breve. A doença ela tem sua origem em uma disfunção orgânica, isto é, pode ser causado por um acidente, contaminação por uma substância tóxica, vírus, bactérias, fungos e, assim por diante. No entanto, para o desenvolvimento de uma enfermidade, já está diretamente ligado a desorganização do espírito com a alma, ou seja, existem barreiras que impedem uma atividade psíquica, juntamente com as ações divina, que para a nossa compreensão será sobrenatural. Esse tipo de enfretamento é necessário conhecimento prévio da nossa relação com aquilo que é espiritual. Mas, para ficar mais claro, devo exemplificar como os desejos carnais muitas vezes querem sobressair aos desejos do espírito. Isto é, eu quero praticar um tipo de violência, mas o espírito diz que devo ter uma paz interior que possa ajudar a reorganizar-me internamente, para controlar o que estar fora, mas nem sempre isso é possível, porque necessita de um exercício diário e, muitas vezes subestimamos aquilo que o nosso espirito diz para fazermos através da intuição. Uma das principais causas das enfermidades está ligada a imaginação não controlada, disciplinada, ajustada e direcionada de forma intencional.

A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na terra, é responsável perante a lei moral, que rege a harmonia interna e externa visando o bem comum pessoal, familiar e da sociedade (Ellen G. White).

A capacidade de manter o autocontrole, de suportar o turbilhão emocional que o acaso nos impõe e de não se tornar um “escravo da paixão” tem sido considerada, desde Platão, como uma virtude. Na Grécia clássica, esse atributo era denominado sophrosýne, “precaução e inteligência na condução da própria vida; equilíbrio e sabedoria”, como interpreta Page DuBois, um estudioso do idioma grego. Para os romanos e para a antiga Igreja cristã isso significava temperantia, temperança, contenção de excessos. O objetivo é o equilíbrio e não a supressão das emoções: cada sentimento tem seu valor e significado. Uma vida sem paixão seria um entendimento deserto de neutralidade, cortados e isolado da riqueza da própria vida. Mas, como observou Aristóteles, o que é necessário é a emoção na dose certa, o sentimento proporcional à circunstância. Quando as emoções são sufocadas, geram embotamento e frieza; quando escapam ao nosso controle, extremadas e renitentes, ou seja, não se conforma, tornam-se patológicas, tal como ocorre na depressão paralisante, na ansiedade que aniquila, na raiva demente e na agitação maníaca. Na verdade, manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos nas emoções que vêm de forma intensa e que permanecem em nós por muito tempo minam a nossa estabilidade. Os altos e baixos dão tempero à vida, mas precisam ser vividos de forma equilibrada. Na contabilidade do coração, é a proporção entre emoções positivas e negativas que determinam a sensação de bem estar (Daniel Goleman).

É neste contexto, que a harmonia mental gera as condições ideias para evitarmos o descontrole que pode levar aos vícios, quer sejam substâncias psicoativas ou algum comportamento inadequado. Sendo assim, tirar um tempo durante o nosso dia para fazermos auto reflexões, orações, exercícios, meditações, ouvir uma boa música clássica ou de cunho espiritual, fazer uma caminhada. Tudo isso, pode funcionar como os mediadores para a harmonização do corpo, alma, espírito e mente.

“O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre”. Salmos 73: 26

 

1. Ellen G. White. Mente, Caráter e Personalidade, p. 12-15, 2013.

2. Daniel Goleman. Inteligência emocional [recurso eletrônico] / Daniel Goleman ; tradução Marcos Santarrita. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2011.

 

Paula Silva

Instituto Telifá & Automelhoramento

Psicanálise/Biomédica/Dependência Química/Espiritualidade

Instagram:@paula. biomed1007

Facebook: Paula Silva

 

COMO CONECTAR A DIMENSÃO PSICOLÓGICA (O HOMEM INTERIOR) AO ESPÍRITO?

  “Se não mudar o que faço hoje, todos os amanhãs serão iguais a ontem”. (Millôr Fernandes) “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, me...